[ENTREVISTA] Barry Larkin e Steve Finley: ‘O futuro do beisebol no Brasil é brilhante’
Técnicos da seleção brasileira exaltam momento do esporte no país, falam de World Series, Halladay e protestos na NFL...
Barry Larkin (foto acima, à direita), membro do Hall da Fama do Beisebol, campeão de World Series e um dos grandes nomes da história do Cincinnati Reds, está há sete anos como um dos responsável pelo projeto de construção de um novo momento para o esporte no Brasil. Técnico da seleção brasileira masculina, ele ganhou há quatro anos o apoio de Steve Finley (foto, à esquerda), também campeão da MLB e vencedor do prêmio Gold Glove (assim como Larkin).
Vencedores na vida profissional, os dois sabem que o esporte no Brasil precisa de muitas transformações para também ser uma potência. Em entrevista exclusiva ao The Playoffs, Larkin e Finley falaram sobre o momento do beisebol no Brasil e o futuro que, segundo eles, é “brilhante”. Os dois estão no país para participar de mais uma etapa do projeto da Academia MLB Brasil, em Ibiúna (SP), inaugurada em 2017, em que jovens atletas brasileiros treinam e se desenvolvem com uma ampla estrutura e apoio da Major League Baseball.
No bate-papo, a dupla falou sobre as assinaturas de contratos com a MLB de cinco jovens brasileiros neste ano, a próxima geração de talentos e também a chegada de Luiz Gohara e Thyago Vieira às Grandes Ligas, ambos muito elogiados pelos treinadores. Larkin reforçou também que o objetivo atual é desenvolver o esporte no Brasil, mas ressaltou que o beisebol explodirá aqui quando a seleção vencer um torneio ou um jogo importante o que, segundo ele, está perto de acontecer.
Falamos também sobre World Series, os polêmicos protestos de atletas na NFL (Larkin falou sobre sofrer racismo, inclusive) e sobre a lamentável morte de Roy Halladay.
The Playoffs – Primeiro de tudo, Roy Halladay morreu nesta terça-feira, algo muito triste para todos que amam o beisebol. Gostaria que falassem sobre o que ele representa para o esporte e para vocês. Sei que Steve jogou contra ele…
Steve Finley – Sim, joguei. Ele era um grande arremessador. Em sua carreira de 16 anos, conseguiu dois prêmios de Cy Young, era um grande companheiro de equipe. Eu joguei contra ele, nunca estive no clubhouse com ele, mas tudo que ouvi sobre ele, de outros jogadores, é de que era um grande companheiro. Um cara de família. Ele encerrou sua carreira e agora passava seu tempo com a família, e infelizmente esse período foi muito curto…
Barry Larkin – A comunidade do beisebol é muito unida e toda vez que você perde um de seus irmãos, um dos membros de sua família, é duro, muito lamentável. Isso é algo que já aconteceu com alguns jogadores que conhecemos e interagimos, é triste. Especialmente por ele ser tão novo, apenas 40 anos. Fico preocupado com sua família e as pessoas que ele deixou. Rezo para que ele possam lidar com isso da melhor maneira. Sinto muito pela sua perda e espero que sua família e as pessoas próximas a ele possar lidar com isso.
TP – Entrevistamos vocês em janeiro, quando a Academia da MLB no Brasil foi inaugurada. O que vocês puderem sentir de diferença desde então?
Larkin – Acho que estamos onde deveríamos estar. Do ponto de vista da MLB, existe um desejo de estar envolvido no dia a dia daqui (do Brasil). Acho que porque a MLB viu o potencial dos jogadores no Brasil. Desde a última vez que estivemos aqui, alguns jogadores amadores assinaram contratos, temos alguns caras nas Ligas Menores que chegaram nas Grandes Ligas. Luiz Gohara, [Eric] Pardinho, [Heitor] Tokar, alguns caras com quem trabalhamos na acadêmia e no Elite Camp. A Major League Baseball percebeu que o futuro do beisebol é brilhante aqui. E eles querem fazer parte disso, se anteciparam para ajudar, oferecer condições financeiras e estruturais para que isso continue acontecendo.
TP – Como você disse, depois da nossa última entrevista alguns jogadores assinaram com times da MLB. Vocês mantêm contato com eles? E os times que os contrataram conversaram na época ou conversam com vocês sobre eles?
Larkin – Não, os times não falaram com a gente. Eles não precisam, porque têm scouts por perto que passam todas as informações necessárias. Nós estamos produzindo talento e todos esses caras são talentosos. Eu acho que o importante é entender que a Major League Baseball sabe de onde esses meninos vêm. E eles confiam nos treinos e nas coisas que aconteceram para guiá-los para assinar esses contratos profissionais. Então eles confiaram na gente, na base de informações que demos a esses garotos antes da MLB chegar aqui. Pessoalmente, estou aqui há sete anos, Steve há quatro. Nós representamos praticamente tudo que a seleção brasileira representa, o jeito como a seleção joga e atua. É um trabalho triplo que envolve também a federação (CBBS – Confederação Brasileira de Beisebol e Softbol), que nos dá a oportunidade. Os times da MLB sabem disso e confiam nisso. Por isso que eles não precisam necessariamente falar com a gente. Sobre os jogadores, mantemos contato sim. Pardinho está aqui (na Academia da MLB Brasil) conosco. Ele está se preparando para a próxima temporada com a gente. Teremos a chance de vê-los sempre que estiverem por aqui.
Finley – Estamos sempre acompanhando, temos fichas de tudo que acontece na temporada nas ligas menores. Sempre falamos para os garotos aqui sobre os jogadores que já assinaram contratos, lembrando que esse é o futuro da seleção brasileira. Que participem e fiquem no programa, que estamos os ensinando e que confiem no trabalho. Tanto os amadores quanto em nível profissional [eles entendem isso] e essa é razão para tantos garotos assinando contratos.
TP – E sobre a próxima geração de talentos? Vocês veem outros jovens jogadores no Brasil prontos para serem contratados pela MLB já no próximo ano?
Larkin – Uma coisa que acho que é importante entender é como o beisebol sempre continua a evoluir. Não podemos ser imediatistas e pensar numa próxima geração pensando no ano que vem. Estamos falando de cinco ou dez anos. Acredito que seria um desserviço para esses jogadores colocar uma pressão neles, dizendo que eles devem ser o próximo cara a assinar com a MLB. Tipo “quem será o próximo?”. Pardinho, Tokar, Coutinho, Watanabe, todos assinaram este ano, então, “quem vai assinar ano que vem?”. Então os jogadores vão começar a pensar nisso e colocar pressão neles mesmos. Acredito que devemos entender que a próxima geração não significa próximo ano, significa uma onda de jogadores. E o que acontece é que uma das razões da Major League estar aqui é fazer a base crescer, fazer esse grupo de jogadores crescer, melhorar e assim oferecer uma competição melhor. E isso significa competir um nível mundial. É um grupo coletivamente recebendo informação adequada e mergulhando nisso, prestando atenção nos pequenos detalhes, é o que vai tornar esses jogadores melhores. Então, quando eles começarem a trabalhar e a jogar uns contra os outros, eles vão desafiar uns aos outros a ser ainda melhores. Não apenas fisicamente, mas mentalmente. Quando você combina as duas forças e continua trabalhando em conjunto, aí você verá um jogador de Major League ou assinando contratos profissionais com a MLB. É algo mais a longo prazo, uma próxima onda de jogadores está definitivamente vindo, mas eles agora têm 13 ou 14 anos. Estamos falando de pelo menos mais dois ou três anos para estarem elegíveis para assinar. Mesmo assim, eles terão 16 anos e um longo caminho pela frente. Há garotos de 13 anos na acadêmia já mostrando sinais, mas que ainda não sabem rebater forte o bastante (risos) ou fazer o swing corretamente. Não podemos colocar pressão nesses caras para assinaram contratos com a MLB. Óbvio que eles querem isso, mas seria injusto colocar essa expectativa neles.
Finley – Neste país, há inúmeros jogadores para a Major League. Por aí, em todos os lugares do Brasil. Só que eles não estão jogando beisebol. Essa é a razão pela qual estamos aqui e pela qual a MLB está aqui. Introduzir o jogo para pessoas que nunca pegaram num bastão de beisebol, uma bola, uma luva ou qualquer coisa. Há muitos jogadores de Major League Baseball aqui, mas eles precisam começar a jogar beisebol. Estar aqui, dar entrevistas, gravar vídeos, é uma forma de fazer propaganda, acho que esse é o melhor termo, para todos aqui. O beisebol está se tornando mais disponível em diferentes áreas e agora você pode ver propagandas sobre o esporte na sua frente. Eu incentivo qualquer um que pense em beisebol a pegar um cabo de vassoura, chame uns amigos, arrume uma bola e vá em algum lugar ou no jardim, e comece jogando a bola e rebatendo. Talvez você descubra como jogar.
TP – Nesta temporada, chegamos ao número de cinco brasileiros que jogam ou jogaram na MLB, com Luiz Gohara e Thyago Vieira chamados pelos seus times. O que vocês pensam sobre esses “veteranos” do Brasil e o quanto eles são importantes para a seleção e para o futuro do nosso beisebol?
Larkin – Como venho dizendo há anos, o futuro do beisebol no Brasil é brilhante. Luiz Gohara é o mais recente, Thyago Vieira… esses dois talentosos e brilhantes jogadores, tomara, terão há chance e a responsabilidade de servir o país, orgulhosamente e de forma consistente por muitos anos. São duas personalidades muito diferentes, um muito extrovertido o outro não muito (risos), o Gohara. Mas a expectativa é que nós continuemos mostrando a habilidade em nível nacional de jogadores do Brasil. Não é por coincidência que esses caras estão aqui, não é por circunstâncias, por chances, é porque eles trabalham duro, definitivamente têm talento, e fazem o melhor uso desse talento, e eles fazem o que pedem a eles, executam o plano. Eu acho que tem outro cara perto da MLB, Leonardo Reginatto (do Minnesota Twins). Uma coisa que vocês verão são mais arremessadores de países em que o beisebol não é um esporte tradicional. Mais do que rebatedores, porque rebatedores são atletas do dia a dia e que precisam enfrentar grandes adversários para melhorarem seu nível. Então os nossos arremessadores têm mais oportunidades de chegar nas Grandes Ligas rápido que jogadores do “dia a dia”, mas esses jogadores também terão chance, como foi o caso de Paulo Orlando e será desse menino Reginatto, que pode jogar de shortstop, segunda base, terceira base.
Finley – Como ele disse, foi empolgante ver esses caras chegando nas Grandes Ligas porque eles ficam mais visíveis para o Brasil, para pessoas os assistirem e tornar mais possível alguém pensar em pegar um taco de beisebol e jogar. É empolgante para nós ser parte disso. Especialmente Barry que está aqui há sete anos, parte desse legado que é o beisebol no Brasil.
TP – Como vocês veem o benefício desse crescimento do beisebol no Brasil, do interesse pelo esporte, e quando isso realmente vai se tornar algo relevante? Como, aqui no Brasil, podemos trabalhar para isso acontecer?
Larkin – Acho que todo mundo associa sucesso a vencer. Quando o Brasil vencer um grande torneio, acho que o esporte vai explodir, o interesse nele. E o motivo é que a cobertura da mídia vai crescer. Todo mundo que estar ligado a um vencedor. Se voltarmos a 2013, quando vencemos a eliminatória para o World Baseball Classic, não estava aqui, mas fiquei sabendo que o interesse de mídia explodiu, algo assim. Sei que naquele WBC, quando jogávamos contra o Japão e estávamos ganhando*, o beisebol teria explodido novamente. Por não ser realmente parte da cultura, tradicionalmente, eu acho que terá de haver um evento que aconteça e que realmente permita ao beisebol entrar na cultura e terá que ser vencendo. Na minha opinião, tudo isso vai acontecer quando a seleção vencer um grande torneio ou tenha uma grande vitória num grande torneio, como seria contra o Japão, ou a classificação na eliminatória do WBC para a fase final, vencendo um jogo contra alguém tradicional e uma potência nacional no beisebol. E isso acontecerá. Tomara que no próximo WBC. Quando isso acontecer, haverá mais cobertura da mídia na perspectiva do beisebol e da comunidade, maior empolgação. E espero que mais gente, como disse o Steve, tenha a oportunidade de jogar e veja o beisebol como uma opção válida para ajudar suas famílias, fazer dinheiro, ter uma carreira.
*NOTA DA REDAÇÃO: Em 2013, na estreia do World Baseball Classic, o Brasil vencia o Japão por 3 a 2 até a última entrada, mas sofreu a virada e perdeu por 5 a 3.
Finley – E no topo disso, o que faz o beisebol crescer é ter campos de beisebol. Sei que não é fácil de ter isso em uma área metropolitana, mas ter um campo próximo de você quando está dirigindo faz você pensar “o que é isso?”. Ver crianças jogando faz você pensar “o que é isso?”. Isso cria curiosidade, e tomara que a comunidade de beisebol aqui faça mais avanços para que mais brasileiros experimentem o beisebol. Isso é importante. Sei que não é fácil, muitas vezes é lento e como disse o Barry, vencer é importante, te coloca nos holofotes, faz mais gente se interessar nisso, as pessoas veem isso e querem tentar. O SESC está colocando beisebol nas escolas para jovens crianças, que colocam as luvas, pegam o taco de beisebol para experimentar o jogo. Quando eu era criança, eu ganhei um taco e uma bola e comecei a amar beisebol depois disso. Tomara que essas crianças tenham o mesmo sentimento quando pegarem o taco e uma luva.
TP – E qual é próximo objetivo pensando na seleção brasileira, no beisebol brasileiro? Pensando em Olimpíadas e World Baseball Classic.
Larkin – Acho que o próximo o objetivo não é necessariamente um torneio. O objetivo é o desenvolvimento. Nós temos que focar em desenvolver jogadores de beisebol. Os jogadores não têm de se preocupar com as Olimpíadas ou qualquer torneio, há muita política envolvida e coisas que não podemos controlar. O que podemos controlar é a qualidade da nossa instrução, da atenção que os jogadores recebem na academia. Então, pessoalmente, esse é meu objetivo. Garantir que esses caras tenham informação apropriada, sintam um pouco da experiência de Major League que eu tive como jogador e técnico. Que sejam competitivos ao máximo em um ambiente de competição. Então eles podem aprender como vencer. Existem alguns jeitos de aprender a vencer, um jeito é falhar. Isso te faz saber o que fazer na próxima oportunidade. Meu objetivo é recriar um ambiente de competitividade para que esses caras possam estar num nível para as Olimpíadas e o WBC, ambientes competitivos.
TP – Como a CBBS tem ajudado para que vocês atinjam esses objetivos?
Larkin – A confederação tem as instalações, os contatos, desenvolve o relacionamento com a gente e nos permite ser parte disso, nos deixa muito à vontade aqui. A CBBS vem sendo muito instrumental para nós. Jorge Osuka tem sido ótimo para nós, para os garotos. Todos são muito positivos. Eles acreditam nessa visão,fizeram o acordo com a Major League Baseball e querem que esses garotos melhorem. Eles proporcionam oportunidades e é para isso que estamos aqui.
TP – Acredito que vocês assistiram à World Series. O que acharam do título do Houston Astros e também do recorde home runs que tivemos? Pensam que isso é uma tendência em oposição ao small ball?
Finley – Eu tive a oportunidade de jogar nos dois times. Acho que foi uma série fantástica, fantástica para o beisebol. A franquia de Houston nunca havia vencido uma World Series e agora tem uma. E eles construíram e fizeram o time crescer selecionando jogadores, o que é algo muito satisfatório, ir para a World Series assim. Sobre os home runs, eu vejo o jogo de beisebol hoje muito entre home runs, strikeouts e walks, não acho que isso seja muito bom. Mas vimos no jogo 7 da World Series que Houston jogou no small ball. Nas primeiras entradas, com corredores em base, rebateram bolas para o lado direito (groundout) para fazer os corredores avançarem e criarem oportunidades. É uma longa temporada, os estádios são menores hoje em dia, vimos muita gente arremessando forte e, como dizemos, o quão forte você arremessa é o quão longe a bola pode ir na rebatida. Os caras estão sabendo como bater na bola e em estádios pequenos, é por isso que temos mais home runs. Mas você precisa saber rebater quando tem jogadores em base, você precisar saber os fundamentos do beisebol, rebater bolas rasteiras, fazer alguém chegar na terceira base. Parece que há mais home runs, mas vimos o Houston Astros jogando com os fundamentos do beisebol e batendo home runs e assim eles ganharam a World Series.
Larkin – Foi uma série fantástica, muito divertida. Fiquei feliz por serem sete jogos. Como Steve disse, o sensacional é o home run e foram vários, mas houve outras coisas menores que eles fizeram e que realmente fazem um time ganhar um jogo. Você não pode viver e morrer por um home run. Você pode morrer por um home run, mas não pode viver na MLB por um home run. Há várias coisas fundamentais que não têm tanta publicidade e sendo um ex-jogador eu entendo isso e são coisas que compartilho com os jogadores. Eles perguntam sobre a parte mental e física do jogo, e quando você pensa de imediato pensa na parte física, mas o mais importante é o mental, é a preparação para o jogo. Isso são coisas que usamos para tirar vantagem e aproveitar o melhor de nossos jogadores.
TP – O grande assunto nos esportes americanos este ano são os protestos na NFL, durante o nacional, jogadores se ajoelhando. Na MLB apenas um jogador aderiu a isso, Bruce Maxwell, do Oakland Athletics. O que vocês pensam sobre isso? Se fossem atletas hoje, fariam algo do tipo?
Larkin – Pessoalmente, eu não deixaria de ficar de pé no hino nacional. Nunca. Porém, eu entendo porque os caras estão protestando, eles não estão protestando contra a bandeira ou contra os Estados Unidos. O que eles estão fazendo é usar isso como uma plataforma para protestar contra as injustiças que acontecem nos EUA. Pessoalmente, acho que há outros meios de fazer isso, se eu sofresse uma injustiça e tivesse que protestar, certamente eu faria isso, mas faria de uma forma diferente. É meu sentimento pessoal, mas entendo o que os caras estão fazendo. Porque eu presenciei alguma dessas injustiças por causa da cor da minha pele, nos Estados Unidos.
Finley – Penso exatamente a mesma coisa. Eu ficaria de pé durante o hino, mas se eu vejo alguma coisa errada, hoje existem redes sociais por todo lado, você pode tornar público seu protesto facilmente. Há injustiças em todo lugar nos Estados Unidos, em todo o mundo. Toda vez que você coloca os holofotes nisso, também vê coisas como abuso sexual. Você coloca o holofote em coisas que podem provocar mudanças. Acho que é isso que os jogadores estão tentando fazer, tentando uma mudança positiva e tiro meu chapéu para eles. Se você pode fazer isso protestando, isso é uma coisa que os Estados Unidos te permite, liberdade de expressão. Se você não diz nada, ninguém sabe que existe um problema, então você precisa dizer quando há um problema.
(Fotos: Divulgação/MLB Brasil; Luis Felipe Saccini/The Playoffs; Jamie Squire e Rob Carr/ Getty Images; Foto: Facebook Seleção Brasileira de Beisebol WBC)