Ranking dos calouros da NBA 2020-2021 #2
Segundo mês da temporada aponta avanço de LaMelo Ball e Tyrese Haliburton como ball-handlers e queda de James Wiseman e Cole Anthony por lesões
A jornada de um calouro na NBA já é dura por si só, mas em um período marcado pela Covid-19 as pancadas são ainda maiores. Mesmo assim a classe 2020-2021 forjada no ‘fogo’ tem se mostrado mais forte do que os analistas apontavam antes da temporada.
Por exemplo, quem imaginaria que LaMelo Ball e Tyrese Haliburton fossem os ball-handlers mais confiáveis dentro de seus times? Ou que Immanuel Quickley e Saddiq Bey poderiam ser opções confiáveis de pontuação?
Isso que nomes como James Wiseman e Cole Anthony ainda tiveram seus bons momentos paralisados por lesões, demonstrando que ainda na primeira temporada são desfalques importantes para Golden State Warriors e Orlando Magic, respectivamente.
Quer saber mais sobre essas certezas e dúvidas das equipes sobre suas jovens estrelas? Confira abaixo o top 10 dos calouros no segundo mês da temporada 2020-2021 da NBA, mais um conteúdo exclusivo do The Playoffs, que irá acompanhar o desempenho deles mensalmente.
1- LaMelo Ball, Charlotte Hornets (manteve posição)
LaMelo já é uma realidade na Carolina do Norte. São 34,2 minutos de média (quase dez minutos a mais do que registrado no último ranking) em quadra e a bola no ataque de Charlotte não fica sem passar nas mãos do jovem armador.
O caçula da família Ball demonstra muita qualidade nos passes e tem se consolidado também como um arremessador confiável de média/longa distância.
Os turnovers ainda são um problema (liderança entre os calouros com 2,8 de média), mas a produção ofensiva com 14,8 pontos e 6,1 assistências também cresceu após o primeiro mês e a tendência é continuar em alta até o fim da temporada.
2- Tyrese Haliburton, Sacramento Kings (subiu três posições)
Sim, o segundo colocado no ranking não é titular na equipe. Mas no basquete terminar o jogo em quadra demonstra mais responsabilidade do que começar entre os cinco iniciais.
Haliburton já demonstra ser o principal ‘roubo’ do último Draft (escolhido pelos Kings na 12ª posição), tendo uma qualidade apurada na organização das jogadas e possibilitando que Sacramento pense em negociar a médio prazo Buddy Hield.
Com apenas quatro minutos a menos de média de jogo do que Ball, Haliburton ostenta apenas 1,5 turnover por jogo e ótimas médias de 13,1 pontos e 5,4 assistências, com 44,2% nos arremessos de perímetro. Estrela dourada para o front-office dos Kings nesse Draft.
3- Anthony Edwards, Minnesota Timberwolves (manteve posição)
Mais um mês se passou e a avaliação de Edwards segue prejudicada pela completa bagunça que os Timberwolves vivem desde que Kevin Garnett deixou a franquia.
Prova é que o calouro irá para seu segundo técnico após a demissão de Ryan Saunders e ainda não tem um papel muito definido na equipe, tendo uma minutagem ainda limitada a menos de 30 minutos por jogo.
Mesmo assim, Edwards ostenta 14,3 pontos de média e conseguiu anotar mais de 20 pontos em sete jogos nos últimos 30 dias. Novamente fica claro como o talento existe no ala, mas o polimento necessário para se desenvolver não tem sido feito da forma correta em Minnesota.
4- Immanuel Quickley, New York Knicks (subiu duas posições)
Os Knicks nesta temporada estão na luta para voltarem aos playoffs e com isso cada minuto em quadra precisa ser conquistado junto ao técnico Tom Thibodeau.
Quickley tem 18,8 minutos de média em quadra e ostenta uma interessante média de 11,8 pontos e 36,5% nos arremessos dos três pontos, demonstrando ser uma opção constante vinda do banco dos Knicks.
Com a chegada de Derrick Rose na Big Apple, Quickley precisa ainda mais buscar maior consistência para ganhar mais minutos em quadra. Prova é que nos 12 jogos disputados até o momento em fevereiro, o armador não anotou ao menos dez pontos em seis oportunidades.
5- James Wiseman, Golden State Warriors (caiu três posições)
A queda no ranking de Wiseman está diretamente ligada à lesão no punho que tirou o pivô das quadras por 11 jogos no mês de fevereiro.
A posição de pivô é a mais dura na transição do College para a NBA, mas Wiseman tem demonstrado uma velocidade e trabalho de pés muito interessante em seu primeiro ano como profissional.
A média de 12,2 pontos e 5,9 rebotes se mostra muito interessante, até pelo fato do pivô contar com apenas 20,6 minutos de média em quadra no contender Golden State Warriors.
6- Patrick Williams, Chicago Bulls (subiu duas posições)
Williams tem mostrado uma evolução durante o mês de fevereiro e com isso evoluiu sua média em pontos (10,2), rebotes (4,8) e minutos em quadra (28,3).
Interessante apontar que Williams foi titular em todos os 30 jogos dos Bulls na temporada, sendo que a equipe está na disputa por uma vaga nos playoffs da Conferência Leste.
Se o ala conseguir manter essa evolução e maior consistência dentro de quadra – apenas quatro jogos com menos de dez pontos em fevereiro – pode terminar a temporada como o calouro com mais minutos jogados.
7- Saddiq Bey, Detroit Pistons (não ranqueado anteriormente)
O ala de Villanova aproveitou a iminente saída de Blake Griffin dos Pistons e se tornou titular da equipe, demonstrando grande regularidade no mês de fevereiro.
Em 12 jogos no mês, em dez Bey anotou ao menos dez pontos e viu suas médias saltarem para 9,6 pontos, 3,9 rebotes e 21,8 minutos em quadra.
Destaque especial para a efetividade de Bey nos chutes do perímetro, com 40,5% nesses arremessos, sendo o principal gatilho nos chutes de longa distância dos Pistons na NBA.
8- Cole Anthony, Orlando Magic (caiu quatro posições)
Assim como Wiseman, Anthony sofreu com uma lesão (costelas fraturadas) e irá voltar ao Magic apenas após o All-Star Game, perdendo até o momento sete partidas com a equipe.
Curiosamente, o armador tinha conseguido crescer seus minutos em quadra após a lesão de Markelle Fultz e antes da contusão estabeleceu médias de 11 pontos e 4,4 rebotes.
Como o Magic não tem um substituto à altura para Anthony, o armador vai voltar novamente ‘na janelinha’ dentro da equipe e assim tem tudo para retomar posições mais altas dentro do ranking dos calouros da NBA.
9- Desmond Bane, Memphis Grizzlies (não ranqueado anteriormente)
Na primeira edição do ranking dos calouros da NBA já havíamos adiantado como Bane poderia ser uma surpresa nas próximas listas e o armador cumpriu a nossa profecia.
O ala-armador é um bancário que tem mostrado ser um gatilho interessante dentro do elenco de Taylor Jenkins. Bane tem apresentado médias de 45,8% nos arremessos do perímetro e dez pontos por jogo, interessantes para um atleta com 23 minutos de quadra por jogo.
Bane também tem tido boa consistência, ao registrar ao menos dez pontos anotados em dez dos últimos 12 jogos dos Grizzlies. Mais um Draft interessante do front-office de Memphis.
10- Isaac Okoro, Cleveland Cavaliers (manteve posição)
Okoro é um dos melhores defensores da classe e por isso tem espaço garantido na rotação ainda em construção dos Cavaliers, sendo titular em 28 jogos da equipe na temporada e apresentado média de 33,2 minutos em quadra.
Se na defesa Okoro evolui bem dentro da NBA, ofensivamente o ala ainda precisa demonstrar maior qualidade, em especial nos arremessos de quadra.
O ala registra médias de 8 pontos, 30,6% nos arremessos do perímetro e 40,2% nos chutes de quadra, todos números de regular para baixo, demonstrando que Okoro ainda tem teto para se tornar um jogador ainda mais ‘titular’ em Cleveland.
Menções honrosas
Precious Achiuwa (Miami Heat) e Tyrese Maxey (Philadelphia 76ers) perderam seus postos dentro do ranking, sendo que Achiuwa teve uma queda brusca na produção e Maxey perdeu para Okoro na “margem de erro”.
Theo Maledon (Oklahoma City Thunder), Payton Pritchard (Boston Celtics), Deni Avdija (Washington Wizards) e Xavier Tillman (Grizzlies) bateram na ‘trave’ e são nomes que podem estrearem no ranking dos calouros da NBA na próxima edição.
Quem corre por fora são escolhas de alto escalão da primeira rodada do último Draft como Obi Toppin (Knicks), Onyeka Okongwu (Atlanta Hawks), Devin Vassell (San Antonio Spurs) e Aaron Nesmith (Celtics) e que ainda não engrenaram.
Foto: Reprodução/Twitter Charlotte Hornets
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