Jogo não termina e Lusa Lions e Tubarões do Cerrado segue indefinido
Por problemas com a ambulância, confronto é encerrado antes do fim do tempo regulamentar
Se o tempo estava ameno pela manhã, o mesmo não pode se dizer do duelo Lusa Lions e Tubarões do Cerrado, válido pelos playoffs da Superliga Nacional. Um problema com ambulâncias deixou o confronto em aberto e não se sabe ainda quem irá enfrentar o Cuiabá Arsenal, que venceu o Goiânia Rednecks, na decisão da Conferência Oeste.
Com o jogo corrido travado desde o começo, os Lions passaram a apostar nos lançamentos. Primeiro Catullo lançou 20 jardas e Fratini fez ótima recepção, mas não consegue converter em TD. Na segunda tentativa aérea, o QB da Lusa não perdoou e encontrou Seiya, que abriu o placar, deixando os donos da casa em vantagem no intervalo.
O tempo ameno perdeu espaço no início do terceiro quarto. Aproveitando o calor que aumentava, o QB da Lusa voltou em brasa. Não apenas com suas mãos, mas também com seus pés. Além dos arremessos, Catullo tentou uma corrida de 30 jardas, que só não valeu por que os juízes anotaram uma falta de conduta antidesportiva. Mas o camisa 16 não deixou barato e soltou um torpedo na direção de Fratini, que fez os Lions chegarem a end zone mais uma vez, 14-0.
Porém, quem achou que os Tubarões do Cerrado estavam mortos se enganou. Na terceira campanha, Sedrick fez ótima recepção e ainda correu 50 jardas antes de ser parado. Em seguida, os Tubarões fizeram uma jogada terrestre com Brunigga, que deu esperanças aos visitantes, que com o erro no ponto extra, trouxeram a diferença para 14-06.
Eis que veio o problema que cercou o confronto de dúvidas. Quando o jogo estava em seu auge, Felipe Marques, da seleção brasileira, machucou o joelho e a partida teve que ser paralisada para aguardar a ambulância que não conseguia entrar pela rampa principal.
Foi necessário aguardar muito tempo para que o veículo entrasse no estádio, removesse o atleta e retornasse ao palco do confronto. E a partir daí que começaram discussões nos bastidores.
Os dirigentes e jogadores dos Tubarões do Cerrado queriam encerrar a partida, conforme informou Pedro Ramos, coordenador de defesa: “Por todo esse problema da ambulância, se ela está aí, que horas ela volta? E a gente está no domingo a tarde, o horário está ficando bastante apertado para a gente. Cinco dos nossos jogadores tiveram que sair para poder pegar voo. Na hora que a ambulância retornou, um deles já estava a caminho do aeroporto, os outros quatro já estavam tomando banho, a nossa defesa, por exemplo, já estava bastante debilitada, teríamos que colocar jogadores do ataque para poder jogar ali e fora o horário das pessoas que vieram de ônibus”, disse, consternado.
Mas para os jogadores do Lusa Lions, a situação foi vista de uma outra forma. Segundo Monstro: “o Canindé é garagem de uma empresa de ambulâncias, assim que ele teve o problema médico ele foi atendido por um socorrista, ele teve todo o atendimento necessário, se fosse algo mais sério, nós temos uma UTI aqui dentro do departamento médico, então isso não era desculpa.”
Procurados pelo The Playoffs, os árbitros preferiram não se pronunciar. Quando questionado sobre uma futura ação jurídica, Monstro se mostrou tranqüilo: “Já tivemos toda a precaução jurídica, fizemos filmagens, os próprios diretores deles saíram daqui três horas da tarde, ficaram aqui dando entrevista para quem falou que tinha que ir embora as duas, ficaram aqui até três horas da tarde, já tiramos foto, vídeo, tivemos todo preparo de provas”.
Já Pedro, defende a posição da equipe do cerrado: “O Tubarões tem doze anos de existência e essa é a primeira vez que isso acontece com a gente(…) A gente vai ter que conversar com nosso departamento jurídico, com a nossa diretoria, com o Presidente para procurar uma melhor solução para este caso”.
A situação ainda está indefinida. A partida terminou ou não? A bola agora está com a Confederação Brasileira de Futebol Americano.
Colaboração: Daniel Almeida
Fotos: Daniel Almeida