Derek Jeter lidera candidatos à classe de 2020 do Hall da Fama
Derek Jeter é o principal nome da eleição para o Hall da Fama do Beisebol
Com Derek Jeter puxando a fila, a Baseball Writers’ Association of America, associação que reúne os jornalistas que fazem (ou fizeram) a cobertura da Major League Baseball nos Estados Unidos, anunciou nesta segunda-feira (18) a lista de candidatos a uma vaga no Hall da Fama do Beisebol de 2020, que fica em Cooperstown, Nova York. No total, as cédulas enviadas aos jornalistas aptos a votar contam com 32 nomes, dos quais 18 aparecem pela primeira vez como candidatos ao local que reconhece os melhores da história do esporte.
Com 20 novos integrantes eleitos nos últimos seis anos, a eleição de 2019/2020, que terá os resultados divulgados em janeiro, conta com uma quantidade menor de ‘nomes certos’, o que pode ajudar atletas como Barry Bonds, Curt Schilling e Roger Clemens, que lentamente ganham votos mas, por conta de polêmicas envolvendo uso de doping (Bonds e Clemens), posicionamento político e questionamento sobre a força de seus números (Schilling), ainda não chegaram aos 75% de votos necessários para a eleição nos últimos anos.
O único entre os 18 novatos que parece garantido em Cooperstown já no primeiro ano de elegibilidade é Jeter, um dos maiores ídolos da história do New York Yankees e peça central do forte time que levou cinco World Series entre 1996 e 2009. O atual CEO do Miami Marlins atuou por 20 anos com a camisa dos Bronx Bombers, somando 260 home runs, 1.311 corridas impulsionadas, 1.923 anotadas e 31% de aproveitamento. Além das cinco World Series, o ex-shortstop apresenta em seu currículo 14 escolhas para o All-Star Game, cinco Gold Gloves de melhor defensor da posição, nove Silver Sluggers como melhor shortstop da AL rebatendo e o prêmio de Rookie of the Year de 1996.
Além do ex-shortstop, apontado por alguns como candidato a repetir o feito de Mariano Rivera, o único até hoje eleito com 100% dos votos, integram a lista pela primeira vez os seguintes jogadores: Cliff Lee, Josh Beckett, Alfonso Soriano, Jose Valverde, Bobby Abreu, Heath Bell, Raul Ibañez, Adam Dunn, Chone Figgins, Rafael Furcal, Brad Penny, Carlos Peña, Paul Konerko, Brian Roberts, J.J. Putz, Eric Chavez e Jason Giambi. Destes, o que acumulou maior WAR (métrica que indica a diferença em relação a um jogador mediano na liga) na carreira foi Bobby Abreu, com 60.0, suficiente para dar a ele a 189ª posição no ranking histórico (Jeter é o 88º, com 72.4). Outros que podem amealhar bom número de votos são Giambi e Soriano.
Permanecem na cédula os já citados Bonds, Clemens e Schilling, além de Jeff Kent, Todd Helton, Andy Pettite, Andruw Jones, Billy Wagner, Omar Vizquel, Scott Rolen, Gary Sheffield, Manny Ramirez, Sammy Sosa e Larry Walker, que está em seu 10º e último ano de elegibilidade. Os ‘veteranos’ com maior percentual de votos na última eleição foram exatamente os três citados na abertura do parágrafo, na ordem contrária: Schilling aparece em 60,9% das cédulas, Clemens foi citado por 59,5% dos eleitores e Bonds constou em 59,1% dos votos.
A última eleição colocou em Cooperstown Rivera, o primeiro unânime, os também arremessadores Roy Halladay e Mike Mussina e Edgar Martinez, que também estava em seu último ano de elegibilidade (Harold Baines e Lee Smith foram eleitos em outra votação, feita por um comitê de especialistas). Para ser eleito, o jogador precisa estar em 75% das cédulas, e a expectativa é de que mais de 420 jornalistas votem, com os resultados anunciados em 21 de janeiro. Quem receber menos de 5% dos votos é eliminado da cédula para o ano seguinte.
Crédito das imagens: Reprodução Twitter/MLB e Wikimedia Commons/Keith Allison