Ranking dos calouros da NBA 2020-2021 #4
Diversos calouros dessa classe apresentaram crescimento meteórico no último mês e a briga por posições no ranking pega fogo nessa reta final
A NBA entra no seu último mês da temporada com diversas disputas dentro da liga e com calouros cada vez mais envolvidos e com importante participação nesses cenários.
A classe que recebeu muita contestação e dúvidas antes do último Draft já conseguiu se provar melhor do que o esperado, inclusive com um teto de crescimento bem interessante de se acompanhar nos próximos anos.
Quer saber mais sobre essas certezas e dúvidas das equipes sobre suas jovens estrelas? Confira abaixo o top 10 dos calouros no quarto e penúltimo mês da temporada 2020-2021 da NBA, mais um conteúdo exclusivo do The Playoffs, que irá acompanhar o desempenho deles mensalmente.
Foto: Reprodução/Twitter Orlando Magic
1- Anthony Edwards, Minnesota Timberwolves (subiu uma posição)
O Minnesota Timberwolves tem buscado nas últimas temporadas cercar Karl-Anthony Towns de talentos para manter o pivô na franquia pelos próximos anos. Só que Anthony Edwards tem demonstrado que pode não apenas ser o parceiro, mas também protagonista.
Com mais um mês de crescimento nas médias, Edwards soma 18,4 pontos, 40,2% nos arremessos de quadra e 4,6 rebotes com 31,6 minutos por jogo.
O ala tem se mostrado muito competente na agressão ao aro adversário, com a potência física demonstrada durante a carreira no College, somada a melhora no arremesso de média e longa distância.
Ainda existem muitas escolhas importantes a se tomarem dentro dos Timberwolves, mas é inegável que a temporada dominante de Edwards demonstre que a franquia irá terminar a temporada em um patamar acima do que iniciou.
2- LaMelo Ball, Charlotte Hornets (caiu uma posição)
LaMelo Ball segue em recuperação de uma fratura na mão e deve retornar na reta final da temporada, algo muito esperado pelo front-office do Charlotte Hornets.
A lesão somada ao crescimento meteórico de Anthony Edwards fizeram com que LaMelo perdesse o topo do ranking, mas é inegável que a família Ball encontrou seu melhor basquete na NBA.
LaMelo atualmente conta com médias de 15,9 pontos, 6,1 assistências, 5,9 rebotes, 37,5% dos arremessos de três pontos em 28,6 minutos por jogo, sendo muito ativo nas duas pontas da quadra.
Dependendo do tempo que tiver em quadra nesse último mês da temporada é possível que LaMelo recupere o topo do ranking, mas o foco dos Hornets é continuar o desenvolvimento do seu franchise player e quem sabe voltar aos playoffs da Conferência Leste.
3- Tyrese Haliburton, Sacramento Kings (manteve posição)
Mesmo fora da briga pelos playoffs é inegável não apontar que o Sacramento Kings de Luke Walton não deixa de ser um dos times mais interessantes de se acompanhar nessa temporada.
Muito disso é graças a Tyrese Haliburton, que segue demonstrando muita maturidade como principal articulador das jogadas dos Kings em quadra, possibilitando que De’Aaron Fox e Buddy Hield fiquem mais livres para se movimentarem em quadra.
Em comparação com o último ranking, Haliburton se manteve regular com 12,8 pontos, 5,3 assistências, 3 rebotes e 40,5% nos arremessos do perímetro.
Esse bom desempenho de Haliburton deve ser utilizado pelos Kings para a tomada de decisões nesta próxima offseason, em especial na chegada de peças para complementar esse trio de armadores com Fox e Hield.
4- Cole Anthony, Orlando Magic (não ranqueado anteriormente)
Cole Anthony voltou com tudo desde que se recuperou de uma lesão nas costelas. Em um Orlando Magic lapidado pelas trocas e lesões, o armador se transformou no principal atleta da franquia.
As médias do armador subiram para 12 pontos, 4,5 rebotes, 4,4 assistências e 39,3% de aproveitamento nos arremessos de quadra, demonstrando como Anthony pode formar uma dupla interessante de armadores com Markelle Fultz na próxima temporada.
O Magic deve terminar com uma das piores campanhas da NBA nessa temporada, mas o futuro da equipe não é de terra arrasada pela diversidade de talentos jovens que a equipe apresenta.
Além de Anthony e Fultz, nomes como Wendell Carter Jr. Gary Harris, Jonathan Isaac e R.J. Hampton deixam esperança de dias melhores pela franquia.
5- Jae’Sean Tate, Houston Rockets (não ranqueado anteriormente)
Jae’Sean Tate aparece pela primeira vez no ranking dos calouros após conseguir crescer dentro do elenco do Houston Rockets em uma temporada marcada por problemas na franquia.
Tate não foi escolhido no Draft 2018 e após não conseguir um contrato após a Summer League naquele ano, foi buscar no basquete europeu e australiano a continuidade da carreira.
Os Rockets deram o primeiro contrato para o ala nessa temporada e ganharam um jogador muito útil nas duas pontas da quadra, que pode se transformar em um 3&D no futuro.
Na temporada, Tate apresenta médias de 11,2 pontos, 5,3 rebotes, 1,3 roubos de bola e 51,8% nos arremessos de quadra em 29,3 minutos por jogo.
6- Immanuel Quickley, New York Knicks (caiu duas posições)
Com o crescimento de outros calouros dentro da liga, Immanuel Quickley acabou ficando para trás, muito pelo fato de ainda não ter tantos minutos com o contender New York Knicks dentro da temporada.
Até pelo retorno de Derrick Rose na função de primeiro armador reserva, Quickley ficou estacionado com 19,5 minutos em média por jogo, de longe a menor minutagem entre os calouros desse ranking.
Dessa forma é até surpreendente que Quickley tenha conseguido manter as médias de 11,7 pontos, 38,7% nos arremessos do perímetro durante o último mês.
Obviamente o fato dos Knicks estarem em uma disputa acirrada para retornarem aos playoffs da Conferência Leste atrapalha o desenvolvimento em quadra de Quickley, mas o fato de ter ganho uma opção interessante no banco já recompensou a franquia pela aposta.
7- Saddiq Bey, Detroit Pistons (caiu uma posição)
O laboratório de Dwane Casey no Detroit Pistons segue a todo vapor e mesmo com a pior campanha da Conferência Leste a equipe segue competitiva e demonstrando um basquete interessante nessa reta final da temporada.
Dentro desse cenário propício ao desenvolvimento de jovens talentos, Saddiq Bey tem sido um dos principais jogadores dos Pistons nessa temporada.
Bey registrou mais um mês de crescimento em suas médias e apresenta 10,7 pontos, 4,1 rebotes e 38,7% nos arremessos do perímetro, com 24,4 minutos por jogo.
Os Pistons irá seguir o processo de reconstrução durante a próxima offseason, mas Bey já deixou suas credenciais para ser uma peça consistente dentro da franquia.
8- Theo Maledon, Oklahoma City Thunder (subiu uma posição)
O armador francês segue em latente crescimento dentro do Oklahoma City Thunder, enquanto Shai Gilgeous-Alexander segue se recuperando de lesão no pé.
Vale o registro que Theo Maledon tem apenas 19 anos e não passou pelo College nos Estados Unidos, tendo saído diretamente do ASVEL Basket da França para o Draft da NBA.
Assim como no mês passado, Maledon registrou novo crescimento nas médias com 9,9 pontos, 3,4 rebotes e 3,5 assistências em 27,6 minutos por jogo.
O grande desafio de Maledon é conseguir manter esses números e buscar crescimento com o retorno de Gilgeous-Alexander, demonstrado que poderá ser um complemento ao franchise player do Thunder em quadra.
9- Patrick Williams, Chicago Bulls (caiu duas posições)
Patrick Williams é outro atleta que também perdeu posições no Draft devido a estagnação de minutos dentro de uma equipe que briga por vaga aos playoffs da Conferência Leste.
As médias do ala apresentaram leves quedas no último mês e chegaram a 9,1 pontos, 4,6 rebotes e 38% nos arremessos do perímetro em 28 minutos por jogo.
Curiosamente, mesmo com estagnação nos minutos durante as partidas, o técnico Billy Donovan escalou Williams como titular em todas as 61 partidas do Chicago Bulls na temporada.
A troca de Wendell Carter Jr. para o Orlando Magic deixou claro como a prioridade dos Bulls no mercado cada vez mais será focada na chegada de nomes de peso em detrimento aos jovens talentos. Nesse cenário, o desenvolvimento de Williams estará ligado a permanência de longo prazo do ala em Chicago.
10- Isaiah Stewart, Detroit Pistons (não ranqueado anteriormente)
O Detroit Pistons conseguiu emplacar o segundo nome dentro do ranking deste mês, com Isaiah Stewart apresentando um crescimento de produção muito interessante no último mês.
O pivô registrou crescimento de médias no último mês e registra atualmente 7,6 pontos, 6,7 rebotes, 1,2 tocos e 57,7% de aproveitamento nos arremessos de quadra em 20,6 minutos jogados.
Como já dito anteriormente, os Pistons de Dwane Casey têm muitas decisões para tomarem na próxima offseason, até por terem muitas opções de ajustes dentro desse elenco em reconstrução.
Nesse cenário, Stewart tem que seguir demonstrando competência na rotação com Mason Plumlee por minutagem como pivô dos Pistons nessa reta final de temporada.
Menções honrosas
Começando por James Wiseman, que precisou passar por uma cirurgia no menisco e irá voltar apenas na próxima temporada. Como irá perder os dois últimos meses e jogou menos da metade dos jogos totais, o pivô irá ficar fora do top 10, mesmo fechando o ano de calouro com 11,5 pontos, 5,8 rebotes e 0,9 tocos.
Entre os jogadores que bateram na trave do top 10 por motivos técnicos no penúltimo ranking, os principais destaques firam para Desmond Bane (Memphis Grizzlies), Aleksej Pokusevski (Oklahoma City Thunder) e Isaac Okoro (Cleveland Cavaliers).
Já outros calouros apresentaram interessantes crescimento latente no último mês como Payton Prichard (Boston Celtics), Jalen McDaniels (Charlotte Hornets) e Malachi Flynn (Toronto Raptors), deixando a corrida para o último ranking ainda mais acirrada.
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