Os melhores prospectos da classe de 2020 do Draft da NFL
Ao contrário desse ano, safra da próxima temporada promete ser bem mais ofensiva; confira os melhores nomes
Dando fim ao período de Draft, antes de engrenarmos nos treinos de offseason, encontramos torcedores em diferentes situações: alguns que ainda comemoram verdadeiros steals, aquela pick que milagrosamente caiu no colo da franquia; outros que torceram o nariz para algumas decisões; e ainda tem quem está incrédulo com as escolhas até agora. Vale lembrar que avaliamos a safra de jogadores de todos os times aqui.
Agora, torcedores e analistas já projetam o fracasso de algumas equipe e começam a montar mocks para a próxima edição da seleção dos jogadores universitários mais famosa do país. Pensando nisso, apresentamos uma lista (um tanto quanto precoce, é verdade) com os melhores atletas da classe do Draft da NFL do ano que vem. Vamos lá?
Menções honrosas: RB Jonathan Taylor (Wisconsin), DT Derrick Brown (Auburn), WR Laviska Shenault (Colorado), CB C.J. Henderson (Florida)
1. Tua Tagovailoa, quarterback, Alabama
Talvez o segundo atleta mais “hypado” no futebol americano universitário atualmente, atrás apenas de Trevor Lawrence, quarterback da atual campeã Clemson Tigers e ainda indisponível para este Draft por questões de inelegibilidade. Tua Tagovailoa é um fenômeno. Seus 46 touchdowns e 3.966 jardas aéreas em 2018 não só o creditaram como o recordista em Alabama nesses dois quesitos como também o fizeram ser avaliado como o melhor da classe na posição mais importante do jogo. Ficou com o segundo lugar do Heisman Trophy, prêmio dado ao melhor jogador universitário do país, perdendo justamente para Kyler Murray, nº1 do Draft de 2019.
Porém, além da baixa estatura, uma das suas maiores red flags é a mão preferida. Sim, à primeira vista isso pode não parecer um empecilho gigante, mas ter um quarterback canhoto (como é o caso de Tagovailoa) significa que você terá que adaptar todo o seu playbook em função de um jogador, sendo que seus reservas certamente são destros: a porcentagem de QBs que lançavam com a mão esquerda nunca ultrapassou o 1% nos últimos dez anos. Esse é um dos motivos pelo qual você consegue contar nos dedos os signal callers canhotos que fizeram história na liga: Ken Stabler, Boomer Esiason, Steve Young, Mark Brunell, Michael Vick…
2. Jerry Jeudy, wide receiver, Alabama
Calvin Ridley, Amari Cooper, Julio Jones. Não faltam exemplos recentes de sucesso de wide receivers vindos de Alabama. E o jogador a seguir tem tudo para entrar nesse seleto grupo. Isso mesmo, dois jogadores da Crimson Tide figuram no topo da lista dos melhores prospectos do país.
Jeudy é a combinação perfeita entre tamanho, força e velocidade. Com altura e peso parecidos com Ridley (1,85m e 87kg), ele é uma verdadeira deep threat e pode figurar no meio do campo por ter excelentes mãos. Em 2018, o camisa 4 conquistou o Biletnikoff Award, prêmio dado ao melhor recebedor do país, anotando 68 recepções, 1.315 jardas e 14 touchdowns, o que resultou numa incrível média de 19 jardas por recepção. Certamente será o melhor jogador de uma classe de WRs que promete no ano que vem
3. Andrew Thomas, offensive tackle, Georgia
Talvez uma das escolhas mais seguras no próximo Draft, o time que selecionar Andrew Thomas como seu futuro protetor na linha ofensiva terá todos os atributos que desejar num jogador da posição. Thomas tem tamanho (1,96m e 145kg), muita capacidade atlética e envergadura. Começou sua carreira universitária como right tackle, onde atuou durante toda sua temporada de calouro. Com a saída de Isaiah Wynn para a NFL, passou a proteger o blind side de Jake Fromm (*SPOILER ALERT*: nome que também está nessa lista) e continuou a ter performances memoráveis. Ajudou Georgia a produzir um jogo corrido formidável e uma linha que figurou entre as 15 melhores unidades do país em sacks cedidos.
4. Chase Young, defensive end, Ohio State
Quando Nick Bosa se lesionou na semana 3 e resolveu que não iria voltar a jogar mais por Ohio State em 2019, os fãs dos Buckeyes logo se preocuparam. Mas aí uma estrela surgiu. Chase Young aproveitou-se da ausência do colega para despontar como grande promessa da equipe.
Agora, Young emerge como um dos principais jogadores de defesa do país. Na temporada passada, foram 9,5 sacks e 14,5 tackles para perdas de jardas em 14 partidas disputadas. Só na final da Conferência Big Ten foram 3 sacks, 3 TFLs e um fumble forçado. Demonstrando muita explosão e bom tamanho para a posição, Chase Young será uma das escolhas com maior potencial neste Draft se manter a boa performance – algo que provavelmente deve acontecer.
5. Justin Herbert, quarterback, Oregon
Uma das histórias mais curiosas da temporada, Justin Herbert era projetado para ser o primeiro quarterback escolhido no Draft de 2019. Ao invés disso, Herbert decidiu voltar para seu último ano em Oregon por diversos motivos: o ingresso de seu irmão mais novo no time, suas aulas de biologia (um dos cursos mais renomados no país) e, claro, melhorar seu jogo.
Com muita mobilidade e atleticismo e dono de excelente braço e porte físico (1,98m e 106kg), Herbert é aquele prospecto para você não botar defeito. Em 2018, foram mais de 3.100 jardas aéreas, com 29 touchdowns e 8 interceptações. Precisa corrigir alguns problemas de tomada de decisões e leitura da defesa, mas sem sombra de dúvidas estará novamente cotado para o top 10.
6. A.J. Epenesa, defensive end, Iowa
Recruta cinco estrelas vindo do high school, A.J. Epenesa é um dos atletas mais físicos e versáteis dessa classe. A ausência do seu agora ex-companheiro Anthony Nelson, que foi parar no Tampa Bay Buccaneers, abrirá espaço para o DE desenvolver seu jogo e poder alinhar em qualquer lugar da linha defensiva – ele tem talento para isso.
Já em seu ano de calouro no college o atleta mostrava potencial, tanto que chegou ao All-Freshman Team da Conferência Big Ten, uma das mais importantes do país. No ano seguinte, Epenesa começou a evidenciar sua dominância nas trincheiras. Foram 10.5 sacks e 16.5 tackles solo para perdas de jardas, respectivamente líder e vice-líder dessas estatísticas na conferência, além de quatro fumbles forçados.
7. Jake Fromm, quarterback, Georgia
Talvez você já deve ter ouvido aquela expressão: “o futebol (americano) é uma caixinha de surpresas”. Em 2017, um quarterback novato foi colocado às pressas como titular de Georgia já no primeiro jogo da temporada para substituir um lesionado Jacob Eason – que depois acabou se transferindo para a universidade de Washington. O que ninguém esperava é que os Bulldogs chegassem à decisão nacional contra Alabama com tanta inexperiência numa posição tão fundamental. Hoje, Jake Fromm é o dono desse time e está mais amadurecido do que nunca.
Terceiro e último quarterback da lista, Fromm melhorou seus números se comparados ao ano de calouro. Foram 2.761 jardas aéreas, com 30 touchdowns e 6 interceptações. Não espere nada extraordinário desse jogador, mas ele pode se encaixar perfeitamente em um sistema ofensivo bem montado, como foi o caso de Jared Goff e Mitch Trubisky. Sua maior red flag no momento? O jogo contra LSU na Semana 7 da temporada 2018-19.
8. Grant Delpit, safety, LSU
Único jogador de secundária a figurar nesse top 10, Delpit é uma máquina de tackles. Se teu time procura um safety hard hitter, o famoso “porradeiro”, tens a solução. Vendo os tapes das partidas, de cara você já identifica sua maior virtude: Delpit é um jogador extremamente instintivo, usando seu alto potencial atlético para flutuar pelas zonas do campo. Com 74 tackles (9,5 para perda de jardas), nove passes desviados, cinco sacks e cinco interceptações em 2018, o camisa 7 foi um dos nove jogadores na história de LSU a receber nomeação unânime para o All-American Team.
9. Walker Little, offensive tackle, Stanford
Em 2017, o running back Bryce Love ultrapassou a marca das 2.100 jardas terrestres e anotou incríveis 19 touchdowns, o credenciando como um dos melhores jogadores do país à época. Nada disso teria acontecido sem sua formidável linha ofensiva. Uma das peças-chave para o sucesso de Love foi Walker Little. Eficiente tanto na proteção ao passe como no jogo corrido, Little é um verdadeiro monstro com seus 2,01m e 140kg. Maior que seu concorrente Andrew Thomas, ou seja, pode figurar no topo da lista dependendo da produção de seus “protegidos”, o quarterback K.J. Costello e o novo running back titular Cameron Scarlett.
10. Dylan Moses, linebacker, Alabama
O terceiro jogador de Alabama dessa lista. A já tradicional defesa da Crimson Tide, que nos últimos três anos teve 20 jogadores selecionados no Draft apenas nesse setor, se prepara para perder mais uma joia. Com os ataques adaptando cada vez a spread offense, os coordenadores defensivos se veem obrigados a depender de linebackers com o mesmo estilo de Moses: um atleta híbrido, ou seja, pode alinhar em diversas posições, desde um box safety (86 tackles, sendo dez para perda de jardas) até um edge (conseguiu pressionar o QB em 25% de seus snaps como pass rusher)
Foto capa: Reprodução Twitter/NCAA Football
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Foto: Matthew Emmons / USA TODAY Sports
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