Estrela da WNBA, Brittney Griner está sob custódia russa, diz congressista dos EUA
Estrela da liga feminina de basquete foi presa no dia 17 de fevereiro na Rússia acusada de contrabando de drogas
A jogadora de basquete Brittney Griner, estrela da WNBA, está sob custódia russa há três semanas. Segundo informação revelada pelo gabinete de um congressista dos Estados Unidos nesta quinta-feira (10), ela foi detida no dia 17 de fevereiro e acusada de contrabando de drogas.
Griner, duas vezes medalhista de ouro olímpica no basquete e estrela da WNBA, joga pelo clube russo UMMC Ekaterinburg durante a offseason da liga dos EUA. Uma foto postada nas mídias sociais em 16 de fevereiro parece mostrar Griner em um hotel no Aeroporto Internacional John F. Kennedy de Nova York. Quatro dias depois, o time russo atuou em uma partida local e ela não estava na escalação, o que causou estranheza.
As notícias da prisão de Brittney Griner foram divulgadas nos EUA no último fim de semana, com a mídia russa informando que ela foi detida em um aeroporto de Moscou em um dia não especificado do mês de fevereiro. Devido a toda situação complicada entre EUA e Rússia, na guerra da Ucrânia, a retirada da jogadora do país europeu é bastante complicada, disse Colin Allred, legislador e deputado americano, para a ESPN americana.
“O sistema de justiça criminal russo é muito diferente do nosso, muito opaco. Não temos muita ideia de onde ela está nesse processo agora, mas ela está detida há três semanas, e isso é extremamente preocupante”, falou Allred.
O escritório de Allred está trabalhando com o Departamento de Estado dos EUA e soube que ela foi detida em 17 de fevereiro. Muitos detalhes ainda estão em questão, incluindo exatamente onde Griner está no momento.
As autoridades russas disseram que Brittney Griner tinha óleo de cannabis em sua bagagem enquanto estava no aeroporto e a acusaram de contrabandear quantidades significativas de uma substância narcótica, uma ofensa que o governo russo diz ser punível com até 10 anos de prisão.
À medida que se espalhava nos EUA a situação, os legisladores pressionavam para que o governo federal intervisse. Com isso, Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, entrou no caso e está trabalhando para tentar tirar a estrela do basquete feminino da Rússia.
No entanto, o pano de fundo da invasão da Ucrânia pela Rússia, que levou à ampla condenação internacional e ao rompimento de muitos laços diplomáticos, fez analistas e funcionários do governo americano notarem que pode ser muito difícil tirar Griner e outros americanos presos na Rússia neste momento.
Organizações como a WNBA, o Phoenix Mercury, equipe da atleta de 31 anos, e o sindicato das jogadoras da WNBA compartilharam suas preocupações com ela e suas esperanças por sua segurança. Outras jogadoras da WNBA, que estavam na Rússia e Ucrânia, já deixaram os países.
A prisão de uma das principais atletas do basquete feminino também tocou a população americana. Uma petição online iniciada no Change.org por Tamryn Spruill, jornalista que cobre o basquete feminino, recebeu dezenas de milhares de assinaturas.
A treinadora de basquete do ensino médio de Griner, Debbie Jackson, teme que o caso de “seja usado para fins políticos”, revelou ela para a CNN nesta semana: “Meu maior medo é que… ela se torne uma peça política”, explicou Jackson.
A esposa de Brittney Griner, Cherelle, compartilhou nesta segunda-feira (7) no Instagram a sua dor e de outras pessoas sobre a situação e a escassez de informações fornecidas do exterior sobre o caso.
(Foto: Divulgação Twitter / Phoenix Mercury)