Super Bowl LVI: 5 motivos para acreditar no título do Cincinnati Bengals
De quarta força da divisão para o melhor time da conferência, Burrow e companhia chegam em LA para buscar o 1º anel da franquia
Se você veio do passado, especificamente de qualquer data antes de setembro de 2021, e não está entendendo o título desta matéria, nós podemos explicar. O Cincinnati Bengals chegou ao Super Bowl LVI e ele tem cinco bons motivos para derrotar o Los Angeles Rams no próximo domingo (13), no SoFi Stadium.
Para se classificar para a grande final depois de 33 anos, os Bengals venceram a AFC North derrotando duas vezes o Baltimore Ravens e o Pittsburgh Steelers. Se já não era mais o saco de pancadas da divisão, Cincinnati mostrou que era candidato ao título ao acabar com a maldição dos playoffs e vencer o Las Vegas Raiders com uma interceptação nos segundos finais da partida.
Longe do Paul Brown Stadium, Joe Burrow e companhia foram até Tennessee para derrotar os Titans com um chute no estouro do relógio. Mas o grande ato ainda estava por vir e o endereço era o Geha Field at Arrowhead Stadium, em Kansas City.
Após sair atrás com um 21 a 3 no placar, a magia da temporada cinematográfica dos azarões começou a tomar forma com um touchdown de 41 jardas de um ator coadjuvante, o running back Samaje Perine. Com 11 pontos de vantagem, cinco segundos no relógio e uma jarda de distância para conquistar o touchdown, o Kansas City Chiefs decidiu arriscar mais um passe… só que o jogo virou.
A tentativa final dos Chiefs no primeiro tempo não deu certo, os Bengals fizeram 21 pontos no segundo tempo e a partida foi para a prorrogação. A final de conferência da AFC termina com o quarterback Patrick Mahomes interceptado e Burrow liderando o time para o field goal da vitória.
Se você pensa que os Bengals são azarões na grande final, não esqueça que eles viveram este personagem a temporada inteira. O The Playoffs apresenta para vocês cinco motivos para confiar na vitória dos Bengals no Super Bowl.
Foto: Reprodução Twitter/Around the NFL
COM A QUINTA ESCOLHA GERAL, O CINCINNATI BENGALS SELECIONA…
Ja’marr Chase ou Penei Sewell? Esta era a pergunta na cabeça de todos os fãs dos Bengals e, provavelmente, na cabeça do head coach Zac Taylor e de todo coaching staff. Na noite de 29 de abril de 2021, Cincinnati resolver trazer um wide receiver no lugar de um jogador de linha ofensiva para proteger Burrow, que havia sofrido um lesão no joelho durante um sack em 2020.
Bom, o franchise quarterback chega em fevereiro saudável e agora conta com um alvo que bateu o recorde da NFL de jardas para um calouro na temporada regular, na pós-temporada e, de quebra, tem o maior número de jardas da história da franquia entre todos os recebedores em uma única temporada. Se os Rams derem qualquer vacilo, Burrow vai encontrar Chase em algum lugar do campo.
Foto: Reprodução Twitter/ Cincinnati Bengals
JOE BRR 🥶
Após uma temporada interrompida por uma lesão no joelho na semana 10 de 2020, contra o então Washington Football Team, Burrow sequer tinha certeza se estaria pronto para jogar na semana 1 da temporada de 2021. Setembro chegou e com ele veio o momento que todos os torcedores esperavam: os Bengals têm um franchise quarterback.
Se no começo da temporada Burrow foi inconsistente e não cuidou bem da bola durante algumas partidas, após a bye week o ex-jogador de LSU e Ohio State mostrou por que foi selecionado como a primeira escolha geral do Draft. Derrubando tabus e maldições da franquia, o quarterback chega ao Super Bowl vivendo a melhor fase da carreira profissional recém-iniciada.
Tido como frio pela imprensa norte-americana, Burrow chega ao calor do inverno californiano pronto para conquistar o primeiro anel dos Bengals. Com um dos melhores corpos de recebedores da NFL, armas para Joe “Brr” brilhar não faltam.
PLAYERMAKERS POR TODAS AS PARTES
Já falamos de Burrow e Chase, mas o ataque dos Bengals ainda possui peças valiosíssimas, como os recebedores Tee Higgins e Tyler Boyd, o running Joe Mixon e o carismático tight end C.J. Uzomah — envolvido cada vez mais no plano de jogo durante a temporada.
Um setor mais silencioso dos Bengals, mas que sempre bota o ataque em posição de lutar pelas vitórias, é a defesa. Desde Trey Hendrickson e Sam Hubbard, passando por Logan Wilson, e terminando na secundária com Chidobe Awuzie e Jessie Bates III, a unidade foi responsável por forçar turnovers nos momentos finais dos três jogos de playoff.
Foto: Reprodução Twitter/Cincinnati Bengals
ENCONTRAR MANEIRAS DE VENCER
Quantas vezes um time com o QB sofrendo nove sacks vence um jogo? Quantas vezes os Chiefs abriram 18 pontos de vantagem em casa e perderam a partida? Quantas vezes essas duas situações aconteceram a favor do mesmo time em uma mesma pós-temporada?
Pois é, os Bengals de 2021-22 conseguiram superar todas estas adversidades nos playoffs. E por mais que tenham vivido momentos de agonia nos confrontos contra os Titans e os Chiefs, a franquia de Cincinnati encontrou maneiras de vencer e maximizar as qualidades do time. Nunca dê essa equipe por vencida.
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CINCINNATI ESTÁ PRONTA
Se por muitas décadas os Bengals voaram abaixo do radar, a franquia e a cidade de Cincinnati estão prontas para dar este passo adiante. Desde os cidadãos do pequeno município de Ohio até o front office, a energia e o clima clássico do time do “quase” não é mais sentida pelas pessoas envolvidas no dia a dia da equipe.
Zac Taylor chegou com a missão de não só treinar o time, mas mudar uma cultura de vestiário desgastada pelos 16 anos de Marvin Lewis no comando dos Bengals. Elogiado pelos jogadores em todas as entrevistas, talvez o maior trunfo do jovem treinador seja conectar a cidade ao time em toda oportunidade possível, inclusive dedicando bolas do jogo aos moradores de Cincinnati.
Os grandes talentos em campo, aliados a um bom coaching staff e uma nova visão de franquia implementada pela família Brown, trazem ventos novos à franquia. Este time está pronto para reinar na NFL nos próximos anos e o Super Bowl LVI é o primeiro passo.
Foto: Reprodução Twitter/Cincinnati Bengals