Na prorrogação, Golden Knights vencem Jets e fazem história
Time de Vegas estabelece novo recorde de vitórias para uma franquia em sua 1ª temporada na NHL
Nesta quinta-feira (1/2), o Vegas Golden Knights (34-12-4) foi ao Bell MTS Place para enfrentar o Winnipeg Jets (30-13-9) e venceu o duelo de líderes de divisão, na prorrogação, pelo placar de 3 a 2. Com o 34º triunfo na temporada, Vegas superou o Florida Panthers e o Anaheim Ducks de 1993-94, estabelecendo um novo recorde de vitórias para uma franquia em seu primeiro ano na NHL. Marc-Andre Fleury terminou a partida com 26 defesas e Winnipeg perdeu pela 2ª vez nos últimos 16 jogos em seus domínios.
O primeiro período terminou com 22 disparos ao gol (dez para Vegas e 12 para Winnipeg) e mostrou uma alternância de momentos de dominância e chances para as duas equipes, paradas pelas defesas, pelos goleiros ou pela trave – como na tentativa de Dustin Byfuglien durante o power play favorável aos Jets. Com tamanho equilíbrio, o placar só poderia ser movimentado na base do erro. E foi justamente o que aconteceu: aos 15:10, depois de um vacilo de Marc-Andre Fleury ao tentar buscar o disco atrás de sua meta, Joel Armia foi servido por Matt Hendricks e não teve problemas para anotar seu 10º gol na temporada (1 a 0).
Iniciando o segundo período, os anfitriões foram mantendo o controle das ações ofensivas e administrando a apertada vantagem obtida nos primeiros 20 minutos de partida. Com poucas oportunidades mais claras de gol, parecia que os Jets iriam ao decisivo terço de confronto na frente do marcador. Entretanto, essa situação só durou até os 12:10; durante novo power play favorável ao time de time de Winnipeg, Reilly Smith roubou o disco de Adam Lowry e acertou um disparo indefensável no canto superior esquerdo da meta defendida por Hellebuyck (1 a 1).
O gol de Smith contribuiu para uma pequena mudança de ânimo no jogo; oportunidades surgiram dos dois lados, mas o disco não entrava. Faltando pouco mais de dois minutos antes do intervalo, foi a vez dos Golden Knights terem um power play a seu favor (interferência de Tyler Myers em Jonathan Marchessault). Até então na temporada, os Jets tinham matado todas as penalidades contra o time de Vegas. Envolto em polêmica, o penalty kill perfeito na série conheceria seu fim aos 18:30.
Aproveitando o rebote do goleiro de Winnipeg no disparo de David Perron, Erik Haula fez o 2º gol dos visitantes (2 a 1). A questão é que durante o lance, James Neal acabou acertando seu stick fortemente em Hellebuyck. O gol de Haula foi validado, mas a arbitragem não apontou nada contra Neal. Entrou em cena o técnico Paul Maurice, que desafiou a marcação por uma possível interferência em seu goleiro. As “zebras” mantiveram sua decisão, levando Maurice à loucura.
Em certa medida, o último período foi uma repetição dos anteriores: poucas tentativas mais claras de gol e um jogo travado, se concentrando nas bordas do gelo. A 34ª vitória de Vegas estava cada vez mais próxima. Só esqueceram de combinar isso com Kyle Connor, que aos 17:24, recebeu passe de Armia e fez a festa da torcida presente ao Bell MTS Place (2 a 2). Não houve outro jeito a não ser ir para o tempo extra.
A prorrogação, inicialmente morna, ganhou contornos de tensão e emoção na metade final. Os Jets passaram muito perto de vencer a partida em três momentos; em um deles, a torcida chegou a comemorar o gol, mas o disco teimou em não atravessar a linha. Infelizmente para os anfitriões, o destino acabou sendo cruel. Restava pouco mais de um minuto antes do shootout, quando Perron recebeu passe de Neal e garantiu o histórico resultado (3 a 2).
O próximo compromisso dos Golden Knights será na sexta-feira (2/2), contra o Minnesota Wild; novamente em seus domínios, Winnipeg recebe o Colorado Avalanche, no sábado (3/2).
Foto: Divulgação/NHL