TOP 5: os melhores wide receivers do Draft da NFL de 2021
Confira os maiores talentos disponíveis para a posição
A série do The Playoffs destrinchando os principais prospectos do próximo Draft da NFL enfim chega ao seu último capítulo. Ano passado vimos o recorde de wide receivers escolhidos nas duas primeiras rodadas: 13. Embora ainda não tenha o mesmo hype, a classe de recebedores deste ano possui bons valores na parte de cima do board.
Quer saber quais serão as novas estrelas da NFL na posição de WR? Então venha com a gente!
(Foto: Jamie Schwaberow/Getty Images)
1. Ja’Marr Chase – LSU
Talvez você não lembre deste nome se sua memória não for das melhores. Isso porque, após fazer parte do maior ataque da história do college em 2019/20, Ja’Marr Chase aproveitou a brecha deixada pela NCAA sobre desistências em virtude do coronavírus e optou por não jogar a temporada seguinte para se concentrar na carreira profissional. Ao lado de Justin Jefferson (hoje nos Vikings), Chase foi a principal arma daquele sistema ofensivo explosivo comandado por Joe Burrow: foram incríveis 1.780 jardas e 20 touchdowns em 84 recepções.
No entanto, o estilo de jogo de Chase é um pouco diferente do de Jefferson. Mais agressivo, o ex-Tiger usa e abusa do seu potencial físico para ganhar seus duelos. Em Baton Rouge, casa de LSU, Jefferson era mais de posse, enquanto Chase era a deep threat. Sua habilidade correndo rotas é fantástica e a fase pós-catch do recebedor é invejável.
O ponto fraco mais óbvio aqui é a questão do ritmo de jogo. O atleta não pisa oficialmente em campo há 15 meses – e isso para um WR é bem perigoso. Muitas vezes se desconcentra e acaba se perdendo na jogada e “dropando” bolas bobas. Outro fator a ser observado é que talvez toda essa fisicalidade não seja suficiente para render num nível acima contra defensores maiores e melhores.
Comparação: Amari Cooper
Encaixes: Miami Dolphins, Philadelphia Eagles
Foto: Kevin C. Cox via Getty Images
2. Jaylen Waddle – Alabama
Saímos de um campeão nacional para outro. Mesmo com pouco em campo, Jaylen Waddle causou estrago na NCAA. O recebedor conseguiu passar das 100 jardas em todas as partidas em que esteve 100% em 2020. O problema é exatamente o número de confrontos disputados: apenas quatro. O camisa 17 ainda recebeu snaps limitados em seu ano de calouro e segundanista.
A comparação com Tyreek Hill é legítima. Com altura e pesos praticamente idênticos (1,80m e 84kg), Waddle é, sem sombra de dúvidas, o velocista desta classe. Com a bola nas mãos é um verdadeiro playmaker: de acordo com o Pro Football Focus, ganha em média 10 jardas após cada recepção. Também pode fazer muito bem o papel de retornador no começo da carreira.
Assim como Chase, Waddle não possui um portfólio extenso no âmbito universitário (agravado ainda mais por uma lesão no tornozelo na parte final da última temporada) e ainda parece ser um produto. Seu boom or bust é o mais acentuado dentre os cinco componentes desta lista. Contra cornerbacks mais físicos, pode sofrer um pouco nas batalhas enquanto percorre as rotas.
Comparação: Tyreek Hill
Encaixes: New York Giants, Los Angeles Chargers
(Foto: Reprodução Twitter/Alabama Football)
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3. DeVonta Smith – Alabama
Companheiro de Waddle em Alabama, DeVonta Smith foi o MVP da última final universitária com uma performance nunca antes vista: foram 12 recepções, 215 jardas e três touchdowns apenas no primeiro tempo. O desempenho no ano passado do atleta natural da Louisiana conseguiu superar o de Chase em 2019: 1.856 jardas e 23 touchdowns. Mais um recorde na conta: Smith fechou a carreira universitária com 46 TDs, maior marca de um jogador do Power Five (cinco maiores conferências do college football).
Se eu tivesse que escolher alguém que “nasceu para a posição de WR” seria Smith. A quantidade de recepções absurdas que eu já vi desse garoto é impressionante. É o que especialistas chamam de natural receiver, faz tudo parecer fácil. Rotas, mãos, trabalho de pés, release. Tudo é muito bom.
Mas, como você já deve notar pela imagem ao lado, o maior defeito de Smith é justamente sua conjuntura muscular. São raríssimos os casos de sucesso na NFL de WRs com seu porte físico: 1,85m e 77kg. A falta de massa muscular pode ser um problema no nível acima, principalmente em bloqueios e duelos alinhando contra cornerbacks físicos.
Comparação: Calvin Ridley
Encaixes: Miami Dolphins, Detroit Lions
Foto: Reprodução Twitter/Alabama
4. Rashod Bateman – Minnesota
Vindo de um “terreno bem mais árido” como é a universidade de Minnesota (não costuma exportar tantos talentos como LSU, Alabama e Florida), podemos dizer que Rashod Bateman teve a vida mais complicada dentre os cinco da lista. O camisa 13 teve dois anos incríveis, mas seus números foram bastante prejudicados na última temporada pelo desempenho da equipe e por alguns jogos cancelados.
À primeira vista, não é um WR que você daria muita bola, mas suas big-time plays dizem justamente o contrário. Bateman usa o corpo muito bem tanto para se desvencilhar da marcação quanto para proteger a bola de CBs vindos por trás. É um dos melhores de toda a classe quando o assunto é correr rotas – novamente usa com primor seu físico para isso.
Por outro lado, não possui uma agilidade de elite. Longe disso. A “segunda marcha” falha em diversos momentos. Precisa melhorar também a questão das mãos: segundo o PFF, foram 19 drops em 166 lançamentos “recepcionáveis” na carreira, algo em torno de 11,5%.
Comparação: Keenan Allen
Encaixes: Washington Football Team, Tennessee Titans
5. Kadarius Toney – Florida
Prospecto que vem chamando bem a atenção dos olheiros recentemente, Kadarius Toney foi “estourar” apenas no seu ano de sênior. Há reports contando que o ex-estudante de Florida fez o que quis no Senior Bowl e seu stock subiu bastante. Ainda há dúvidas sobre em que altura do Draft o atleta sairia: entre o final da primeira rodada e o começo da segunda.
Tão perigoso no jogo pós-recepção quanto Jaylen Waddle, Toney é tudo que você procura em um WR dinâmico. Você pode alinhá-lo no slot, no outside ou até mesmo no backfield e, com seu atleticismo, ele será capaz de conseguir jardas em situações bem adversas. Foram 32 tackles quebrados em apenas 80 recepções nas duas últimas temporadas (PFF).
O time que decidir apostar no garoto vai ter que fazer um trabalho de polimento considerável. Por ter pouca experiência como titular, o recebedor ainda está longe de ser um bom desenvolvedor de rotas. Sua durabilidade também será bastante questionada: já teve algumas lesões que o tiraram de uma quantidade considerável de jogos e isso é preocupante pelo seu estilo de jogo.
Comparação: Randall Cobb
Encaixes: Green Bay Packers, Baltimore Ravens
Menções honrosas: Terrace Marshall Jr. (LSU), Rondale Moore (Purdue), Elijah Moore (Ole Miss)