Estratégias para o Draft do fantasy football 2022: escolhendo no final (slots 9 ao 12)
Quer se preparar para o seu Draft? Vem que o The Playoffs te mostra o que fazer a cada escolha, agora para quem for draftar nos slots finais
Agosto segue a todo o vapor e, junto dele, esquenta cada vez mais a fantasy season para os amantes do futebol americano! Retomando a tradição iniciada no último ano, vamos dar continuidade à série de textos de estratégia para o Draft, pois cada temporada é única e temos que estar atentos às novas tendências e filosofias de jogo – do próprio fantasy football e das equipes da NFL.
A essa altura, você, provavelmente, já sabe, depois de ter lido nosso guia completo, que as ligas de fantasy não são ganhas no Draft. Suas movimentações ao longo da temporada, que incluem decisões sobre quem escalar, adicionar via waivers e mirar em negociações de troca são tão ou mais importantes.
Mas é no Draft que você forma a base fundamental do seu time. Um Draft desleixado, sem um mínimo de estratégia, que resulte em um elenco desequilibrado, tanto em número de jogadores para cada posição, quanto no valor que cada um têm na produção de pontos em comparação com a altura em que foram selecionados, pode fazer com que você perca sua liga antes mesmo que os jogos comecem.
É por isso que o The Playoffs traz sugestões do que fazer no seu draft de fantasy em 2022, em uma série de três artigos, esteja você escolhendo no início, meio ou final da primeira rodada.
Depois de termos abordado a primeira e a segunda hipóteses, desta vez contemplaremos aqueles que draftam na parte final, entre os slots 9 e 12 numa liga de 12 times, encerrando nossa série estratégica.
Vale lembrar que estamos tomando como base uma liga padrão, com as configurações mais comuns de um campeonato que fosse criado do zero, hoje, nas principais plataformas, ou seja, pontuação PPR, 12 times e elencos de 15 jogadores, com a escalação titular sendo composta por um QB, dois RB, dois WR, um TE, um FLEX (RB, WR ou TE), uma DEF e um K.
Vamos, então, para as estratégias de draft para quem estiver em algum dos quatro slots do final, detendo as escolhas 9, 10, 11 ou 12 da primeira rodada.
Ao final do artigo, postaremos a imagem do board completo de um mock draft realizado a partir do slot 11 e seguindo as dicas dadas a partir de agora!
(Foto: Reprodução Twitter / Around The NFL)
Rounds 1 a 4: Drafte dois WRs e dois RBs top 10 ou top 20 na ordem que preferir
Por mais que o tight end Travis Kelce (KC) seja uma opção bastante viável no final do primeiro round ou início do segundo, não estará disponível para todos os slots abordados neste texto.
Além disso, vamos manter nossa tática de confiar em uma maior profundidade de opções nessa posição para 2022.
Com isso, se abre um leque de alternativas para quem drafta nos slots derradeiros: escolher uma dupla de running backs e uma de wide receivers nas quatro primeiras rodadas na ordem que mais lhe atrair.
Dito isso, temos como opções de RBs nos rounds 1 e 2 nomes interessantíssimos como Joe Mixon (CIN) e D’Andre Swift (DET), apostas de mais risco, mas muito teto, em Saquon Barkley (NYG) e Javonte Williams (DEN), além de veteranos mais seguros como Leonard Fournette (TB), Alvin Kamara (NO), Aaron Jones (GB) e Nick Chubb (CLE).
Dentre recebedores nas duas primeiras rodadas, destaca-se Stefon Diggs (BUF) como, ao menos para este que vos escreve, o claro WR4 e principal candidato a bater o top 3 formado por Jefferson, Kupp e Chase pela medalha de ouro da posição este ano. Ainda que, particularmente, não optasse por esta linha, não julgo quem goste de Davante Adams (LV) e CeeDee Lamb (DAL), únicos dois outros nomes da posição que cogitaria nesta faixa do draft.
Nos rounds 3 e 4, você pode dar a sorte de se deparar com Mike Evans (TB) ou Keenan Allen (LAC) dentre wide receivers restantes no board, mas a tendência maior é que sua escolha fique entre as também ótimas alternativas Michael Pittman (IND) e Tee Higgins (CIN). Como “prêmios de consolação”, mas longe de representarem um downgrade tão grande, temos Diontae Johnson (PIT), Mike Williams (LAC), D.J. Moore (CAR) e Courtland Sutton (DEN).
Já entre running backs na terceira e quarta rodada, as opções são um pouco mais escassas e atendem pelos nomes de Travis Etienne (JAX), Breece Hall (NYJ) e David Montgomery (CHI), os dois primeiros com teto maior, mas menos piso em comparação ao terceiro.
(Foto: Reprodução site oficial/Detroit Lions)
Rounds 5 e 6: Drafte um WR top 30 e um QB top 8
No quinto e sexto rounds, não existe mistério: o valor dos wide receivers nesta faixa salta aos olhos, então é muito aconselhável parear um deles com um signal caller capaz de figurar nas cabeças dos rankings estatísticos semanalmente, já que, posicionado no final do board, o risco de não conseguir os nomes que fecham o top 12 da posição algumas rodadas à frente é muito alto.
Com isso, dentre WRs, selecione o sempre confiável Brandin Cooks (HOU) ou um jovem com capacidade de dar um salto rumo ao top 15 sem muito medo de “desrespeitar” ADP (average draft position ou posição em que o jogador é draftado em média), já que, a partir deste momento do draft, acontecem as maiores variações na comparação entre rankings – tanto das próprias plataformas, quanto de especialistas em geral.
Como parte da referida juventude, gostamos de Amon-Ra St. Brown (DET), Rashod Bateman (BAL), Gabriel Davis (BUF), Darnell Mooney (CHI), Elijah Moore (NYJ), Brandon Aiyuk (SF) e Drake London (ATL).
Já entre QBs, o nome de mais destaque que costuma estar disponível a esta altura é Jalen Hurts (PHI), que já demonstrou ter um teto enorme para o fantasy na última temporada e este ano ganha o reforço de um dos melhores recebedores da liga, além de contar com a proteção de uma excelente linha ofensiva. Se não conseguir o camisa 1 dos Eagles, Russell Wilson (DEN), Tom Brady (TB) e Trey Lance (SF) também são ótimas alternativas.
(Foto: Reprodução Twitter/Around The NFL)
Rounds 7 e 8: Drafte dois WRs candidatos a breakout
Lembra dos nomes de recebedores citados no tópico anterior? É bastante possível que você ainda encontre dois deles por aqui. Caso contrário, aponte a mira para as seguintes alternativas: Hunter Renfrow (LV), Chris Olave (NO), Christian Kirk (JAX) e Kadarius Toney (NYG).
Rounds 9 e 10: Drafte um RB com upside e seu TE titular
Nesta faixa, apesar das incertezas inerentes à grande maioria dos backfields em que estão inseridos, é possível encontrar bastante teto nas opções de RB3 representadas por Chase Edmonds (MIA), Rhamondre Stevenson (NE), Dameon Pierce (HOU), Devin Singletary (BUF), James Cook (BUF), Rashaad Penny (SEA) e Ken Walker (SEA).
Em seguida, aproveitando a profundidade que a posição de tight end oferece este ano, é possível selecionar seu primeiro jogador da posição apenas num round de dígitos duplos.
Com isso em mente, o principal nome a mirar é o de Cole Kmet (CHI), em ótima situação devido a escassez de armas no jogo aéreo dos Bears, mas Hunter Henry (NE) também é uma opção bastante sólida. Se preferir correr mais riscos, apostando em potencial atlético e qualidade do ataque/QB, vale dar uma chance para Albert Okwuegbunam (DEN).
Rounds 11 a 13: Busque profundidade e/ou potencial com um olho nos handcuffs
Em regra, o foco deve estar em skill position players, de preferência os de pouca idade e chances de ter explosões estatísticas. Porém, a esta altura, há, também, veteranos com papeis estabelecidos e boas situações, principalmente entre wide receivers.
No grupo de recebedores, os nomes que agradam, nesta área, são Christian Watson (GB), Jahan Dotson (WAS), George Pickens (PIT), Julio Jones (TB), Jalen Tolbert (DAL), Wan’Dale Robinson (NYG), DeVante Parker (NE), Nico Collins (HOU) e Marvin Jones (JAX).
Brian Robinson (WAS) e sua ascensão na pré-temporada – que, no processo, faz despencar a cotação de Antonio Gibson (WAS) – é um nome que agrada bastante entre running backs. Caso ele não esteja mais disponível e/ou você tenha um RB com um reserva imediato que assumiria papel muito parecido ao do titular em caso de ausência deste – o chamado handcuff (“algema” em português) –, vale a pena buscá-lo, principalmente pensando em segurança na hipótese de lesão de um de seus principais jogadores. Mas, se você quiser ser mais ousado, visando teto de pontuação – e zicando os amiguinhos no processo –, pode buscar handcuffs de outros RBs que não sejam um dos seus principais.
Dentre os handcuffs – alguns “puros” e outros que podem ter valor independentemente de ausência do titular – e que usualmente estão à disposição a esta altura do Draft, destacam-se Kenneth Gainwell (PHI), Khalil Herbert (CHI), Tyler Allgeier (ATL), Zamir White (LV), Hassan Haskins (TEN) e D’Onta Foreman (CAR).
Apesar de não ser tão aconselhável quanto aumentar a profundidade e potencial entre jogadores das posições que você mais escala numa liga tradicional de fantasy, há, também, boas apostas nas chamadas posições unitárias nesta parte final do Draft. Como principal destaque temos Gerald Everett (LAC), que pode ser o tight end que Justin Herbert tanto busca nos Chargers, mas também podemos citar Trevor Lawrence (JAX), Justin Fields (CHI) e Jameis Winston (NO) como quarterbacks que podem surpreender e terminar o ano entre os dez melhores signal callers do nosso jogo dentro do jogo.
Rounds 14 e 15: Siga a mesma receita dos últimos rounds ou Drafte uma DEF e um K
A esta altura, tudo depende da data em que estiver acontecendo o seu Draft.
Como já vimos, se ele ocorrer às vésperas da abertura da temporada, que será em 8 de setembro, com o Thursday Night Football entre Rams e Bills, busque uma defesa e um kicker com calendário favorável nas primeiras rodadas ou ao menos na semana 1.
Considerando que os principais nomes dessas posições provavelmente já terão saído do board, as sugestões ficam por conta das defesas de Denver Broncos, Cleveland Browns e Indianapolis Colts e dos kickers Tyler Bass (BUF), Matt Gay (LAR), Matt Prater (ARI) e Brandon McManus (DEN).
Mas, se o seu Draft acontecer com alguma antecedência em relação ao primeiro jogo da NFL, siga a mesma estratégia dos últimos rounds, com ênfase aos RBs handcuffs ou com alguma possibilidade de se tornarem relevantes em caso de lesões ao longo de treinamentos ou jogos de pré-temporada.
Só não se esqueça de, lá pelo dia 6 ou 7 de setembro, buscar sua DEF e seu K. Isso significa que você, provavelmente, descartará estes dois últimos jogadores selecionados. Porém, se o titular a quem estiverem “vinculados” realmente se machucar nesse meio tempo, considere-se um(a) vencedor(a) da loteria do fantasy football!
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E aí?! O que achou das dicas? Abaixo, você confere o board completo de um mock draft que as seguiu, escolhendo a partir do slot 11.
DICAS PARA QUALQUER LUGAR DO DRAFT
É possível listar algumas dicas e noções gerais, independentemente do local em que você esteja posicionado no seu draft. Tome nota:
1. Lei da oferta e demanda
A escassez de bons valores em determinadas posições (e o número de titulares exigidos para tais posições) faz com que jogadores que nelas atuam tenham valor maior – devendo ser, em geral, draftados mais cedo – em comparação com jogadores de posições com mais fartura de opções, ainda que, individualmente e sem contexto, estes últimos produzam pontuação de fantasy maior do que aqueles.
“Traduzindo”: há muito mais alternativas “escaláveis para o fantasy” nas posições de quarterback (QB) e wide receiver (WR) versus as posições de running back (RB) e tight end (TE). Por isso que garantir jogadores de elite destas duas últimas posições nos rounds iniciais tem prioridade, a qual aumenta conforme mais raso seja o número de participantes de sua liga. Ou seja, ter Travis Kelce (KC) e/ou um RB top 10 te garante vantagem ainda maior em ligas de oito ou dez times.
2. Utilize prateleiras
Rankings sempre serão ferramentas úteis para o seu Draft e, seja qual for a plataforma que você utilizar, haverá um ranqueamento pré-definido. Acontece que ele não contará com algo muito importante: a divisão dos jogadores em tiers (prateleiras no nosso bom português).
Facilita demais ter pelo menos uma noção das prateleiras ocupadas por cada grupo de jogadores de determinada posição, ou seja, se há pouca diferença entre o QB, RB, WR ou TE5, 6, 7 e 8, que faria com que fossem agrupados em uma mesma prateleira ou se, em alguma das transições, há um vácuo significativo na produção estatística esperada por parte daqueles jogadores, o que faria com que estivessem em prateleiras diferentes.
Mas não se preocupe, porque vamos te ajudar com isso por meio dos textos de rankings – com prateleiras – que sairão, no mais tardar, ao longo dos primeiros dias de setembro.
Assim, o mais aconselhável é que, não esquecendo as necessidades de seu próprio elenco conforme o Draft se desenrole, você sempre procure selecionar um jogador de final de prateleira, e não de começo, já que, teoricamente, estaria extraindo maior valor de Draft ao escolher alguém com expectativa de pontuação semelhante a jogadores da mesma posição que já saíram do board, mas com uma pick mais tardia.
3. Lembre-se que o campeonato não termina no Draft
Já que não estamos falando de ligas best ball, fica novamente a lembrança de que suas movimentações ao longo da temporada são ainda mais importantes para alcançar o título do que suas escolhas de Draft.
Em resumo, se o seu elenco terminar o ano idêntico àquele que foi draftado, você, provavelmente, nem se classificou para os playoffs. Caso contrário, considere-se uma pessoa extremamente sortuda por não ter lidado com lesões e por ter acertado 100% de suas previsões em relação à liga esportiva que mais sofre variações de uma semana para outra.
Com isso em mente, não se esqueça que, principalmente em relação a duas posições de uma liga tradicional, é muito fácil realizar o chamado streaming: defesas (DEF ou DST) e kickers (K).
Por serem aquelas com a maior variação (e, portanto menor consistência) de pontuação de um ano para o outro e rodada a rodada, é até aconselhável que você não se apegue a apenas uma DEF ou K ao longo de todo o campeonato, mas, sim, altere-os de acordo com o adversário: ataques (e/ou QBs ruins), geralmente, significam boa produção das DEFs para o fantasy, enquanto ataques que chegam à red zone, mas têm dificuldades em alcançar a end zone, geralmente significam boa produção para os Ks.
Logo, a obtenção de tais jogadores ou unidades defensivas tem foco muito maior nas waivers. Não é absurdo algum você sair do seu Draft sem ter sequer escolhido um K ou uma DEF, principalmente se ele acontecer com boa antecedência em relação ao kickoff da NFL, em 9 de setembro.
Ainda que você faça questão de draftá-los – ou vá selecioná-los via waivers mais para perto da temporada –, o conselho é para que opte por DEFs e Ks com calendários favoráveis nas rodadas iniciais ou ao menos na semana 1.
Isso porque, se você draftar uma DEF ou K muito visado, mas não se sentir confortável com seu adversário na primeira rodada, será obrigado a gastar uma preciosa vaga de elenco com outro jogador daquela posição, perdendo margem de movimentação nas waivers quando estas mais importam: as primeiras semanas da NFL, em que contusões acontecem, situações se aclaram e RBs e WRs costumam emergir com valor inesperado em comparação a seus rankings pré-draft.
4. Divirta-se!
Estamos apenas dando sugestões. O mais importante é que você aproveite o seu draft com os amigos!
Semana que vem tem mais, com os rankings de fantasy football para a temporada 2022, tanto por posição, quanto gerais! Fique ligado(a)!