Robert Sarver espera vender o Phoenix Suns por US$ 3 bilhões ou mais
Caso o acordo seja concretizado, será a segunda maior venda de propriedade de uma equipe na história da liga
Espera-se que o Phoenix Suns seja vendido por cerca de US$ 3 bilhões ou mais, depois que o atual proprietário da equipe, Robert Sarver, foi multado em US$ 10 milhões e banido da NBA por um ano após alegações de insultos raciais e sexistas, além de intimidação a funcionários.
A avaliação da franquia, divulgada pela ESPN na quarta-feira (28), seria a segunda maior venda de propriedade da equipe na história do esporte. No momento, a venda de US$ 4,65 bilhões do Denver Broncos, da NFL, em junho para a família Walton-Penner é o recorde norte-americano, superando a marca de US$ 2,4 bilhões estabelecida por Steve Cohen em 2020, quando comprou o New York Mets, da MLB.
Sarver, de 60 anos, anunciou sua decisão de vender a equipe e o Phoenix Mercury, da WNBA, nesta semana, depois que vários patrocinadores, incluindo Verizon Wireless e PayPal, pretendiam cortar acordos de patrocínio com ambas as franquias. Ele, inicialmente, comprou a equipe em 2004 por US$ 400 milhões.
Em sua declaração anunciando o processo de vendas pendente, Sarver culpou um clima cultural “implacável”.
“Como homem de fé, acredito na expiação e no caminho para o perdão”, disse Sarver, no comunicado. “Eu esperava que a suspensão de um ano do comissário me desse tempo para me concentrar, fazer as pazes e remover minha controvérsia pessoal das equipes que eu e tantos fãs amamos.
“Mas em nosso clima implacável atual, tornou-se dolorosamente claro que isso não é possível – que qualquer bem que eu tenha feito, ou ainda possa fazer, é superado por coisas que eu disse no passado.”
No total, os Suns têm 30 patrocinadores com um ano de contrato até o fim da nova temporada. Ao juntar todos, eles geraram US$ 11 milhões de lucro para a franquia do Arizona na última temporada.
O PayPal é o principal patrocinador lucrativo, já que a empresa de pagamentos on-line faturou US$ 3 milhões em Phoenix na última temporada, mas seu CEO, Dan Schulman, divulgou um comunicado dizendo que a empresa não tentaria renovar sua parceria com os Suns se Robert Sarver permanecer envolvido com a organização, depois de cumprir sua suspensão.’
O clamor público foi imediato, com um acordo quase que unânime que a NBA não impôs uma punição substancial o suficiente. LeBron James, Draymond Green e Chris Paul estavam entre as vozes proeminentes da NBA para criticar o tratamento de Sarver pela liga.
A ESPN disse que Adam Silver em particular sentiu que pode ter lidado mal com a situação em meio à onda de reação contra o então dono da franquia.
Também foi informado que Silver estava se comunicando com Sarver sobre a ideia de vender a equipe era do interesse do empresário e a liga.
Ele, atualmente, possui 35% dos Suns (a maior participação), mas os relatórios dizem que seu papel como sócio-gerente permite que ele venda toda a equipe (os proprietários minoritários precisam cumprir, embora também obtenham um lucro saudável). Sarver também decide para quem vender o time, não a NBA ou outros proprietários.
Os primeiros rumores de compradores incluíram Larry Ellison (fundador da Oracle), Bob Iger (ex-CEO da Disney), Laurene Powell Jobs (viúva do cofundador da Apple Steve Jobs, ela tem uma participação de 20% na Washington Wizards) e outros. Ainda não houve relatos de negociações, e Sarver não precisa estar em um cronograma apressado.
No final, Robert Sarver sairá do acordo com o bolso cheio, apesar da enorme polêmica. É uma certeza virtual que ele ganhará mais de US$ 2 bilhões em relação ao valor que ele adquiriu a franquia por US$ 400 milhões.
Foto: Reprodução Twitter/Phoenix Suns