“Por favor, parem a guerra”, diz Ovechkin sobre invasão da Ucrânia
Russo, capitão do Washington Capitals comentou o conflito iniciado por líderes militares do seu país-natal. "Tenho muitos amigos lá", lamentou
Grande acontecimento geopolítico das últimas décadas, a invasão russa do território ucraniano tem gerado controvérsia e repulsa entre personalidades e formadores de opinião. Natural de Moscou, Alexander Ovechkin, capitão do Washington Capitals, se pronunciou nesta sexta-feira (25). “Por favor, parem a guerra, não importa quem esteja guerreando, Rússia, Ucrânia ou outros países”, pediu o atacante. “Temos que viver em paz.”
Um dos maiores jogadores russos desde a dissolução da União Soviética, Ovechkin falou sobre a aflição causada pelo conflito bélico. “Tenho muitos amigos na Rússia e na Ucrânia e é difícil vê-las em guerra”, disse, enfatizando que espera que a questão se resolva em breve.
Segundo Samantha Pell, setorista dos Capitals para o Washington Post, a esposa, os filhos e os pais de Ovechkin seguem na Rússia. Questionado se pretende tirar a família do país, o atacante revelou que ainda estuda o que fazer. “Estou prestando atenção a tudo que vem acontecendo.”
Apesar do pedido de paz, quando perguntado, Ovechkin afirmou ainda apoiar o chefe de estado russo, Vladimir Putin, responsável pela invasão da Ucrânia. “Ele é o meu presidente”, declarou, esquivando-se de maiores comentários na sequência. “Como posso dizer, não estou muito por dentro de política. Sou um atleta.”
Washington Capitals captain Alex Ovechkin media availability after practice in Philadelphia. pic.twitter.com/y2gxFpV3CL
— Washington Capitals (@Capitals) February 25, 2022
Putin é um grande apreciador de hóquei no gelo, esporte popular na Rússia, e costuma ter boas relações com os atletas da modalidade.
Os russos são uma das grandes potências do hóquei desde os anos 50, quando integravam a Seleção da União Soviética. Como soviéticos, foram sete medalhas de ouro em Jogos Olímpicos e 22 em Campeonatos Mundiais. Como Rússia, foram mais cinco ouros em Mundiais e um em Olimpíada, competindo sob a bandeira do comitê olímpico local devido a um grande escândalo de doping que baniu o país do torneio.
“Tudo que espero é que se resolva logo e que haja paz nos dois países. Não estou no controle da situação”, lamentou Ovechkin.
A Rússia invadiu a Ucrânia nesta quinta-feira (24), dando início à guerra e gerando consequências nas mais diversas áreas, da política e economia ao esporte. A UEFA retirou a final da Champions League da cidade de Sochi, a FIA cancelou o Grande Prêmio de Fórmula 1 do país e o clube finlandês de hóquei Jokerit abandonou os playoffs da Kontinental Hockey League, liga europeia formada principalmente por clubes russos. Outros órgãos e entidades do esporte afirmaram estudar medidas semelhantes.
Foto: Reprodução Twitter/Washington Capitals