Ranking dos calouros da NBA 2021-2022 #5
Temporada se encaminha para a reta final e balanço da classe de 2021 demonstra um saldo positivo em comparação com outros anos
A NBA vai caminhando para a reta final da temporada e mesmo com diversas definições ainda abertas é unânime que a classe 2021 dos calouros se consolidou como uma das melhores do século.
Prova é que nada menos que cinco atletas tem médias de ao menos 15 pontos por jogo na temporada, maior índice desde que o ranking dos calouros do The Playoffs foi iniciado em 2020.
Dessa forma, mais do que posições do ranking, temos que analisar o alto potencial desses atletas e como é possível termos seis franchise players surgindo dentro da NBA.
Quer saber mais sobre essas certezas e dúvidas das equipes sobre suas jovens estrelas? Confira abaixo o top 10 dos calouros do quinto mês da temporada 2021-2022 da NBA, mais um conteúdo exclusivo do The Playoffs, que irá acompanhar o desempenho deles mensalmente.
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1- Cade Cunningham, Detroit Pistons (último ranking: 3º)
Mesmo ainda sendo impactado pelas lesões, Cunningham conseguiu atuar de forma mais regular e com isso o desempenho do armador voltou a registrar crescimento.
Cunningham viu as médias subirem para 16,9 pontos (líderes entre os calouros), 5,9 rebotes, 5,4 assistências e 40,5% nos arremessos de quadra, tendo ainda 1,2 roubo de bola e 32,3% nos chutes de três pontos.
Dentro de um núcleo jovem com Jerami Grant e Saddiq Bey, Cunningham forma um elenco promissor em Detroit e que pode com algumas aquisições na próxima offseason ser um time competitivo dentro da Conferência Leste.
2- Evan Mobley, Cleveland Cavaliers (último ranking: 1º)
Os Cavaliers tem em Collin Sexton e Darius Garland uma dupla interessante de armadores e viu em Evan Mobley a oportunidade de elevar o rendimento nas duas pontas da quadra.
A aposta tem se pagado e a prova está nas médias de 15,2 pontos, 8,3 rebotes (maior entre os calouros), 2,6 assistências, 1,7 toco (também maior entre os calouros) e 50,5% nos arremessos de quadra.
Mesmo em uma temporada sem Sexton, os Cavaliers seguem na briga para chegarem aos playoffs de forma direta muito graças a Mobley e sua dominância física mesmo na temporada de calouro.
3- Scottie Barnes, Toronto Raptors (último ranking: 4º)
Barnes tem mostrado a cada jogo como pode ir além de um role player nos Raptors, tendo inclusive quebrado seu recorde pessoal ao anotar 31 pontos contra o Los Angeles Lakers, no dia 18 de março.
O desempenho nos últimos 30 dias não foram acima da média apenas contra os Lakers, com Barnes também registrando aumento nos números em pontos (15,5), rebotes (7,7), roubos de bola (1,2) e arremessos de quadra (48,9%), com ainda 3,4 assistências e 31,1% nas bolas de três.
Com a situação de Pascal Siakam ainda indefinida em Toronto, o general manager Masai Ujiri pode ter encontrado em Barnes uma maior segurança para apostar as fichas para o futuro da franquia em caso de saída do ala-pivô.
4- Josh Giddey, Oklahoma City Thunder (último ranking: 5º)
O armador australiano segue demonstrando ser uma das melhores notícias em Oklahoma City nos últimos anos, formando uma dupla muito interessante com Shai Gilgeous-Alexander.
Prova são as médias de 12,5 pontos, 7,8 rebotes, 6,4 assistências (líder entre os calouros) e 41,9% nos arremessos de quadra que demonstram como o armador consegue ser efetivo nas duas pontas da quadra.
Diferente dos três primeiros nomes da lista, Giddey apresenta alguns ‘buracos’ em seu jogo, em especial nos arremessos do perímetro (apenas 26,3% de aproveitamento), algo fundamental para elevar a pontuação do armador em quadra.
5- Franz Wagner, Orlando Magic (último ranking: 2º)
Assim como o Detroit Pistons e o Oklahoma City Thunder, o Orlando Magic está em um processo lento de reformulação, mas encontrou em Franz Wagner um catalisador para acelerar essa reestruturação.
Franz tem apresentado médias de 15,3 pontos, 4,7 rebotes, 2,9 assistências, 46,4% nos arremessos de quadra e 36,1% nos chutes dos três pontos.
Dentro do laboratório de Jamahl Mosley, Franz precisa continuar buscando maior regularidade para não apenas manter tempo de quadra, mas principalmente para buscar maior protagonismo dentro do elenco em Orlando.
6- Jalen Green, Houston Rockets (último ranking: 6º)
Um mês afastado de lesões e Green demonstrou como é um pontuador nato e pode sim ser o franchise player dos Rockets para os próximos anos.
Os números do armador saltaram para 15,7 pontos, 2,6 assistências, 41,2% nos arremessos de quadra e 32,2% nos chutes dos três pontos, além de uma ligeira queda nos rebotes (3,2).
Os Rockets estão possivelmente no mais lento processo de reconstrução da NBA e por isso contar com um pontuador como Green é sim motivo de comemoração para franquia, além de foco para construção de um núcleo ao entorno do armador para o futuro próximo.
7- Jalen Suggs, Orlando Magic (7º)
Suggs apresentou clara irregularidade no último mês e foi o único nome do ranking que viu boa parte das médias registrarem queda nesse período.
Os números do armador chegam no fim de março em 12,1 pontos, 3,7 rebotes, 4,4 assistências, 36,1% nos arremessos de quadra e 21,6% nos chutes dos três pontos.
Obviamente essa irregularidade é natural em uma temporada, mas com um elenco jovem e em reconstrução como é o de Orlando, as movimentações na offseason podem gerar mais competição interna e é fundamental que Suggs busque evolução para manter seu posto na equipe.
8- Davion Mitchell, Sacramento Kings (último ranking: não ranqueado)
É inegável que Mitchell foi um dos principais beneficiados com a troca que levou Tyrese Haliburton e Buddy Hield para os Pacers e diminuiu a competitividade na posição.
Com isso, o armador ganhou mais minutos em quadra e viu os números crescerem para 10,5 pontos, 2,2 rebotes, 3,4 assistências, 40,9% nos arremessos de quadra e 32,2% nas bolas de três pontos.
E com os Kings cada vez mais longe da briga pelos playoffs, os minutos para Mitchell devem continuar crescendo nessa reta final, sendo hora de fincar os pés em seu papel na equipe para a próxima temporada.
9- Herbert Jones, New Orleans Pelicans (último ranking: não ranqueado)
O New Orleans Pelicans vive uma temporada de diversas mudanças, em especial pela ausência de Zion Williamson. Dentro desse cenário, Jones foi um dos atletas que melhor encontrou espaço para preencher essa ausência.
A escolha de segunda rodada dos Pelicans registra médias de 9,7 pontos, 3,9 rebotes, 2,2 assistências, 49,3% nos arremessos de quadra e 35% nos chutes de três pontos.
Os Pelicans ainda sonham com uma vaga nos playoffs da Conferência Oeste e isso só demonstra como os minutos ganhos por Jones são fruto do bom desempenho na quadra.
10- Ayo Dosunmu, Chicago Bulls (último ranking: 9º)
Quem também tem merecido cada minuto ganho em quadra é Dosunmu, um dos melhores defensores da rotação do contender Chicago Bulls dentro da Conferência Leste.
Além da utilidade defensiva, Dosunmu apresenta números de 8,5 pontos, 2,8 rebotes, 3,2 assistências, 52,1% nos arremessos de quadra e 39% nos chutes de três pontos.
Se há margem de crescimento para o desempenho ofensivo, a disposição na defesa dá confiança para o técnico Billy Donovan continuar mantendo o calouro na formação titular até mesmo durante os playoffs.
Menções honrosas aos calouros
Começamos as menções honrosas com Chris Duarte que passou o mês sem atuar devido a uma lesão no joelho esquerdo e por isso sai momentaneamente do ranking.
Já as trocas feitas pelo Portland Trail Blazers deram mais minutos em quadra para Brandon Williams e Trendon Watford, que podem ser uma adição de última hora ao ranking dos calouros.
Outros nomes ficaram próximos de entrarem na bolha do ranking como Cam Thomas (Brooklyn Nets), Bones Hyland (Denver Nuggets), Jonathan Kuminga (Golden State Warriors) e Alperen Sengun (Houston Rockets).
Foto: Reprodução/Twitter Houston Rockets