#VOTEYAN: 5 motivos para Yan Gomes estar no All-Star Game da MLB
Veja argumentos para levar catcher brasileiro ao Jogo das Estrelas da MLB
Está aberta a eleição para o All-Star Game da Major League Baseball, e chegou o momento de o Brasil colocar seu representante no tradicional evento que marca (mais ou menos) a metade da temporada do beisebol nos Estados Unidos e que define quem terá vantagem na World Series. Muita coisa ainda vai acontecer até meados de julho mas, se não sofrer com as lesões, o catcher Yan Gomes, do Cleveland Indians, é um candidato real à vaga no Jogo das Estrelas.
Yan teve um ano mágico em 2014, firmando-se como um dos melhores ofensivamente em sua posição e tornando-se um dos pilares dos Indians. As contusões impediram que ele superasse a barreira dos 100 jogos no ano passado, e ficar saudável parece ser o primeiro desafio em 2016. Se conseguir, porém, Yan tem tudo para disputar com Salvador Perez, do Kansas City Royals, Brian McCann, do New York Yankees, Matt Wieters, do Baltimore Orioles, Stephen Vogt, do Oakland Athletics, e Russell Martin, do Toronto Blue Jays, uma vaga no elenco da Liga Americana. Ele já começou a temporada bem o bastante para pensar nisso.
O The Playoffs listou cinco razões que fazem sonhar com Yan Gomes no All-Star Game. Vamos a elas!
1 – O ataque
Yan brilhou em 2014, levando o Silver Slugger de catcher da Liga Americana com 21 home runs, 3 rebatidas triplas, 25 duplas, 74 corridas impulsionadas e 27,8% de aproveitamento. Em 15 jogos no início da temporada 2016, ele já soma 11 corridas impulsionadas, 3 home runs e 3 rebatidas duplas, e está esquentando. Os cinco catchers acima citados também são fortes ofensivamente, com destaque para McCain, Martin e Vogt, mas Yan não está atrás de nenhum deles.
2 – A defesa
Se não tem o reconhecimento de Perez, visto como um mago da posição, Yan faz um ótimo trabalho nos Indians. Ele não cometeu qualquer erro e tem 11 assistências nesta temporada, melhor marca entre os catchers da AL, além de ter evitado três das cinco tentativas de roubo de base. Em 2015, evitou quatro corridas a mais que um catcher mediano em 800 innings e, em 2013, teve um Defensive Runs Saved Above Average de 19, mesmo atuando apenas 710 innings como catcher.
3 – O WAR
Wins Above Replacement é uma estatística que mede quantas vitórias um atleta “conseguiu” na comparação com um jogador mediano da mesma função. Yan chegou ao Cleveland em 2013 e conseguiu 3.9 de WAR em apenas 88 jogos. No ano seguinte, elevou o WAR para 4.2. Os números obtidos nos dois primeiros anos com os Indians ficam muito perto do que os especialistas consideram o nível de um All-Star (entre 4.5 e 5) e avalizam o voto no brasileiro. Em 2015 ele teve 0.8, mas uma lesão limitou muito sua atuação.
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4 – O desempenho dos arremessadores
A sintonia com um catcher também é fundamental para o pitcher. Em 2014, Yan foi o principal catcher dos Indians, e a franquia teve um ERA médio de 3.56, com FIP (índice que exclui a defesa e, teoricamente, é um parâmetro mais puro da atuação dos pitchers) de 3.42. Principal nome da rotação, Corey Kluber atuou por 235 2/3 entradas, cedendo 64 corridas merecidas (ERA de 2.44), com 2.35 de FIP, 160 de ERA+ (índice que mostra a eficiência em relação ao restante da MLB, com 100 como nível médio) e a conquista do prêmio Cy Young.
No ano seguinte, Yan dividiu a posição com Roberto Perez e Brett Hayes. O ERA médio dos arremessadores dos Indians subiu para 3.67, com FIP de 3.62. Kluber atuou menos, 222 innings, mas cedeu 86 corridas merecidas (22 a mais do que em 2014), com 2.29 de FIP e um ERA+ de 122, ainda acima da média. Ele ficou em 9º lugar na votação do Cy Young, prêmio que ficou com Dallas Keuchel, do Houston Astros.
5 – O Brasil
Cairo Santos ainda chegará ao Pro Bowl, o Jogo das Estrelas da NFL. Na NBA, parece que o pico de Anderson Varejão, Nenê Hilário e Leandrinho Barbosa já passou, nenhum dos três atuou no All-Star Game e não se sabe quem (e quanto) terá essa honra. Yan já provou seu valor, estabeleceu-se como um dos melhores da posição e, junto com Paulo Orlando, André Rienzo e outros, deu uma guinada na importância do beisebol brasileiro e do beisebol para o Brasil.
Se a torcida fizer sua parte e os números colaborarem, ele pode escrever mais um capítulo na história. Yan Gomes no All-Star Game atrairia ainda mais atenção da mídia para o esporte no Brasil, mesmo com o jogo ocorrendo às vésperas dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Além disso, traria muita confiança para a seleção brasileira que, em setembro, disputa a etapa classificatória do World Baseball Classic contra Grã-Bretanha, Israel e Paquistão.
Não se sabe se Yan disputará esses jogos mas, mesmo que ele atue apenas na fase final (é preciso acreditar, o Brasil estará lá novamente), ter um All-Star como catcher e peça-chave em nosso ataque pode fazer com que a seleção vá longe e com que o esporte ganhe ainda mais espaço e fãs em todo o país.
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(Foto: Rob Tringali/Getty Images)