Ranking dos calouros da NBA 2021-2022 #2
Segundo mês apresentou algumas oscilações, mas também a afirmação de Cade Cunningham após lesões no início da temporada
Após um primeiro cartão de visitas promissor da classe 2021 de calouros da NBA, o segundo mês veio implacável como a gravidade para colocar alguns fatores importantes em evidência.
Chris Duarte teve um início promissor em Indiana, mas a irregularidade natural a um calouro fez com que o armador sentisse o gosto do banco em algumas oportunidades.
Do outro lado da moeda, o primeiro mês sem lesões demonstrou como Cade Cunningham é o presente e futuro do basquete em Detroit, sendo inclusive um candidato a se observar para participações no All-Star Game.
Quer saber mais sobre essas certezas e dúvidas das equipes sobre suas jovens estrelas? Confira abaixo o top 10 dos calouros do segundo mês da temporada 2021-2022 da NBA, mais um conteúdo exclusivo do The Playoffs, que irá acompanhar o desempenho deles mensalmente.
1- Cade Cunningham, Detroit Pistons (último ranking: 6º)
Um dos melhores prospectos da história da NBA demonstrou no primeiro mês saudável dentro da liga o impacto que pode causar. Desde o dia 12 de novembro, o ala-armador atuou em 15 jogos e não anotou ao menos dez pontos em apenas dois.
Com isso as médias de Cunningham saltaram para 15,8 pontos, 6,2 rebotes, 4,6 assistências e 1,4 roubo de bola, com 38,2% de aproveitamento nos chutes de quadra e 32,2% nos arremessos do perímetro.
Visivelmente o jovem astro não apresenta mais nenhuma limitação física e dentro do ‘Laboratório de Dwane Casey’ em Detroit, o foco é o desenvolvimento de talentos, deixando assim um ambiente ideal para que atletas como Cunningham sigam sua escalada de evolução.
2- Scottie Barnes, Toronto Raptors (último ranking: 1º)
Scottie Barnes segue demonstrando como a aposta de Masai Ujiri foi certeira. Mesmo em um Toronto Raptors dentro de uma indefinição de futuro, o calouro tem conseguido ser uma das bases da franquia na temporada.
O ala apresenta média de 15,1 pontos, 8,3 rebotes, 3,3 assistências e 1,2 roubo de bola, com 48,9% de aproveitamento nos chutes de quadra e 34% nos arremessos do perímetro.
Como mencionado, os Raptors ainda não se colocaram realmente em uma temporada de reconstrução, mas a certeza de uma peça como Barnes deixa a tarefa para Ujiri mais facilitada.
3- Evan Mobley, Cleveland Cavaliers (último ranking: 3º)
Evan Mobley foi mais um calouro a sofrer com lesões neste início de temporada, perdendo diversos jogos no último mês devido a uma lesão no ombro.
Mesmo assim, o pivô segue com números interessantes dentro da temporada: 14 pontos, 8,5 rebotes, 2,5 assistências e 1,9 toco por jogo, demonstrando a utilidade de Mobley nas duas pontas da quadra.
Ainda mais importante que esses números é a regularidade e a dinâmica entre Mobley e Jarrett Allen no garrafão do Cleveland Cavaliers, formando assim uma das melhores duplas jovens de pivôs da liga.
4- Franz Wagner, Orlando Magic (último ranking: 5º)
O “Clã Wagner” segue bem representado em Orlando e é principalmente ao lado mais jovem da família. Franz tem deixado boa impressão no técnico Jamahl Mosley e nos torcedores do Magic.
Na temporada, Franz apresenta médias de 14,3 pontos, 2,8 assistências, 2,8 assistências e 1,1 roubo de bola, com aproveitamento de 45,3% de aproveitamento nos chutes de quadra e 39% nas bolas de três pontos.
Assim como em Detroit, o Magic claramente está em um processo de reconstrução e por isso o ambiente para o desenvolvimento de jovens talentos como Franz é o melhor possível.
5- Jalen Green, Houston Rockets (último ranking: 4º)
Assim como Cunningham e Mobley, Green também foi afetado pelas lesões e até este momento está afastado dos jogos do Houston Rockets devido a uma lesão no posterior da coxa.
Por isso, os números de Green apresentaram uma estagnação no último mês e ficaram em 14 pontos, 3,1 rebotes e 2,3 assistências, com 38,2% nos arremessos de quadra e 27,8% nas bolas de três.
Esse último índice é um dos maiores gargalos no jogo do ala-armador até o momento (lembrando de certa forma o início de Anthony Edwards na NBA). Com Green elevando essa média perto dos 35%, a tendência é que a pontuação possa ir para um patamar próximo de Cunningham.
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6- Chris Duarte, Indiana Pacers (último ranking: 3º)
Os primeiros meses de Chris Duarte têm sido marcados por altos e baixos, com o ala-armador chegando a virar banco do Indiana Pacers nesse período.
Dessa forma, as médias do ala-armador apresentam queda e agora aparecem com 13,3 pontos, quatro rebotes, 2,1 assistências e 1,1 roubo de bola, com 42,6% nos chutes de quadra e 34,3% na bola de três – esse último índice apresentava 40,8% de eficiência no primeiro mês.
Com um Pacers em um possível processo de reformulação, a tendência é que Duarte possa acumular mais minutos com o decorrer da temporada e voltar a registrar um desempenho mais efetivo dentro de quadra.
7- Jalen Suggs, Orlando Magic (último ranking: 7º)
A bruxa das lesões nos calouros aparece novamente. Jalen Suggs vinha em uma crescente na temporada, mas uma lesão no dedão da mão direita o deixou de molho. A cirurgia foi a princípio descartada e o armador será reavaliado em até duas semanas.
As médias de Suggs apresentaram crescimento na comparação entre os primeiros meses e atualmente são de 12,3 pontos, 3,6 assistências, 3,4 rebotes e 1,1 roubo de bola, com 33,9% de aproveitamento nos chutes de quadra e 25,5% nas bolas de três.
E foi justamente a melhora nos arremessos de quadra a grande evolução de Suggs antes da lesão, demonstrando que o teto do jogador ainda tem boa mostra de crescimento.
8- Josh Giddey, Oklahoma City Thunder (último ranking: 8º)
O Oklahoma City Thunder talvez esteja no mais estranho processo de rebuild dentro da NBA, mas é inegável que fez uma boa aposta em Josh Giddey no último Draft.
Mais um talento vindo do basquete australiano, Giddey apresenta médias de 10,4 pontos, 6,7 rebotes, 5,8 assistências e um roubo de bola, com aproveitamento de 39,4% nos chutes de quadra e 24,7% nas bolas de três.
Como mencionado, o Thunder não tem conseguido trabalhar bem na reconstrução da equipe e por isso o ambiente não é o melhor para evoluir Giddey, por isso, não seria surpresa maiores oscilações do calouro no restante da temporada.
9- Alperen Sengun, Houston Rockets (último ranking: 9º)
Trocado na noite do Draft pelo Oklahoma City Thunder (em uma decisão no mínimo contraditória), Alperen Sengun tem demonstrado em Houston como pode contribuir na NBA.
O pivô apresenta um estilo de jogo moderno, tanto na capacidade de trabalhar fora da área pintada quanto na movimentação rápida da bola de fora para dentro do garrafão.
Sengun começou apenas dois jogos como titular nesta temporada e apresenta médias de nove pontos, 4,5 rebotes, 2,6 assistências e 1,1 roubo de bola, com aproveitamento de 50,7% nos chutes de quadra. Tudo isso com apenas 17,9 minutos em quadra por partida, demonstrando bom potencial de crescimento ao decorrer do ano.
10- Davion Mitchell, Sacramento Kings (último ranking: 10º)
Por falar em opções interessantes vindas do banco, Davion Mitchell tem demonstrado ser mais um armador de talento encontrado pelo Sacramento Kings no Draft.
Mesmo reserva, Mitchell tem atuado em médias 25,5 minutos por jogo e apresentado médias de 9,6 pontos, 3,5 assistências e 2,5 rebotes, com 39,2% de aproveitamento nos chutes de quadra e 29,9% nas bolas de três.
A grande dificuldade de Mitchell é justamente as diversas opções de qualidade nas posições 1 e 2 no elenco dos Kings, como De’Aaron Fox, Tyrese Haliburton e Buddy Hield. Por isso, é natural que o atleta tenha dificuldades em elevar sua minutagem de jogo nesta temporada de calouro.
Menções honrosas aos calouros
Quatro calouros aproveitaram bem espaços dentro de suas equipes para ganhar minutagem e por pouco não entraram no ranking deste mês: Jeremiah Robinson-Earl (Oklahoma City Thunder), Bones Hyland e Zeke Nnaji (Denver Nuggets), Ayo Dosunmu (Chicago Bulls) e Brandon Boston Jr. (Los Angeles Clippers).
Já nomes laureados no último Draft como Ziaire Williams (Memphis Grizzlies), James Bouknight (Charlotte Hornets), Corey Kispert (Washington Wizards), Joshua Primo (San Antonio Spurs), além de Jonathan Kuming e Moses Moody (Golden State Warriors) ainda buscam mais espaço dentro dos respectivos elencos para mostrarem seu talento dentro da temporada.
Foto: Reprodução/Twitter NBA