Ranking dos calouros da NBA 2021-2022 #1
Classe de 2021 já era considerada uma das melhores dos últimos anos, mas o primeiro mês coloca esses calouros entre uma das principais do século
A vida ensina que expectativas nem sempre viram realidade, mas quando as impressões iniciais se confirmam a chance de sucesso nessa empreitada são grandes. Um exemplo disso é a classe de calouros de 2021 na NBA, uma das mais laureadas nos últimos anos e que demonstrou em um mês que o futuro pode estar no presente da liga.
Nomes como Scottie Barnes e Evan Mobley estão impactando não somente em números individuais, mas também auxiliando suas equipes a conseguirem melhores resultados neste início de temporada.
Obviamente ainda é muito cedo para fazer análises definitivas (para o bem ou o mal), mas é claro como o cartão de visitas desses calouros na NBA foi entregue de maneira marcante.
Quer saber mais sobre essas certezas e dúvidas das equipes sobre suas jovens estrelas? Confira abaixo o top 10 dos calouros do primeiro mês da temporada 2021-2022 da NBA, mais um conteúdo exclusivo do The Playoffs, que irá acompanhar o desempenho deles mensalmente.
1- Scottie Barnes, Toronto Raptors (Draft: 4ª escolha)
Scottie Barnes é sem dúvida um dos principais acontecimentos do início da temporada. Considerado o principal reach do último Draft, com nomes como Jalen Suggs e Jonathan Kuminga ainda para serem escolhidos, Barnes tem demonstrado como Masai Ujiri foi certeiro na escolha.
O ala tem conseguido demonstrar grande habilidade nas infiltrações e no jogo mais próximo ao aro, tendo registrado 53,3% nos chutes de quadra na temporada.
Além disso, Barnes ainda tem sido um bom defensor em Toronto, com 8,5 rebotes e 1,1 roubo de bola, demonstrando estar pronto não apenas no ataque ao aro adversário, mas também na proteção do próprio.
2- Evan Mobley, Cleveland Cavaliers (Draft: 3ª escolha)
Mobley é fisicamente dominante e conseguiu provar que está pronto para a NBA, inclusive sendo o destaque do surpreendente Cavaliers neste início de temporada.
O ala-pivô apresenta médias de 15,3 pontos, 7,9 rebotes, 2,5 assistências, 1,3 rebote e 51,4% de aproveitamento nos arremessos de quadra, todos números que demonstram o impacto de Mobley nas duas pontas da quadra.
Além disso, tem sido muito regular nessas boas performances. Em 12 jogos realizados na temporada, em apenas um o ala-pivô registrou menos de dez pontos.
3- Chris Duarte, Indiana Pacers (Draft: 13ª escolha)
Os Pacers partiram para uma nova filosofia com a chegada de Rick Carlisle no comando técnico e para isso trouxeram Duarte no Draft como complemento à pontuação da equipe.
O dominicano foi um dos cestinhas da equipe de Oregon no último March Madness e tem conseguido excelentes 40,8% nos chutes do perímetro nesse início da temporada, com 15,2 pontos e 4,3 rebotes de média.
O principal desafio para Duarte no restante da temporada é justamente se manter com bom aproveitamento nos arremessos de quadra, evitando assim que perca de minutos dentro do competitivo time dos Pacers.
4- Jalen Green, Houston Rockets (Draft: 2ª escolha)
Green e Rockets era um casamento desenhado desde a ordem do Draft ser definida e o primeiro mês dessa relação demonstra como essa união tende a ser perfeita para todos.
Os Rockets estão em franco processo de rebuild e com isso o foco na franquia é justamente desenvolver talentos e formar uma nova cultura em Houston.
Já Green tem algumas deficiências em seu jogo e um ambiente tranquilo ajudam na rápida evolução, em especial na defesa. Mas outro aspecto que tem que melhorar no jogo do armador é justamente os arremessos, com o atleta registrando apenas 28,4% nas bolas de três. Agora imagine esse índice subindo – sendo que a média de pontuação atual está em 14,5 pontos. O céu é o limite em Houston!
5- Franz Wagner, Orlando Magic (Draft: 8ª escolha)
Com uma carreira de sucesso no College, o irmão mais novo do clã Wagner carregava diversas desconfianças sobre sua capacidade em manter essa produção na NBA.
O Magic acreditou no potencial de Franz Wagner e escolheu o alemão no Top 10 do último Draft. Após o primeiro mês, não dá para dizer que a franquia estava errada.
Wagner tem conseguido manter sua produção ofensiva tanto no garrafão quanto no perímetro, e se não é brilhante na defesa, ao menos tem mostrado potencial para melhora. Suas médias de 13,4 pontos, 3,8 rebotes, 1,5 roubo de bola e 36,2% nos arremessos do perímetro demonstram essa capacidade.
6- Cade Cunningham, Detroit Pistons (Draft: 1ª escolha)
Cunningham é um dos melhores prospectos do século na NBA, mas teve seu início de carreira na NBA prejudicado por uma lesão no tornozelo direito. Com isso perdeu cinco dos dez jogos feitos pelos Pistons nesta temporada.
Mas é visível como o armador tem conseguido entrar em melhor ritmo jogo após jogo, tendo anotado 18, 17 e 20 pontos nos seus últimos três jogos em Detroit, com médias de 12,6 pontos, 5,4 rebotes e 2,8 assistências.
Sendo assim, se Cunningham se mantiver saudável, a tendência é que o armador seja um verdadeiro foguete não apenas no ranking dos calouros, mas também durante a temporada.
7- Jalen Suggs, Orlando Magic (Draft: 5ª escolha)
Suggs teve grande carreira universitária em Gonzaga e chegou ao Magic em um núcleo jovem muito promissor, em especial tendo Cole Anthony como dupla na armação.
Assim como outros nomes da lista, Suggs tem apresentado muita dificuldade em ser consistente nos arremessos de quadra, com apenas 30,6% de aproveitamento e 20,6% nas bolas de três.
Mesmo com esse baixo aproveitamento, o armador tem registrado uma média de 11,6 pontos, demonstrando todo o potencial de crescimento que Suggs pode ter em Orlando.
8- Josh Giddey, Oklahoma City Thunder (Draft: 6ª escolha)
Considerado um dos reachs do último Draft, Giddey tem se mostrado um dos prospectos mais interessantes dessa classe de calouros. O armador ainda tem se mostrado irregular para pontuar, mas consegue ter boa participação nas duas pontas da quadra.
Giddey atualmente tem chutado para 39,4% no geral e 26,7% nas bolas de três, números ruins para um armador com foco no arremesso como ele é.
Chama a atenção as médias dele em rebotes (6,7), assistências (6,2) e roubos de bola (1,4), deixando claro como Giddey tem grande participação nesse Thunder em reconstrução.
9- Alperen Sengun, Houston Rockets (Draft: 16ª escolha)
Sengun era um dos prospectos mais interessantes do último Draft, mas existiam diversas dúvidas sobre a capacidade do pivô em utilizar seu jogo ofensivo dentro da NBA.
Mas o turco tem conseguido demonstrar que tecnicamente é refinado, principalmente na capacidade de auxiliar na movimentação da bola no ataque, com excelente capacidade no passe.
O pivô apresenta médias de 9,1 pontos, 4,4 rebotes, 2,4 assistências, 1,7 roubo de bola e 41,7% nos chutes de três pontos em 19,3 minutos por jogo. Esses números demonstram que Sengun pode sim ser um competidor à altura de Daniel Theis pela titularidade no garrafão dos Rockets durante a temporada.
10- Davion Mitchell, Sacramento Kings (Draft: 9ª escolha)
Os Kings seguem acumulando talento na posição de armador no Draft e trouxeram Davion Mitchell na última seleção. Como esperado, o calouro tem ocupado um espaço semelhante ao que Tyrese Haliburton teve na última temporada.
Dessa forma, Mitchell tem uma média de 27,3 minutos em quadra, mesmo sem ter iniciado uma partida como titular pelos Kings. Mesmo assim, o armador tem encontrado seu espaço no elenco e tem mostrado ser uma boa opção no banco da equipe.
Mitchell apresenta médias de 10,2 pontos, 3,8 assistências e 2,7 rebotes, todos interessantes para um atleta vindo do banco. Mas um ponto de atenção ao armador é o baixo aproveitamento nos chutes de três pontos (28,3%), algo que precisa ser melhorado pelo calouro nesse início de carreira na NBA.
Menções honrosas aos calouros
Bones Hyland é o calouro que mais ficou perto de entrar no Top-10 desse mês. Com a lesão de Jamal Murray, Hyland tem ganho espaço na segunda rotação do Denver Nuggets e tem demonstrado bom potencial com 7,3 pontos, duas assistências e uma roubada de bola por jogo.
Jeremiah Robinson-Earl (Oklahoma City Thunder), Herbert Jones (New Orleans Pelicans), Ziaire Williams (Memphis Grizzlies), Dalano Balton (Toronto Raptors) e Ayo Dosunmu (Chicago Bulls) são calouros que demonstraram bom potencial e caso ganhem mais minutos, podem ser presenças nas próximas edições.
Outros nomes como Jonathan Kuminga (Golden State Warriors), James Bouknight (Charlotte Hornets), Joshua Primo (San Antonio Spurs), Moses Moody (Golden State Warriors) e Corey Kispert (Washington Wizards) foram escolhidos dentro do Top 15 do último Draft. Seja por lesões ou falta de minutos, ainda não conseguiram demonstrar consistência dentro das quadras, mas podem ser fatores interessantes nessa classe até o fim da temporada.
Foto: Ethan Miller/Getty Images