Estados Unidos batem Austrália e conquistam ouro no Mundial Feminino de Basquete
Em Tenerife, norte-americanas vencem australianas com facilidade e conquistam tricampeonato mundial seguido
A seleção norte-americana de basquete feminino segue fazendo história na modalidade. Neste domingo (30), em San Cristóbal de la Laguna, em Tenerife, Espanha, os Estados Unidos venceram a Austrália com facilidade na final do Mundial Feminino de Basquete e conquistaram o terceiro ouro seguido no torneio (2010, 2014 e 2018), sendo este o décimo do país. As norte-americanas dominaram do início ao fim, fizeram 73 a 56 e viram a ala-pivô Breanna Stewart levar o prêmio de MVP do torneio. Com o título os EUA também asseguraram vaga nas Olimpíadas de Tóquio 2020.
Grande destaque das campeãs foi a pivô Brittney Griner, jogadora do Phoenix Mercury. Foi importantíssima no ataque, ao terminar com 15 pontos, três rebotes e dois tocos, e melhor ainda na defesa, sendo responsável por limitar Liz Cambage, pivô australiana e uma das melhores do mundo, a apenas sete pontos. Não por menos, a pivô americana terminou com o MVP da final. Completando os destaques norte-americanos, Stewart teve 10 pontos e oito rebotes e Diana Taurasi, também do Mercury, terminou com 13 pontos e quatro assistências. As duas terminaram com vagas no quinteto ideal do torneio.
O ano de Stewie é incrível. Além do título e prêmios deste domingo, a ala já havia faturado o título da WNBA com o Seattle Storm, além dos prêmios de MVP da temporada e MVP das finais. Nada mal para uma jovem de 24 anos.
Pelas australianas, o apagado jogo de Cambage foi fator decisivo para a má sorte na partida. Apesar dos sete pontos, a pivô conseguiu agarrar 14 rebotes e distribuir cinco tocos. Sua campanha de mais de 20 pontos e 10 rebotes de média no torneio a garantiram no quinteto ideal. A jovem ala Alanna Smith, de 22 anos, jogadora de Stanford no College, foi a única a chegar em dígitos duplos em pontuação pelas australianas ao marcar 10 pontos.
Completaram o quinteto ideal a ala-pivô belga Emma Meesseman, que chegou ao quarto lugar do torneio, e a ala-pivô espanhola Astou Ndour, medalha de bronze com a Espanha.
O jogo
Não teve um só momento em que as norte-americanas correram risco na partida deste domingo. De cara, os Estados Unidos abriram 10 a 0 e controlaram sem sustos as rivais no primeiro período, fechando em 20 a 15. Contando com muitos erros em arremessos de fora das australianas (terminaram o primeiro tempo com 1/12 nos tiros de fora), as americanas chegaram a abrir 12 pontos de vantagem no segundo período (35 a 23), mas foram para o intervalo com oito de frente (35 a 27).
Foi no terceiro período que as campeãs decidiram a parada. Com Griner e Stewie comandando as ações, os EUA abriram a parcial com 9 a 0 (44 a 27), segurando as rivais australianas sem pontuar por pouco mais de cinco minutos desde o início do período. A diferença chegou a 23 pontos ao fim terceiro quarto (61 a 38), já sinalizando a decisão da partida. O quarto período não teve muito movimento, quando todas as jogadoras que ainda não haviam entrado apareceram em quadra.
(Fotos: Divulgação Twitter / JBA (Japanese Basketball Association); divulgação Twitter / FIBA)