Luongo, Alfredsson e irmãos Sedin são indicados ao Hall da Fama
Classe de 2022 ainda tem Riikka Sallinen, primeira finlandesa eternizada, e ex-jogador e dirigente Herb Carnegie, por seu legado no esporte
O Hall da Fama do Hóquei, ou HHOF, na sigla em inglês, divulgou nesta segunda-feira (27) os nomes que serão incluídos em sua galeria em 2022. Entre os jogadores da NHL estão três ídolos do Vancouver Canucks: o goleiro Roberto Luongo e os gêmeos suecos Daniel e Henrik Sedin. Capitão do Ottawa Senators por 14 anos, Daniel Alfredsson também está entre os homenageados. Completam a classe a finlandesa Riikka Sallinen e o ex-jogador e dirigente Herb Carnegie, em inclusão póstuma.
Fundado em 1943, o Hall da Fama tem a tradição de, desde 1945, indicar pessoas ligadas ao hóquei aos seus quadros. Os nomes são selecionados por um comitê especial da entidade. Todo atleta a praticar o esporte se torna elegível ao salão três anos após sua aposentadoria.
Assim, Luongo, que parou em 2019, conquista a honraria em seu primeiro ano de elegibilidade. Com 20 anos de carreira, o arqueiro passou por New York Islanders, Florida Panthers e Vancouver Canucks. Vencedor do Vezina Trophy, prêmio de melhor goleiro da NHL, em 2004, 2007 e 2011, ele foi medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2010 e 2014, na Copa do Mundo de 2004 e nos Campeonatos Mundiais de 2003 e 2004.
Entre 2008 e 2010, Luongo foi nomeado capitão dos Canucks. Como as regras da NHL não permitem que goleiros exerçam a função, ele nunca chegou usar a letra C na camisa, mas a tinha em seu capacete. Para a temporada 2010-11, ele foi sucedido no cargo por seu futuro colega de Hall da Fama, Henrik Sedin.
Mais velho por apenas seis minutos, Henrik Sedin e seu irmão gêmeo, Daniel, foram draftados pelo Vancouver Canucks em 1999, nas terceira e segunda escolhas gerais, respectivamente. Formados nas categorias de base do tradicional clube sueco MoDo, os dois defenderam apenas Vancouver em seus 17 anos de NHL.
Atuando quase sempre na mesma linha, os irmãos foram medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2006 e no Campeonato Mundial de 2013. Aposentados em 2018, ambos estavam elegíveis para o HHOF desde o ano passado.
Quem esteve ao lado dos Sedins no ouro de 2006 foi Daniel Alfredsson. Cria do Frölunda, outro clube sueco tradicional, o atacante chegou ao Ottawa Senators em 1995, após ser draftado na 133ª escolha geral no ano anterior.
Nomeado capitão dos Sens em 1999, Alfredsson sustentou a posição até 2013, ano em que deixou o time para jogar sua última temporada na liga pelo Detroit Red Wings. Ele se aposentou em 2014 e estava elegível desde 2017.
Tanto Luongo quanto os Sedins eram parte do time do Vancouver Canucks vice-campeão da Stanley Cup em 2011, perdendo para o Boston Bruins. Alfredsson também foi finalista em 2007, com o Ottawa Senators, mas viu seu time cair diante do Anaheim Ducks.
Uma das jogadoras finlandesas mais conhecidas, Riika Sallinen praticou hóquei por mais de 30 anos. Servindo à seleção do país durante todo esse período, ela conquistou três campeonatos europeus, um vice-mundial, seis medalhas de bronze em Mundiais e dois bronzes em Olimpíadas, em 1998 e 2018.
A conquista de 2018 ainda lhe valeu o recorde de atleta mais velha a ganhar uma medalha olímpica no hóquei no gelo. Aos 44 anos, ela tomou o posto do seu compatriota, Teemu Selanne, que tinha 43 quando levou o bronze com a Finlândia em 2014.
Luongo, Alfredsson, Sallinen e os Sedins foram contemplados enquanto atletas, categoria que compõe boa parte das figuras homenageadas anualmente. No entanto, a instituição também abraça figuras que contribuíram com o esporte de outras maneiras, como árbitros, jornalistas, técnicos, donos de franquia ou dirigentes. Neste caso, não há tempo determinado para elegibilidade.
É o caso de Herb Carnegie. Ex-jogador, ele recebeu a nomeação por seu legado, e não apenas por seu passado no gelo. Canadense de ascendência jamaicana, Carnegie foi um dos primeiros negros a ganhar notoriedade no hóquei, entre as décadas de 40 e 50, embora não tenha chegado à NHL. O enfrentamento ao racismo e seu papel em dar voz aos afro-canadenses em um esporte majoritariamente branco são marcas de sua carreira.
Após se retirar dos rinques, em 1953, Carnegie se dedicou a ensinar jovens a praticar o esporte e fundou a Future Aces, uma das primeiras escolinhas de hóquei no Canadá.
Detentor da Ordem de Ontário e Ordem do Canadá, Carnegie já era membro do Hall da Fama Canadense de Esportes e Hall da Fama de Esportes de Ontário. Ele faleceu em 2012.
As homenagens e cerimônias de inclusão dos novos membros na galeria do esporte estão agendadas para 11 a 14 de novembro, em Toronto, sede do Hall da Fama.
Foto: NHL.com