Jayson Tatum se diz honrado por usar número 10 de Kobe Bryant na seleção americana
Jayson Tatum irá usar o número 10, mesma camisa que Kobe usou em 2008 e 2012, durante os Jogos Olímpicos de Tóquio
Jayson Tatum, astro do Boston Celtics, irá utilizar o número 10 na seleção americana durante as Olimpíadas de Tóquio. Para ele, este número é especial por se tratar de um que ele utilizou quando tinha 15 anos em sua primeira aparição na seleção sub-16 de basquete, em 2013, e por ser o número de seu maior ídolo, Kobe Bryant.
O “Black Mamba” eternizou os números 8 e 24 no Los Angeles Lakers, mas quando foi medalha de ouro nas Olimpíadas de 2008 e 2012, o jogador optou pela camisa 10.
“Por ser a primeira Olimpíada desde que nós perdemos ele, isso possui muito mais valor”, afirmou Tatum. “Não é algo que eu encaro de forma ligeira”.
Obviamente, no futebol, o número 10 carrega um significado gigante, por ter sido eternizado por jogadores como Pelé e Maradona. Nas seleções americanas, Landon Donovan carregou este número por muitos anos e se tornou símbolo dele no esporte antes de passar para Christian Pulisic. No futebol feminino, esta honra é de Carli Lloyd.
Pelo Boston Celtics, Jayson Tatum usa o número 0, já que o 10 está aposentado por Jo Jo White.
Quando Kobe decidiu não ir aos Jogos Olímpicos do Rio em 2016, Kyrie Irving – outro grande fã do astro – herdou a camisa 10 do ídolo dos Lakers. E agora, assim como foi na Copa do Mundo de 2019, o número 10 será de Tatum.
“Por JT (Jayson Tatum) ter este momento, estou feliz por ele, genuinamente”, comentou o pivô Bam Adebayo. “Conheço JT desde meus 12 anos de idade. Ele merece tudo que está ganhando e ele vai seguir merecendo mais, pois é um grande jogador. Estou feliz por ele. Este é seu ídolo e ele vai representar seu número. Eu sei que ele vai ter essa mentalidade do Mamba quando vestir a 10”.
Adebayo é outro fã declarado de Kobe Bryant. Ele já utilizou, em algumas oportunidades, tênis do Kobe Bryant em jogos e se diz devastado por nunca ter tido a oportunidade de conhecer o “Mamba” pessoalmente.
Já Tatum conhecia bem Kobe. Eles chegaram a treinar juntos e Bryant já deu vários conselhos a ele.
“Eu me lembro de uma conversa, pode ter sido depois de um jogo, e ele estava falando que muitas pessoas não vão entender o que você fizer”, relembrou Jayson Tatum. “Ele disse: ‘o que quero dizer com isso é que os que relamente querem ser grandes e realmente querem ser especiais adotam a mentalidade do “o que for preciso”‘. Ele me contou que é preciso sacrificar, pois a grande questão é quanto você está disposto a abrir mão para ser grande”.
O treinador da seleção, Gregg Popovich, ainda lamenta que Tatum tenha se lesionado na Copa do Mundo de 2019. Aquele time foi montado para Tatum ser, como Popovich explica, “o cara do time”, assim como Kobe foi para seleções americanas no passado. Quando Tatum saiu do torneio machucado, os EUA tropeçaram e acabaram ficando em sétimo lugar.
Desde então, o treinador exaltou a evolução de seu jogador. “Ele agora é muito mais um jogador de ataque e defesa”, disse Popovich. “Ele desenvolveu mais técnicas. Acima disso, ele é mais agressivo e sabe que pode dominar pessoas”.
Da primeira vez que Tatum usou o número 10 na seleção, em 2013, ele não se recorda se ele pediu para utilizar ou não. Desta vez, a seleção simplesmente divulgou os jogadores e números e Jayson Tatum acabou pegando a camisa de seu ídolo novamente.
Por enquanto, a 10 na seleção americana é de Tatum e mais ninguém. Ou melhor, para ele, o número ainda é de Byant e ele vai “usá-la com muito orgulho”.
(Foto: Twitter/USA Basketball)