O Golden State Warriors continua soberano na Conferência Oeste e atingiu sua quarta final de NBA consecutiva ao derrotar o Houston Rockets. O time dirigido por Steve Kerr mais uma vez enfrentará o Cleveland Cavaliers, de LeBron James, e mais uma vez chega como favorito para a disputa do título da NBA.

Abaixo temos os 5 principais motivos que farão do time de Stephen Curry e Kevin Durant campeão pela terceira vez nos últimos 4 anos.

(Foto: Ezra Shaw/Getty Images)

MOVIMENTAÇÃO OFENSIVA

Apesar do time da Oakland apelar demais para jogadas individuais de Kevin Durant na série contra o Houston Rockets, a movimentação de bola ainda é o ponto principal do ataque dos Dubs. O time dá, em média, 301 passes por jogo nos playoffs (inferior à marca de 322 da temporada regular) sendo o vice-líder dos playoffs nesse quesito e 25,6 assistências.

A movimentação de bola é o fator chave contra um time como o Cleveland Cavaliers. O time de LeBron James penou para marcar o Boston Celtics com as trocas de passe do time de Brad Stevens. A defesa do time de Ohio é extremamente confusa e se perde no meio dos corta-luzes e mudanças de direção que o time de Kerr é muito acostumado a fazer.

KEVIN DURANT

O camisa 35 dos Warriors é um ponto chave na série. Ele é mais perigoso que LeBron James NO CONTEXTO DA SÉRIE (longe de dizer que é superior). Enquanto LeBron terá de enfrentar o próprio Durant, Draymond Green e talvez Andre Iguodala, o ala dos Warriors não tem nenhum adversário capaz de dificultar minimamente o seu trabalho.

O jogador teve um papel decisivo na série contra o Houston Rockets ao ser marcado por jogadores mais baixos como Eric Gordon e Trevor Ariza. É difícil imaginar um cenário no qual Jeff Green ou J.R. Smith sejam capazes de conseguir complicar a vida de Durant, tal disputa deve gerar um grande desequilíbrio que dificilmente os Cavaliers vão conseguir compensar.

DEFESA

Os Warriors são conhecidos por conta de seu ataque avassalador e extremamente preciso, mas isso acontece apenas quando a chave para a transição funciona e a defesa é o principal ponto desse time. Para compensar o alto número de turnovers que naturalmente o seu ataque comete, os Warriors são um time extremamente eficiente na defesa.

Os comandados de Steve Kerr apresentam a melhor marca de pontos por sofridos por posse de bola nesses playoffs (99,7 pontos por jogo); além disso têm a segunda melhor marca de rebotes defensivos da pós-temporada. Mesmo que o adversário seja o sublime LeBron James, ainda é esperado que a defesa faça a diferença para o time.

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PROFUNDIDADE DO ELENCO

Enquanto o Cleveland Cavaliers tem mais de 50% dos seus pontos saindo diretamente ou indiretamente das mãos de seu camisa 23, o time de Oakland tem um ataque bem mais equilibrado. Apesar de Kevin Durant ser o cestinha da equipe com 29 pontos por partida, Stephen Curry contribuiu com quase 25 e Klay Thompson contribui com 20 pontos por jogo.

Caso LeBron James seja, no máximo, um humano em um dia comum de trabalho e não um ser divino que transcende o jogo, os Cavaliers terão sérios problemas (sim, lidar com os Warriors já é um problema muito grande). Enquanto que para o time de Steve Kerr é muito mais plausível contornar uma noite ruim de uma de suas estrelas, pois há quatro jogadores de nível All-Star no quinteto titular.

Foto: Reprodução/NBA Twitter (@NBA)

TERCEIROS QUARTOS (ou formação da morte)

Mística, mandinga, simpatia, placebo, poderes do Space Jam, ou seja lá o que for, o fato é que os Warriors voltam diferentes nos terceiros quartos dos jogos. Após o intervalo os atuais campeões voltam jantando os adversários.

Isso ocorre, basicamente, porque o treinador Steve Kerr pede para seu time fazer o que mais gosta: jogar com uma formação mais baixa, acelerando o ritmo no ataque e uma voracidade defensiva de outro nível. O fato é que ocorrendo ou não no terceiro quarto, os Warriors sempre têm um momento em seus jogos no qual eles aparentam ser imbatíveis por alguns minutos. Os Cavaliers precisam ao menos não serem dilacerados nesses momentos para terem alguma chance na série e evitar uma possível varrida.