Real Madrid bate Bauru por 12 pontos e leva Mundial de Clubes
Forte na defesa, Real Madrid não abre espaço para Bauru e fatura seu quinto título da temporada
Depois da derrota por 91 a 90 na última sexta-feira (25), na primeira partida da decisão do Mundial de Clubes de basquete (Copa Intercontinental 2015), o Real Madrid precisava vencer a equipe do Bauru no segundo jogo, neste domingo (27), no mesmo Ginásio do Ibirapuera, por mais de um ponto de diferença se quisesse faturar um título que não vinha desde 1981, quando venceram os brasileiros do extinto E.C. Sírio e faturaram o quarto título da competição. Diferente do primeiro encontro, os merengues apertaram do início ao fim e fizeram mais do que o necessário, vencendo a partida por 91 a 79, com grande atuação defensiva.
Craque de bola, o armador Sergio Llull foi escolhido o MVP do torneio, depois dos 17 pontos que anotou na primeira partida e dos 21 pontos, cinco rebotes e seis assistências do jogo decisivo. Após ser escolhido MVP das finais da Liga espanhola e da Supercopa da Espanha, Llull acumulou seu terceiro troféu pessoal na temporada europeia. Os alas Jaycee Carroll e Trey Thompkins também foram fundamentais nos momentos cruciais do jogo, além de terem terminado a partida com 22 e 17 pontos, respectivamente. O ala-pivô mexicano Gustavo Ayón foi o destaque defensivo da equipe madridista com 15 de seus 40 rebotes, além de cinco pontos.
Pelo lado bauruense, Ricardo Fischer novamente esteve bem e foi o cestinha da partida com 26 pontos e uma mão certeira nas bolas de três. Rafael Hettsheimer teve poucas oportunidades de fazer o que melhor fez durante a primeira partida, chutar de fora, mas embaixo da cesta fez bom jogo e anotou 17 pontos. Termômetro da equipe do interior paulista, Alex Garcia registrou 14 pontos e um bom duelo com o argentino Andrés Nocioni, rival há um bom tempo do brasileiro. Muito bem no primeiro encontro com 15 pontos, o jovem Léo Meindl anotou nove no jogo de hoje.
Com postura mais agressiva na defesa e tirando ao máximo as chances de arremessos de três rivais, a equipe do técnico Pablo Laso abriu 12 a 0 no primeiro quarto de partida, mostrando que a vida bauruense não seria nada fácil. Sob a liderança de Fischer e Hettsheimer, o time brasileiro reergueu-se, fechando os primeiros 10 minutos com derrota parcial de nove pontos. O segundo quarto, em que Bauru chegou a empatar o jogo, destacou-se também pelo excesso de faltas técnicas cometido pelos merengues, que viram, além da marcada contra Ayón, no banco, duas contra o armador Sergio Rodriguez, que acabou excluído. No fim, empate no período e a equipe espanhola foi para os vestiários vencendo pelos mesmos nove pontos.
Se no último jogo Bauru tirou a grande vantagem que o Real havia imposto no terceiro período, desta vez os merengues estavam mais atentos aos movimentos da equipe paulista. O pivô Felipe Reyes e Ayón fechavam o garrafão contra as investidas de Fischer e Hettsheimer, enquanto Llull e Thompkins (este com sete pontos em dois minutos) equilibravam no ataque, mantendo a diferença para o final. No quarto derradeiro, a equipe bauruense não teve forças para encostar novamente no placar e viu o título escorrer pelos dedos.
Apesar do ginásio ainda com considerável quantidade de lugares vazios, a torcida de Bauru deu um show de apoio à equipe e outro de respeito ao título rival, também aplaudido. Quem foi assistir aos jogos, viu duas grandes exibições de basquete.
Dois pontos positivos ainda sobre a partida de hoje foram as homenagens a ex-jogadoras e ex-jogadores brasileiros que estavam presentes. Primeiro, o MC Max, quem comanda o público nos intervalos, apresentou Marquinhos Abdalla, Eduardo Agra, Dódi e Cláudio Mortari, componentes do time do E.C. Sírio, campeão mundial de clubes em 1979. Pouco depois, foram as vezes de Hortência, Alessandra, Janeth Arcain e Helen Luz, campeãs mundiais em 1994 pelo Brasil, serem as prestigiadas, todos muito aplaudidos.