O Congresso dos Estados Unidos decidiu agir com relação à investigação conduzida pela NFL sobre as condições de trabalho no Washington Commanders. Nesta sexta-feira (4), o Comitê de Supervisão e Reformas pediu que a liga divulgue os resultados do trabalho.

A NFL, por meio de um comunicado do porta-voz Brian McCarthy, se pronunciou a respeito do pedido do legislativo e alegou que ainda não pode divulgar alguns documentos por questões legais. Em resposta, o Congresso dos EUA afirmou que pode utilizar “métodos alternativos” para ter o pedido atendido.

“Nós recebemos a carta do Comitê, a revisaremos e responderemos. Continuaremos a cooperar, assim como fizemos durante a investigação. Até aqui, compartilhamos 80 mil páginas de documentos e tornamos muitas outras disponíveis para a avaliação do Comitê, além de respondermos a questionamentos de forma escrita e em discussões”.

“No entanto, o Comitê solicitou muitos documentos que são claramente protegidos pelo sigilo profissional entre advogado e cliente, ou são produtos do trabalho de advogados. A liga, e não o time, determinará quais informações está em posição para divulgar”.

De acordo com um dos documentos obtidos e divulgados pelo Congresso norte-americano, a NFL e a franquia Washington Commanders teriam inicialmente concordado em conduzir uma estratégia legal unificada durante a investigação. Com isso, informações a respeito da investigação só poderiam ser divulgadas a partir do consenso entre as duas partes envolvidas.

Ainda de acordo com os documentos, a liga se retirou do acordo ainda em outubro de 2021, o que teria criado o atual imbróglio legal que impede a divulgação de mais detalhes.

O advogado de Snyder, Jordan Siev, publicou um comunicado afirmando que o cliente não impediu a divulgação de documentos não protegidos.

“Com relação à carta do Comitê à NFL, nem o senhor Snyder e nem o time tomaram qualquer atitude para impedir o Comitê de receber documentos que não são protegidos pelo sigilo profissional entre advogado e cliente, ou que não são produtos do trabalho do advogado”.

Em agosto de 2020, a NFL assumiu uma investigação particular iniciada pela própria franquia de Washington a respeito de práticas ocorridas dentro do time. As acusações incluíam abuso sexual, conduta inapropriada e outras atitudes que contribuíram para a criação de um ambiente considerado extremamente tóxico.

A investigação chegou ao fim em julho de 2021, sob o comando da advogada Beth Wilkinson. De forma controversa, o comissário Roger Goodell pediu apenas uma apresentação oral, sem um relatório escrito para divulgar os resultados.

(Foto: Robin Alam/Icon Sportswire via Getty Images)