Voluntário é roubado, mas ganha presentes da Seleção Francesa
Vitor Galvani trabalhou com a seleção francesa, foi assaltado e ganhou presentes dos jogadores
A Olimpíada do Rio 2016 acabou no último domingo (21), mas as histórias sobre o evento continuam a aparecer. O catarinense Vitor Galvani viveu um calvário ao ter seu celular roubado após um jogo, no entanto, ele logo teve uma agradável surpresa.
A seleção francesa de basquete (para qual Vitor estava trabalhando como staff) decidiu ajudá-lo após esse momento difícil. O time de Tony Parker, Boris Diaw, Rudy Gobert e cia mostrou merecer uma medalha fora das quadras. A equipe francesa doou um celular, dinheiro e camisas para o voluntário.
“Ele (Tony Parker) é uma pessoa fora de série. No começo, sentia dificuldade em falar com ele, parecia uma pessoa fechada. Em diversas situações ele me observava e eu não conseguia entender o que estava errado. Depois, o preparador físico me explicou que ele estuda as pessoas, para saber se tem interesse, se são sérias, se são boas de caráter, para ganhar o respeito dele. No dia seguinte, no prédio da França, ele chegou e me deu uma mala da delegação. Eu achava que era um monte de uniforme e já estava feliz da vida. Enquanto eu abri, ele pediu licença, tirou da minha mão e mostrou o celular, uma versão olímpica do melhor aparelho da patrocinadora dos Jogos. Me deu também um fone especial, além de óculos, um cinto e uma garrafinha. Aí eu não me aguentei. Chorei igual criança, abracei ele, pude ver a pessoa que ele é”, contou Galvani ao Globo Esporte.
Vitor contou ainda que outros jogadores como Boris Diaw fizeram surpresas para ele, doando um jogo de camisas da seleção francesa. O voluntário é, também, técnico da equipe de base do Joinvile e em uma bonita atitude, distribuiu as camisas para seus pupilos no clube.
O voluntário ficou tão amigo dos jogadores que chegou até a ir um jantar cinco estrelas com a seleção. “Eles me convidaram para o jantar. Nunca comi tanto na vida! Frutos do mar, rodízio de carne, de frutos do mar, conversei muito com todos, até me convidaram para ir para a França. Foi legal porque pude entregar para eles uma carta do meu pai, agradecendo pela atitude deles”, disse Vitor.
O pai de Vitor, seu José Cláudio, escreveu ainda uma carta que emocionou jogadores e comissão técnica da seleção francesa. Mais uma edição das Olimpíadas na qual acontecem histórias bem mais importantes que medalhas, parabéns para a seleção francesa.
Foto: Divulgação/ Arquivo Pessoal