Ranking dos calouros da NBA 2020-2021 #3
Briga pelo topo se acirra com lesão de LaMelo Ball e Theo Maledon ganha primeira oportunidade dentro do ranking
A temporada da NBA vai se encaminhando para a reta final e com isso já é possível observar que alguns calouros têm conseguido encontrar uma curva de crescimento dentro de suas respectivas franquias.
Por exemplo, Anthony Edwards conseguiu encontrar seu melhor ritmo e se mostrou um eficiente pontuador para o Minnesota Timberwolves. Já nomes como LaMelo Ball e Tyrese Haliburton seguem firmes como ball-handlers de Charlotte Hornets e Sacramento Kings, respectivamente. O problema para Melo é uma lesão que pode encerrar sua temporada.
Quer saber mais sobre essas certezas e dúvidas das equipes sobre suas jovens estrelas? Confira abaixo o top 10 dos calouros no terceiro mês da temporada 2020-2021 da NBA, mais um conteúdo exclusivo do The Playoffs, que irá acompanhar o desempenho deles mensalmente.
(Foto: Jared C. Tilton / Getty Images)
1- LaMelo Ball, Charlotte Hornets (manteve posição)
A importância de LaMelo Ball para o Charlotte Hornets é tamanha que a fratura na mão do armador pode ser fator preponderante para a franquia ficar fora dos playoffs desta temporada.
O armador deve ficar ao menos um mês fora de combate, colocando em risco também a liderança no ranking e o prêmio de Calouro do Ano, até pelo crescimento meteórico de Anthony Edwards no último mês.
Antes da lesão, o armador havia estabelecido boas médias de 15,9 pontos, 6,1 assistências, 5,9 rebotes, 37,5% dos arremessos de três pontos em 28,6 minutos por jogo.
Como já mencionado nos rankings anteriores, o maior problema de LaMelo em seu ano de calouro tem sido o alto número de turnovers (2,8 e a liderança entre os calouros), algo que deve ser trabalhado pelo armador para os próximos anos.
2- Anthony Edwards, Minnesota Timberwolves (subiu uma posição)
O Minnesota Timberwolves segue uma bagunça fora das quadras, mas é inegável que se tornou um time divertido de se acompanhar desde o último mês e muito disso se deve à evolução de Anthony Edwards.
O ala tem mostrado que tem conseguido repetir suas principais características no jogo, como as infiltrações e arremessos ao redor do aro, de forma mais constante dentro da NBA.
Prova é que Edwards conseguiu elevar suas médias em pontos (16,9) e anotou mais de 20 em pelo menos dez dos últimos 12 jogos com a franquia.
Os Timberwolves devem novamente ter uma escolha alta de Draft para a próxima temporada, mas Edwards já demonstrou que tem potencial de ser um dos líderes dessa franquia.
(Foto: Harry How/Getty Images)
3- Tyrese Haliburton, Sacramento Kings (caiu uma posição)
Haliburton é até o momento o maior ‘roubo’ do último Draft e segue jogando de forma consistente em um ainda inconstante Sacramento Kings.
Seja vindo do banco ou como titular, Haliburton permite que De’Aaron Fox e Buddy Hield não precisem carregar a bola em todos os momentos, demonstrando que pode sim ser muito útil ao lado da dupla.
Os números do armador apresentaram leve queda na comparação com o ranking anterior, com médias de 12,9 pontos, 5,1 assistências, 3,4 rebotes e 42,1% nos arremessos do perímetro.
4- Immanuel Quickley, New York Knicks (manteve posição)
Se fossemos dividir os calouros deste ano em potes, Immanuel Quickley seria o jogador que abre o segundo escalão dos primeiranistas nesta temporada.
Quickley se estabeleceu como um reserva interessante, mas que ainda precisa de maior consistência, até pelo fato de não ter aproveitado bem as três oportunidades que teve como titular durante as ausências de Derrick Rose, Elfrid Payton e outros armadores do New York Knicks.
Mas para padrões de um reserva com 20 minutos de média, 12,8 pontos e 37,6% nos arremessos de três pontos não deixam de ser números interessantes.
Ainda não é possível estabelecer um teto para o jovem armador, mas pela seleção tardia no Draft e pelo retorno já entregue aos Knicks, não deixa de ser um ganho para a franquia o retorno já demonstrado pelo atleta.
5- James Wiseman, Golden State Warriors (manteve posição)
Um mês após a queda de James Wiseman no ranking devido a uma lesão no punho, o pivô apresentou diversos problemas fora das quadras que demonstram como a experiência traz também maior maturidade.
Wiseman foi punido dos Warriors após deixar de realizar exames para a Covid-19 e chegou a ser colocado como reserva, tendo também demonstrado certo descontrole em diversas partidas, recebendo no período suas primeiras faltas técnicas na NBA.
É inegável o talento que o pivô carrega, em especial pela absurda velocidade na movimentação que Wiseman apresenta com 2,16m de altura, fora a capacidade de arremesso de média distância que o atleta apresenta.
Mesmo com toda essa inconstância, Wiseman tem registrado na temporada 11,6 pontos, seis rebotes, um toco e 51,5% nos arremessos de quadra. Números interessantes para um pivô calouro.
(Foto: Ezra Shaw/Getty Images)
6- Saddiq Bey, Detroit Pistons (subiu uma posição)
O Detroit Pistons nesta temporada tem sido um interessante laboratório conduzido por Dwane Casey e dentro desse cenário Saddiq Bey tem sido uma das boas surpresas.
Após a saída de Blake Griffin e a lesão de Killian Hayes, Bey assumiu um papel de maior destaque dentro da equipe e tem sido um bom coadjuvante para Jerami Grant.
Bey registrou outro mês de crescimento em suas médias e apresenta 10,7 pontos, 4,1 rebotes e 38,7% nos arremessos do perímetro, com 24,4 minutos por jogo.
Hoje não é possível cravar que o ala garanta um espaço como titular nesse elenco com a volta de Hayes, mas está claro como Bey pode ser desenvolvido em uma peça importante vinda do banco em Detroit.
7- Patrick Williams, Chicago Bulls (caiu uma posição)
Arturas Karnisovas demonstrou muito do seu talento como general manager nos últimos dias ao conseguir levar Nikola Vucevic para o Chicago Bulls.
Por isso, a escolha de Patrick Williams na quarta posição do Draft ainda pode parecer estranha, mas o ala segue mostrando flashes interessantes, mesmo com a consistência ainda não sendo a ideal.
Ele foi titular em todos os 42 jogos dos Bulls até o momento na temporada, embora atue 28,4 minutos em média por jogo, demonstrando ainda não conseguir ser uma peça fundamental como os três primeiros colocados deste ranking.
Williams apresenta médias de 9,6 pontos, 4,9 rebotes e 38,3% nos arremessos do perímetro, números que comprovam que consistência é a palavra-chave para que o calouro encontre maior espaço dentro do elenco dos Bulls.
8- Desmond Bane, Memphis Grizzlies (subiu uma posição)
Já mencionamos anteriormente como o Memphis Grizzlies tem encontrado peças interessantes no Draft nos últimos anos e Desmond Bane é uma delas.
Se Ja Morant é o franchise player, Jaren Jackson Jr e Brandon Clarke alas ágeis e fortes na proteção ao aro, Bane é o gatilho para o perímetro que a equipe tinha carência no elenco.
O ala-armador apresenta excelente média de 45,7% nos arremessos de três pontos, com 9,5 pontos de média em 22,5 minutos jogados por partida.
Assim como outros calouros colocados nesse ‘segundo pote’, o que Bane precisa é apresentar números mais consistentes ao técnico Taylor Jenkins para ganhar mais minutos em jogo e com isso elevar suas médias em quadra.
9- Theo Maledon, Oklahoma City Thunder (não ranqueado anteriormente)
Theo Maledon é o estreante do ranking nesta edição e ganhou a nona posição após ter demonstrado excelentes momentos com o Oklahoma City Thunder, tendo apenas 19 anos de idade.
Maledon se mostrou flexível para trabalhar na armação ao lado de Shai Gilgeous-Alexander, hoje o franchise player do Thunder, tendo teto para se desenvolver na posição 2 com o tempo.
O francês apresenta médias de 8,2 pontos, 3,4 assistências, 3,1 rebotes e 37,2% nos arremessos do perímetro, tendo atuado em 22 das 38 partidas do Thunder como titular.
Vale lembrar que o armador não passou pelo College nos Estados Unidos, tendo saído diretamente do ASVEL Basket da França para o Draft da NBA, algo que normalmente dificulta a transição dos calouros dentro do basquete norte-americano.
10- Isaac Okoro, Cleveland Cavaliers (manteve posição)
O Cleveland Cavaliers começou a temporada de forma promissora, mas pouco a pouco a realidade se apossou da franquia de Ohio e ficou claro as fragilidades do elenco e do front-office.
Isaac Okoro chegou nesse cenário em Cleveland e tem encontrado dificuldades de demonstrar evolução no seu jogo, em especial nos atributos ofensivos.
Se na defesa o ala já demonstra ter bons fundamentos e polimento para a NBA, ainda não fica claro como Okoro melhor se encaixa dentro do plano ofensivo dos Cavaliers.
As médias de Okoro na temporada são medianas com oito pontos, 2,8 rebotes e 41,8% nos arremessos de quadra, deixando claro como o caminho da evolução para o ala ainda é longo para se tornar um jogador competitivo dentro da NBA.
Menções honrosas
Cole Anthony (Orlando Magic) saiu do ranking após completar quase dois meses fora das quadras com uma lesão nas costelas, sendo que não há previsão de volta para o armador.
Nomes como Tyrese Maxey (Philadelphia 76ers), Payton Pritchard (Boston Celtics), Deni Avdija (Washington Wizards) e Xavier Tillman (Grizzlies) não demonstraram grande evolução no período, mas são nomes latentes para aparecerem na próxima edição.
Já Obi Toppin (Knicks), Onyeka Okongwu (Atlanta Hawks) e Devin Vassell (San Antonio Spurs) seguem sem empolgar e mesmo tendo sido escolhas altas no último Draft, devem terminar a temporada sem sequer uma entrada dentro do ranking.
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