TOP 5: os melhores tight ends do Draft da NFL de 2021
Confira as melhores opções disponíveis para a posição de tight end na classe de calouros deste ano
A série de prévias do The Playoffs para o Draft da NFL de 2021 continua. Agora, chega a vez de olharmos para os tight ends da classe deste ano.
Esta é uma posição que é sempre intrigante dentro de uma equipe, pois excelentes TEs são sempre muito difíceis de se achar e muitos acabam sendo uma aposta. A posição tem de ser um híbrido entre um wideout e um jogador de linha ofensiva, sendo um coringa tanto para o jogo aéreo quanto para as corridas do ataque.
Contudo, se seu time está carente de um atleta para ocupar este lugar, esta classe ainda precisa de certo desenvolvimento, onde somente um nome mostra capacidade real de ser um starter na liga desde a semana 1, mas apresenta um grupo com uma mistura intrigante de playmakers.
Na NFL são poucos os tight ends que se destacam atualmente, com Travis Kelce e George Kittle na primeira prateleira. E um prospecto que pode ser tão letal quanto é Kyle Pitts, de Florida, e que não deve demorar muito para ouvir seu nome ser chamado pelo comissário Roger Goodell. Ele é uma arma definitiva que o torna um pesadelo para os defensores no perímetro. Já os outros devem sair bem mais abaixo no board, mas podem preencher algumas das necessidades que as franquias precisam em seus elencos.
Dito isto, vamos ao nosso top 5 tight ends do Draft de 2021 da NFL!
(Foto: Reprodução Twitter/Gators Football)
1. Kyle Pitts – Florida
Um recebedor ultra-atlético que mais parece um wide receiver com um corpo tight end, ostentando uma série de habilidades que o tornam um prospecto único para o Draft da NFL de 2021. Seus tapes estão repletos de exemplos dele literalmente se alinhando como um WR e vencendo defensive backs com calibre de NFL no mano a mano.
Kyle Pitts é uma TE alto, com excelente velocidade, habilidades de pegar a bola com facilidade e produção fora do normal. Ele consegue se alinhar junto à linha, no slot e aberto. O produto dos Gators explode para receber o passe, executando bem suas rotas e levando vantagem por conta do seu tamanho e envergadura para atacar a bola no momento certo, além de conquistar jardas após a recepção. Assim ele venceu os matchups contra os cornerbacks de alto escalão da SEC semanalmente.
Claro que por conta do seu biotipo, não é um exímio bloqueador, mas ele mostrou uma tremenda melhora na função durante a temporada de 2020 do college, melhorando o encaixe das mãos e fazendo manter o bloqueio, sempre mostrando esforço e comprometimento. Será que algum dia ele será um George Kittle como bloqueador de corridas? Muito provavelmente não. Porém, você sabe o que Kittle fazia quando tinha a idade de Pitts? Nem mesmo titular de Iowa era.
Embora a comparação dele hoje seja mais parecida com Darren Waller, Kyle Pitts pode ter as características e o talento para criar problemas (no bom sentido) semelhantes aos criados por Calvin Johnson. Sua rara combinação de tamanho, capacidade atlética e habilidades com a bola lembram muitos especialistas ao que Megatron fazia pelos Lions.
Kyle Pitts is going to make an NFL team very happy pic.twitter.com/ZnZoN0EJ6Q
— Blake Jewell (@BlakeJewellNFL) February 16, 2021
Sua habilidade como tight end para pegar passes pode forçar as defesas rivais a alterar todo um plano de jogo para enfrentá-lo. Ele é um adversário difícil para a maioria dos linebackers e muito grande para a maioria dos cornerbacks. Oferece aos coordenadores ofensivos a capacidade de alinhá-lo em todo o campo e, como Waller, pode se tornar um recebedor altamente direcionado e produtivo para a posição. Só na temporada passada, em oito jogos, ele teve 43 recepções para 770 jardas e 12 touchdowns.
Compilation of Kyle Pitts making plays on the outside and in the slot pic.twitter.com/69cdXFT9EX
— Nick 🦅 (@PhillyNick100) February 17, 2021
Não que isso o torne extremamente especial, mas, no entanto, junto com Trevor Lawrence, Kyle Pitts tem a chance de se tornar o maior divisor de águas ofensivo no Draft de 2021 da NFL. De longe, o mais promissor dos prospectos de tight end do Draft. Definitivamente uma escolha top 15, possivelmente top 10 para o TE júnior dos Gators.
Comparação: Darren Waller
Encaixe: Miami Dolphins, Carolina Panthers, New York Giants, Los Angeles Chargers e Cincinnati Bengals
(Foto: Reprodução Twitter/Gators Football)
2. Pat Freiermuth – Penn State
O segundo prospecto de tight end desta lista para o Draft deste ano segue uma linha diferente de Pitts, já que Pat Freiermuth é jogador fisicamente mais tradicional da posição, tendo uma estrutura grande, duro de derrubar e com mãos fortes e confiáveis.
No jogo aéreo, ele alinha tanto ao lado da OL quanto mais aberto, mesmo não sendo um dos mais rápidos nas rotas. Com um bom radar para se posicionar para a recepção, além de usar seu tamanho para bloquear o campo de ação dos defensores quando a bola está no ar. Talvez seu traço positivo mais característico seja sua fisicalidade como um corredor após a captura do lançamento. Ele ataca a bola e mostra sua habilidade ao pegar os passes com apenas uma das mãos, fora ser físico e lutar por mais jardas após pegar o lançamento, mesmo sem ter velocidade.
Freiermuth é cruel com a bola nas mãos e realmente pune os defensores no campo. Possui um bom tamanho com uma corpo forte para atropelar os adversários e também possui um poderoso braço para empurrar os defensores para longe no stiff arm. Uma grande arma para a red zone, tem um faro para pontuar na end zone, onde foi muito bom em produzir touchdowns para Penn State.
Penn State's Pat Freiermuth is a bully, probably best to just get out of his way.pic.twitter.com/q8KdQYcwNa
— Austin Gayle (@austingayle_) June 4, 2020
Por terra, Pat Freiermuth mostra disposição e vontade de lutar para abrir espaços para o seu running back e mesmo não sendo um atleta dinâmico, tem um bom senso para a posição e deve ser um titular estável e confiável. Precisa trabalhar mais o bloqueio para o próximo nível, mas ele tem o conjunto de habilidades para se tornar um bloqueador sólido. Ele tem o tamanho para ser eficaz, mas precisa ser mais físico e mostrar mais força e agressividade para enfrentar os defensores à nível profissional.
O terceiranista teve uma séria lesão no ombro em 2020, que afetou seus números e terá que ser avaliado para saber sua situação atual, mas com seu talento, deverá sair no segundo round. Ao todo, foram 23 recepções para 310 jardas e um TD em quatro partidas, antes de passar pela cirurgia reparatória.
Comparação: Tyler Eifert
Encaixe: Los Angeles Chargers, Tennessee Titans, New Orleans Saints e Arizona Cardinals
(Foto: Reprodução Twitter/Penn State Football)
3. Hunter Long – Boston College
Long é um clássico tight end das antigas, com tamanho, comprimento e capacidade atlética para prosperar como um bloqueador na linha ou um recebedor na parte suja do campo. Ele tem um talento parecido com o de Kyle Rudolph e que pode intrigar as equipes que procuram alguém mais clássico para entrar no seu seu elenco.
O redshirt junior teve um excelente ano em 2020 na ACC, mesmo com a pandemia. Foram 57 recepções para 685 jardas e cinco touchdowns. Ele terminou seus três anos na BC com 89 recepções para 1.297 jardas e nove TDs.
O TE pega passes com certa velocidade, mas uma falta preocupante é a de agressividade em seu jogo. O prospecto é muito passivo e sofre como bloqueador nas corridas neste ponto de seu desenvolvimento feito em Boston College, para ajudar contra a competição nas trincheiras da NFL.
Hunter Long tem espaço para melhorar como bloqueador no nível profissional, mas o conjunto de habilidades está lá para que ele se desenvolva em um bom atleta para o jogo corrido a tempo. Ele tem potencial para ser eficaz, mas precisa ficar mais forte para acertar mais o primeiro golpe e sustentar seus bloqueios nos trabalhos de mãos e pés, ainda mais para enfrentar os edge rushers e outside linebakers da liga.
#BostonCollege TE Hunter Long has some Austin Hooper to his game. Fluid pass-catchable with dependable ball skills.
A strong week in Mobile could help cement him as a day 2 pick in this draft class. #SeniorBowl pic.twitter.com/lKzaIKDouj
— Dane Brugler (@dpbrugler) January 19, 2021
O jovem também precisa melhorar a sua noção de espaço e controle corporal. No entanto, quando a bola está no ar, ele joga com foco no rastreio do passe para fazer com que os seus catches mais difíceis pareçam fáceis, incluindo lançamentos perto do chão. Tem mãos suaves e confiáveis e boa concentração para garantir a recepção enquanto os defensores iniciam o contato.
Hunter Long teve uma boa temporada no college em 2020, mostrando sólida capacidade de recebimento de passes para o próximo nível. Ele pode ser um sólido tight end que pode se tornar um titular ou um bom TE2. Portanto, Long pode precisar de um ou dois anos como reserva antes de se tornar um potencial starter e ainda sai cru do Draft.
Comparação: Kyle Rudolph
Encaixe: Cincinnati Bengals, Arizona Cardinals e Tennessee Titans
(Foto: Reprodução Twitter/Senior Bowl)
4. Brevin Jordan – Miami
Jordan é um projeto muito intrigante na posição de tight end porque ele tem o dinamismo necessário na hora do snap que pode realmente vencer a cobertura no nível da NFL. Ao mesmo tempo, ainda falta nele algumas coisas para ele de fato ser um bom jogador da posição na liga.
No início de sua carreira com os Hurricanes, Jordan era mais parecido com um running back grande do que um TE, e isso ainda parece estar sendo trabalhado no jogador de 1,91m e 111 kg. Outro problema é que apenas 107 de seus 458 snaps na temporada passada saíram ao lado da OL e, ao contrário de Kyle Pitts, Brevin Jordan não tem altura ou comprimento para projetarmos melhor sua capacidade de bloqueio.
Tem potencial de tight end “Y” (que se alinha junto à linha ofensiva, ao invés de como um slot receiver) se ele puder melhorar a técnica de bloqueio e resistência nas trincheiras. Já sua velocidade de jogo é média, assim como sua tentativa de separação, então aprender a dominar o espaço para fazer a recepção e evitar a cobertura no topo da rota pode ser essencial para seu sucesso a longo prazo.
Depois da recepção, o jovem júnior tem um movimento compacto que lhe permite quebrar tackles e torna difícil para os defensores derrubá-lo. Ele corre a bola de forma agressiva e vai buscar jardas após o contato, enquanto mostra a capacidade atlética para saltar sobre os defensores também. Com ele, você está apostando na habilidade de jardas após a recepção que o fez quebrar 21 tackles em 105 catches na sua carreira em Miami, sendo uma arma na SEC.
Teams that get creative with TE usage are going to love Brevin Jordan – experience in backfield, inline, slot and even out wide in Miami's offense
Dangerous after the catch for his size pic.twitter.com/F6VTRLLCeO
— Connor Rogers (@ConnorJRogers) February 9, 2021
Ele pegou 105 passes para 1.358 jardas e 13 touchdowns em três temporadas para os Canes. Em 2020, ele teve 38 recepções para 576 jardas e sete touchdowns em oito jogos com uma situação indefinida de quarterback. Contudo, está sujeito a lesões e jogou apenas 26 jogos em suas três temporadas em Miami.
Jordan tem um tamanho decente e capacidade atlética para adicionar jardas após a captura. Muitas de suas recepções ocorreram em lances curtos ou déficit da cobertura, então parte da sua produção deve ser analisada com cautela. Ele tem um talento decente no jogo aéreo, mas precisa reforçar o bloqueio de corrida para se tornar um TE2.
Jordan jogou bem para Miami em 2020, produzindo algumas jogadas importantes e demonstrando bem o seu atletismo. Alguns scouts acham que o prospecto do Draft da NFL tem potencial para ser uma escolha tardia no segundo ou terceiro round.
Comparação: Evan Engram
Encaixe: Miami Dolphins, Carolina Panthers, Arizona Cardinals e New Orleans Saints
(Foto: Reprodução Twitter/Brevin Jordan)
5. Tre’ McKitty – Georgia
McKitty tem todas as ferramentas físicas que os treinadores cobiçam em um tight end flexível. Apesar de sua produção limitada, a combinação de tamanho, velocidade e capacidade atlética do produto da Georgia pode torná-lo uma peça interessante no meio do Draft de 2021 da NFL, já que ele tem uma boa explosão para criar espaço contra os defensores e ficar aberto para o seu quarterback.
O sênior é melhor bloqueando do que recebendo a bola, ainda mais se for em movimento. A sua velocidade de jogo nem sempre corresponde a sua velocidade real, o que é um problema em termos de separação e perseguição do passe.
McKitty pode ficar mais consistente como um route runner e usar seu tamanho (1,93m e 112 kg) para evitar congestionamentos no meio do campo com os LBs, ou afastar os defensores mais rápidos quando eles iniciam o contato em suas rotas.
UGA Tre McKitty I guess 11 inch hands will do that for you. #BallerAlert pic.twitter.com/jExtGEZuXM
— Coach Hagler (@JHaglerDBZ) January 27, 2021
Se ele conseguir ficar mais forte e aprender a jogar mais rápido como recebedor, poderá ter uma chance como um TE2 em desenvolvimento. Porém, o problema nisso é que Tre’ McKitty fez apenas seis recepções durante a temporada regular de 2020 na ACC, mas ainda assim ganhou um convite para o Senior Bowl.
Ele teve uma melhor produção em 2019 e 2018, ao jogar por Florida State antes de se transferir para os Bulldogs como pós-graduado.
Comparação: Mo-Alie Cox
Encaixe: Carolina Panthers, New York Jets e Cincinnati Bengals
(Foto: Reprodução Twitter/Senior Bowl)
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