Brittney Griner é liberada de presídio na Rússia
Presidente americano, Joe Biden, negociou uma troca de presidiários com a Rússia
Brittney Griner, estrela da WNBA, presa na Rússia por dez meses foi, enfim, liberada e poderá voltar para os Estados Unidos. A jogadora foi enviada para casa nesta quinta-feira (8) após uma solução diplomática entre os países, em troca do traficante de armas russo Viktor Bout, que estava preso em solo americano.
No entanto, o negócio não se concretizou em um cenário ideal para os norte-americanos, visto que Paul Whelan, um americano preso na Rússia por quatro anos, não conseguiu ser incluso na troca.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, liderou as negociações e publicou nas redes sociais que a atleta está bem e a caminho de casa.
Moments ago I spoke to Brittney Griner.
She is safe.
She is on a plane.
She is on her way home. pic.twitter.com/FmHgfzrcDT— President Biden (@POTUS) December 8, 2022
Biden conversou com Griner por telefone enquanto a esposa da jogadora, Cherelle, estava no salão oval com o presidente. Em um pronunciamento direto da Casa Branca, Joe Biden disse que “os últimos meses foram um inferno para Brittney”, mas que ela esteve otimista.
“Este é o dia pelo qual trabalhamos durante muito tempo”, disse o chefe do executivo americano. “Nunca paramos de nos esforçar por sua soltura. Fizemos negociações diligentes e intensas e quero agradecer todos os trabalhadores dentro da minha administração que se esforçaram incansavelmente para garantir sua soltura”.
Cherelle Griner também falou na Casa Branca e agradeceu todos os envolvidos na soltura de sua esposa. “Hoje minha família está completa”, disse Cherelle.
Brittney Griner, bicampeã olímpica e astro da WNBA, esteve presa em solo russo por dez meses em acusações de porte de drogas. Todo este cenário foi visto como uma prisão injustificada e uma pena propositalmente exagerada.
A decisão por soltar Viktor Bout destacou a pressão enfrentada pelo governo Biden para trazer Griner para casa, especialmente depois dela ser transferida para uma colônia penal, onde sua vida poderia estar em risco.
O ministro de relações exteriores da Rússia confirmou a troca nesta quinta-feira (8), afirmando que o acordo foi selado em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, e que Bout já está a caminho da Rússia.
Mesmo com o otimismo dos últimos meses em relação à soltura de Griner por ambos os lados, a troca foi uma surpresa por não ter envolvido Paul Whelan.
Whelan está preso na Rússia desde dezembro de 2018 sob acusação de espionagem que, segundo o governo americano e sua família, não tem embasamento. Autoridades americanas já expressaram o interesse em trazê-lo de volta para casa junto de Griner.
“Nós não nos esquecemos do Paul Whelan”, afirmou Biden. “Seguiremos negociando em boa fé para a soltura de Paul”.
A prisão de Brittney Griner em fevereiro fez dela a presa americana mais relevante em solo estrangeiro. O fato dela ser negra e gay e estar detida em um país com autoridades que são hostis à comunidade LGBTQIA+ se tornou um assunto de interesse internacional.
A atleta foi detida no aeroporto de Moscou após agentes encontrarem óleo de canabis em sua bagagem. Em julho, Griner assumiu a culpa, mas ainda assim foi para julgamento, onde ela afirmou não ter nenhuma intenção criminosa. Sua sentença de nove anos veio no dia 4 de agosto.
(Foto: Reprodução Twitter/Phoenix Mercury)