NFL Fantasy Football: Guia Completo
Temporada do fantasy football vai começar e aqui no The Playoffs você confere tudo que precisa saber, sendo iniciante ou já tendo algum conhecimento
Está chegando a temporada do Fantasy Football!
Nunca ouviu falar no assunto ou já joga há algum tempinho? Tanto faz. Este texto vai te explicar, de forma direta e prática, desde os conceitos básicos até os mais variados tipos de ligas e pontuações disponíveis para você criar ou aperfeiçoar seu campeonato com os amigos apaixonados pela NFL
Desde sua origem, lá nos anos 1980, nas rotisseries de Nova York, que reuniam fanáticos pela Major League Baseball, os fantasy games vêm crescendo de forma exponencial, espalhando-se pelos mais diversos esportes, sites e aplicativos, não só nos Estados Unidos, onde já se estabeleceu como uma indústria consolidada há mais de uma década, mas ao redor do mundo.
Se, no Brasil, o maior expoente é o Cartola FC, febre nacional que reúne milhões de times escalados a cada rodada do Campeonato Brasileiro de futebol, certo é que, ao expandir-se o olhar para outros esportes, mais especificamente o futebol americano profissional, que representa a espécie de fantasy game mais popular do planeta, encontramos uma variedade e complexidade – que resultam, no fim das contas, em diversão – muito maior em comparação ao limitado jogo brasileiro.
Comparando rapidamente, o Cartola FC demorou até 2021 para introduzir um simples banco de reservas que resolvesse os constantes problemas de indefinição das escalações titulares e te obriga a pagar o plano “pro” para ter todas as funções do jogo. Enquanto isso, a gratuidade é a norma nas principais plataformas de fantasy football.
Também é de se lembrar que, no jogo do Brasileirão, é muito comum que, logo nas primeiras rodadas em diante, times que disputam o mesmo campeonato possuam formações em que mais da metade dos jogadores se repete, gerando previsibilidade e monotonia que passam longe do fantasy football.
Em resumo, se você curte NFL e procura um jogo virtual com pontuações baseadas no desempenho e estatísticas reais dos jogadores que competem em uma liga profissional (o que é a própria conceituação de fantasy game), sem deixar de lado aquela resenha e competitividade saudáveis entre amigos, certamente, ficará muito satisfeito jogando fantasy football.
Ao mesmo tempo, o “jogo fantasia” vai servir como uma ótima ferramenta para você aprofundar seus conhecimentos sobre o esporte, na medida em que te fará conhecer jogadores de diversas posições e de todas as 32 equipes.
Dito isso, vamos aos conceitos básicos do fantasy football:
FORMATO
Embora seja possível jogar fantasy football de uma maneira que se assemelha ao Cartola FC tradicional, por pontos corridos e com jogadores precificados podendo se repetir entre times da mesma liga, os quais dispõem de um orçamento idêntico ao início do certame, com a liga limitada ou não a uma quantidade pré-definida de jogos e/ou datas, que é conhecida como daily, sem dúvidas o formato mais atraente, divertido e popular é o chamado seasonal ou por temporada.
Nele, você e seus amigos criam uma liga com número par de times que, em regra, varia entre 10 e 16 (12 sendo considerado o número ideal), em que cada time é controlado por uma pessoa, a qual selecionará seus jogadores em um Draft (sobre o qual nos aprofundaremos mais adiante). Desta forma, diferentemente do Cartola FC, somente você terá a honra e o privilégio de escalar determinado jogador na sua liga.
Colocados ou não em divisões específicas, os times da sua liga jogam entre si, sempre em confrontos diretos (aqui não temos nada de pontos corridos), com uma partida a cada semana, ao longo da temporada regular da NFL. Após um número pré-definido de rodadas, as equipes de melhor desempenho – contado este da mesma forma que na NFL, ou seja, por meio do número de vitórias, derrotas e eventuais empates ao longo da primeira fase – classificam-se para os playoffs, os quais, habitualmente, ocorrem entre as semanas 14 e 17 da temporada regular (15 a 17 sendo o mais comum após a mudança no calendário da NFL), período em que uma final é definida e é coroado o grande campeão.
Vale lembrar que, em virtude da aprovação do novo calendário da liga em 2021, passamos a ter 18, e não mais 17 semanas de temporada regular, circunstância que, invariavelmente, influenciará os calendários padrão do fantasy football. De qualquer forma, segue valendo a “regra não escrita” de que não se joga final de fantasy na última rodada, que agora compreende a semana 18, já que, nesta, é bastante comum que as equipes que não lutam por mais nada na NFL poupem seus principais jogadores.
(Foto: Dustin Bradford/Getty Images)
ESCALAÇÃO
A grande maioria das ligas utiliza apenas jogadores ofensivos, contemplando as defesas (e parte dos times especiais) como unidades coletivas, ou seja, ao invés do jogador específico das posições de quarterback (QB), running back (RB), wide receiver (WR), tight end (TE) e kicker (K), as quais são, individualmente, utilizadas no fantasy football – jogadores de linha ofensiva muito raramente geram estatísticas mensuráveis, por isso não são contemplados –, cada time escala a defesa inteira (DEF ou DST) de uma das equipes da NFL.
Ainda que altamente customizável em todas as plataformas, as quais permitem, inclusive, a exclusão de uma ou mais posições de todo o jogo, a escalação de um time de fantasy football é geralmente formada da seguinte maneira: 1 QB, 2 RBs, 2 WRs, 1 TE, 1 FLEX (que pode ser RB, WR ou TE), 1 K e 1 DEF. Desta forma, um exemplo de escalação é o seguinte:
QB: Trey Lance (SF)
RB: Austin Ekeler (LAC)
RB: Breece Hall (NYJ)
WR: Mike Evans (TB)
WR: Brandin Cooks (HOU)
TE: Zach Ertz (ARI)
FLEX: Drake London (ATL)
K: Matt Gay (LAR)
DEF: Denver Broncos
Além dos oito jogadores e uma unidade defensiva que formam a escalação titular, o elenco de cada time se estende com jogadores reservas que podem ser de qualquer posição ou mesmo outras unidades defensivas. Geralmente, cada equipe possui seis vagas de reserva.
Beleza. Mas como eu faço para pontuar?
PONTUAÇÃO
Há diferentes formas de pontuar no fantasy football, com as principais sendo a conquista de jardas (aéreas, terrestres ou de passe) e a marcação de pontos (touchdowns, pontos extras, two-point conversions e field goals).
Em regra, cada jarda aérea ou terrestre corresponde a 0.1 ponto, ou seja, o jogador soma 1 ponto a cada 10 jardas aéreas ou terrestres, enquanto cada jarda de passe, normalmente reservadas aos QBs, corresponde a 0.04 ponto, ou seja, o jogador soma 1 ponto a cada 25 jardas de passe.
Touchdowns corridos e recebidos valem seis pontos, enquanto two-point conversions de qualquer espécie valem dois. Para os TDs de passe, o mais comum é que recompensem com quatro pontos, embora seja cada dia menos raro encontrar ligas que os equiparam aos corridos e recebidos, dando-lhes o valor de seis pontos.
Por outro lado, as pontuações negativas, que geralmente variam entre -1 e -2, correspondem aos turnovers, ou seja, interceptações e fumbles perdidos, os quais, em contrapartida, geram pontuação positiva para as unidades defensivas que os forçam, sem esquecer de que as defesas podem marcar touchdowns em decorrência de tais recuperações de bola, estatística que também conta para o fantasy, a exemplo dos safeties.
Não podemos esquecer que os special teams também podem pontuar por meio dos mesmos critérios, incluindo os touchdowns de retorno de kickoff ou punt. Vale a pena ressaltar, neste ponto, que o eventual TD de retorno de chute por parte de um WR ou RB que você tenha, individualmente, no seu time não conta, em regra, para o jogador, mas apenas para a DEF/DST pela qual esteja atuando naquele momento.
Outra pontuação exclusiva das defesas é aquela proporcional ao número de pontos sofridos: quanto menos pontos a defesa permite ao ataque adversário na vida real, mais pontos ela marca no fantasy football. Além disso, há a possibilidade de que sacks e chutes bloqueados sejam critérios de pontuação positiva para as DEFs/DSTs.
Por sua vez, a pontuação decorrente dos field goals geralmente varia de acordo com a distância do chute, havendo, ainda, a possibilidade de que um erro por parte do kicker resulte em pontuação negativa.
Também é possível configurar pontuações com base na porcentagem de passes completados pelo quarterback. Interessante para aproximar o fantasy da vida real, algo como +0.5 ponto por passe completo e -1 ponto por passe incompleto faz com que os signal callers mais precisos — e, geralmente, cotados na corrida para MVP da NFL — sejam mais valorizados.
Outra possibilidade interessante é premiar first downs. Geralmente vinculada a +0.5 ponto, essa pontuação é mais comum em ligas half-PPR, que serão objeto do próximo tópico.
(Foto: Reprodução Instagram/Michael Pittman Jr.)
Ligas PPR, half-PPR e standard (non-PPR)
O último critério de pontuação a ser abordado talvez seja o mais importante: a recepção de passe. Isto porque sua adoção ou não resulta em uma verdadeira mudança de estratégia por parte do jogador de fantasy football.
PPR significa point per reception, ou seja, nesse tipo de liga, cada passe recebido vale um ponto, circunstância que faz com que WRs e TEs sejam mais valorizados, principalmente aqueles que, usualmente atuando no slot e agarrando passes mais curtos, não possuam números tão expressivos de TDs e/ou jardas recebidas, mas somem boa quantidade de recepções, circunstância que também afeta, em maior proporção ainda, os chamados pass catching ou third down backs, ou seja, RBs especialistas no jogo aéreo.
Nessa medida, temos, em geral, três tipos de liga de acordo com a pontuação: PPR, que, como já explicado, confere um ponto cheio a cada recepção, half-PPR, que, como o próprio nome diz, concede 0.5 ou meio ponto a cada recepção, e aquela que não recompensa com ponto algum cada recepção, qual seja, a non-PPR, conhecida também como standard, tendo em vista que, por muito tempo, foi tida como padrão pelos jogadores de fantasy football. Esta classificação, porém, vem mudando, com as ligas PPR ganhando cada vez mais adeptos, tornando-se, inclusive, o modo pré-definido nas ligas criadas do zero nas principais plataformas desde, pelo menos, 2019.
DRAFT
Tido pela maioria dos participantes como o momento mais esperado e divertido do fantasy football, já que – pelo menos antes da pandemia – significava uma bagunça entre amigos – o Draft é parte fundamental do game.
A exemplo daquele da vida real, que é capaz de definir os rumos das franquias da NFL, o Draft do fantasy é a oportunidade que você tem de construir as bases fundamentais do seu time, selecionando os jogadores certos para cada posição, procurando sempre se aproveitar do valor que cada um representa, seja de acordo com a posição em que atua ou do talento do próprio jogador e, ainda mais importante, das oportunidades que a equipe dele lhe proporciona de tocar na bola a cada jogo.
Embora o chamado Auction Draft ganhe cada vez mais adeptos, modelo em que cada jogador selecionável é colocado a leilão para que os participantes da liga, cada um dispondo do mesmo orçamento inicial (geralmente 100 ou 200 dólares fictícios), faça lances até que um preço final seja definido e o jogador leiloado seja alocado ao time responsável pela maior oferta, não há dúvidas de que o chamado Snake Draft ainda impera absoluto como o mais popular no fantasy football.
Lembrando que, em qualquer das modalidades de Draft, que são as sustentações das ligas por temporada, uma vez escolhido determinado jogador, ele será apenas do seu time. O Snake Draft funciona da seguinte forma: ao contrário do Draft da NFL, em que, salvo trocas prévias, os rounds respeitam sempre a mesma ordem entre as equipes, no snake, a ordem entre as equipes é invertida a cada rodada, ou seja, o detentor da pick 1 será o primeiro a escolher no primeiro round, mas o último a escolher no segundo round. E assim por diante: primeiro no terceiro, último no quarto. Primeiro no quinto, último no sexto etc etc etc. A mesma lógica vale, por exemplo, para a pick 12 em uma liga de 12 times: será a última a escolher no primeiro round e a primeira a escolher no segundo. A pick 6 terá a sexta escolha no primeiro round e a quinta no segundo. E por aí vai.
Após um total de 15 rodadas (nas ligas padrão), durante as quais cada equipe terá um tempo pré-estabelecido para realizar cada escolha, cada time terminará com um elenco diferente de 15 jogadores, tendo a liberdade para escolher quantos jogadores de cada posição (incluídas aqui as unidades defensivas) preferir, com a melhor estratégia sugerindo não exagerar em uma ou outra posição, sempre levando em conta o número de jogadores de cada uma delas que “irá a campo” no time titular a cada semana.
(Foto: Gregory Shamus/Getty Images)
WAIVERS
Considerando que, via de regra, milhares de jogadores (incluindo as unidades defensivas e jogadores de practice squad, suspensos ou mesmo sem contrato assinado com alguma franquia, mas que podem ser incorporados no decorrer da temporada da NFL) são colocados à disposição dos participantes de um campeonato de fantasy football ao início do draft e que, em uma liga padrão de 12 times, apenas 180 são efetivamente draftados, o que acontece com o restante?
O restante permanece no que se chama waivers (em uma tentativa de tradução literal: o conjunto de jogadores ou unidades defensivas a quem os participantes da liga “renunciaram”), sem dúvidas o aspecto que, quanto melhor trabalhado pelo jogador de fantasy football, mais diferença faz para o sucesso do seu time ao final do campeonato.
Explico: dentro de intervalos de dias específicos, antes, mas, principalmente, depois do último jogo de determinada semana da NFL, correspondente a uma rodada completa também no fantasy, os jogadores que não estejam em elenco algum podem ser incorporados pelos diversos times.
Porém, isso somente pode ser feito desde que o time que incorpore determinado jogador abra mão de um jogador que antes fizesse parte do elenco (ou roster), o que, na “gíria do fantasy”, pode ser traduzido pelo verbo “dropar”.
Em outras palavras, é possível trazer para o seu time jogadores que estejam “livres no mercado” desde que você drope alguém do seu elenco, com isso podendo acontecer tanto antes, quanto simultaneamente à adição do novo jogador, sendo que, uma vez dropado, determinado jogador passa a fazer parte das waivers.
Ao término da rodada semanal, geralmente do instante em que o relógio do Monday Night Football atinge o zero até as primeiras horas da quarta-feira, é obedecida uma ordem de prioridade entre os times, definida pelo desempenho de vitórias e derrotas de cada um e/ou pelas últimas movimentações de adições e drops, no que se refere ao direito de incorporar os jogadores livres, permanecendo estes “congelados” e impossibilitados de serem adicionados durante o referido período.
Tal circunstância se mostra importante principalmente pelo fato de que é muito comum que alguns jogadores relevantes se lesionem ou percam espaço pelos mais diversos motivos, fazendo com que jogadores que antes não eram tão atraentes para o fantasy – e, por consequência, estavam nas waivers – instantaneamente passem a ter um valor bem alto, com a expectativa de se tornarem titulares tanto em suas equipes da NFL, quanto nas ligas de fantasy. Por isso, ficar de olho nas notícias diárias da NFL – aqui no The Playoffs, principalmente – se mostra fundamental para ter sucesso no fantasy football.
Uma outra forma de se trabalhar as waivers é por meio do chamado FAAB (free agent acquisition budget ou orçamento para aquisição de agentes livres), ou seja, ao invés de ser respeitada a ordem de prioridade explicada acima, cada equipe da liga começa a temporada com a mesma quantidade de dinheiro virtual (em regra, 100 “dólares” ou “faabs”), podendo gastá-lo em jogadores que não estiverem vinculados a algum elenco da maneira que preferirem.
Isso adiciona um novo elemento de estratégia ao jogo, cabendo ao participante definir quanto e quando gastar em determinados jogadores, isso tudo sempre tendo em mente que é preciso respeitar o número máximo de vagas no elenco, ou seja, ao adquirir um jogador via FAAB, ainda é preciso dropar alguém que já estivesse no seu roster.
(Foto: Reprodução Twitter/Washington Redskins)
TROCAS
Acompanhando a lógica de que mais de um elenco nunca possuirá o mesmo jogador na modalidade seasonal ou por temporada do fantasy football, surge outro dos principais aspectos do game: as trocas.
Depois de ter selecionado seu elenco via Draft, sentiu falta de algum jogador ou percebeu que está muito forte em determinada posição, mas carente em outra? O jogo te permite oferecer trocas de diversas maneiras a outros times, ou seja, tanto de um jogador por um jogador, quanto de mais de um jogador por apenas um, dois por três, três por quatro, dois por dois e assim por diante.
Ao longo da sua trajetória no game, pode ter certeza que surgirão as mais variadas ofertas, desde as maiores barganhas possíveis, em que você sequer hesitará em apertar o botão de aceitar, até as mais absurdas (estas, infelizmente, mais frequentes).
E não se esqueça de também formular ofertas, com a dica de que as mais efetivas são aquelas que ajudam, ao mesmo tempo, o seu time e aquele com quem você estiver negociando, suprindo carências em ambos os elencos.
Novamente apelando para a gíria do jogador de fantasy, não é – ou não será – incomum você ler ou ouvir a expressão “vem de trade” por aí. Prepare-se!
(Foto: Reprodução Twitter/Kansas City Chiefs)
PRINCIPAIS TIPOS DE LIGA
Variando as diferenciações de acordo com o formato, a longevidade, a escalação titular de cada time e/ou a pontuação de determinadas posições, motivo pelo qual não necessariamente são excludentes entre si, vamos abordar, a seguir, as mais relevantes espécies de ligas:
Redraft
É aquela em que, de uma temporada para outra, um Draft completamente novo é realizado, ou seja, todos os jogadores selecionáveis da NFL são colocados à disposição dos membros da liga, sem que seu elenco mantenha alguém que esteve no seu time no ano anterior. Consideravelmente as mais populares no mundo do fantasy.
Keeper
É aquela em que, de uma temporada para outra, cada time mantém um número pré-definido de jogadores que estiveram nos respectivos elencos no ano anterior. Em decorrência disso, os jogadores escolhidos como keepers são retirados do Draft Board. Geralmente é estabelecido um custo, atrelado ao round em que cada keeper fora selecionado, para que sejam retidos no seu elenco, ou seja, se você quiser manter determinado jogador, perderá, no draft seguinte, a escolha do round em que ele havia sido selecionado uma temporada antes.
Dynasty
Espécie de liga de fantasy mais parecida com a “NFL real”, a dynasty é aquela em que é realizado um primeiro Draft, chamado de startup, e, a partir de então, cada elenco fica perpetuamente vinculado a cada participante, cabendo a estes administrá-los da melhor maneira.
O principal diferencial é o fato de que é sempre preciso pensar no futuro, já que, ao início de cada temporada, é realizado um Rookie Draft somente com os calouros da NFL. A exemplo da liga profissional de futebol americano e diferentemente do Snake Draft que é norma nas demais espécies de liga fantasy, a sequência de escolhas, no Rookie Draft, se repete a cada um dos rounds (geralmente variando entre quatro e seis), com as posições em que os times escolhem seguindo a ordem inversa de desempenho de cada um no ano anterior.
Por isso, jogadores jovens costumam ser mais valorizados neste tipo de liga, construindo-se, com o tempo, equipes que estejam nos chamados “win now” ou “rebuild mode”, da mesma forma como se vê na NFL.
Na liga dynasty, cada elenco normalmente abriga (bem) mais que as 15 vagas padrão, podendo, inclusive, possuir o chamado taxi squad (quase equivalente ao practice squad da NFL, mas geralmente destinado apenas a calouros), além de vagas de IR (injured reserve) para quem esteja lesionado e tenha sido colocado neste mesmo tipo de lista na realidade – estas também disponíveis nos demais tipos de liga.
Talvez o principal atrativo desta modalidade é que a liga permanece ativa ao longo do ano todo, com os times se movimentando em busca de seus objetivos por meio de trocas, as quais, não raro, envolvem, inclusive, escolhas nos futuros Rookie Drafts, mais uma circunstância que a aproxima do futebol americano profissional da vida real.
Outra possibilidade que faz este tipo de liga se assemelhar ainda mais à NFL é que seja estabelecido um salary cap (o popular teto salarial) e sejam definidos salários e tempo de contrato para cada jogador.
Superflex / 2QB
É aquela em que, na escalação titular, há um espaço extra, o qual, na grande maioria das vezes, é ocupado por um QB. Melhor explicando, e já diferenciando a superflex da 2QB, nesta última o spot extra deve necessariamente ser ocupado por um QB, enquanto naquela, como o próprio nome sugere, a vaga pode ser ocupada por qualquer skill player, ou seja, QB, RB, WR ou TE, mas, via de regra, é preenchida por um signal caller, na medida em que a pontuação média (e a variedade de opções com pontuação regular para o fantasy) do QB é maior em relação às outras posições.
Visando dar mais valor e prestigiar a posição mais importante do jogo de futebol americano, estes tipos de liga vêm ganhando cada vez mais popularidade.
TE Premium
Esta modalidade, reservada às ligas PPR e half-PPR, tem o intuito de diminuir a distância, em média de pontuação e, consequentemente, em valor para o fantasy, normalmente observada entre os TEs e os WRs e RBs. Para isso, ao invés de 1 ou 0.5 ponto, cada recepção de TE tem um valor maior, em geral 1.5 ponto.
IDP
Pautada na sigla que significa individual defensive player(s), esta espécie de liga não utiliza as unidades defensivas coletivamente, mas, ao invés disso, coloca jogadores de defesa de todas as posições (defensive linemen, linebackers e defensive backs) à disposição dos participantes para serem draftados e escalados, com as estatísticas de cada um contando individualmente.
Além daquelas que contam para as unidades defensivas, as estatísticas costumam abranger também os tackles, diferenciando os assistidos dos solos, com estes últimos valendo mais.
Uma liga IDP pode ter times formados exclusivamente por defensores, com a predefinição de número mínimo de titulares para cada posição da defesa ou, como é mais comum, prever uma ou mais vagas de IDP(s) para que o participante, após tê-lo(s) draftado em conjunto com os jogadores ofensivos, escale um ou mais defensores ao mesmo tempo em que também escala os jogadores de ataque.
PRINCIPAIS PLATAFORMAS
Todas gratuitas e facilmente acessíveis via navegador de internet ou aplicativo, as principais plataformas para se jogar fantasy football são a da própria NFL (nfl.com) e as de grandes conglomerados de comunicação, como ESPN, CBS e Yahoo.
Nos últimos anos, a plataforma Sleeper, também gratuita, vem ganhando cada vez mais adesão dos fanáticos pelo fantasy, sendo, inclusive, a preferida deste que vos escreve, pois é, de longe, a que mais apresenta inovações e opções de customização, sendo bastante ativa nas redes sociais, ouvindo e entendendo os anseios de seus usuários.
(Foto: Reprodução Twitter/Around The NFL)