‘Jogadores briguentos são coisa do passado’, diz GM dos Red Wings
Time de Detroit é o último colocado no ranking de lutas da NHL
O Detroit Red Wings é um dos times mais técnicos da liga. Com estrelas como o russo Pavel Datsyuk, que dispensa comentários, o estilo de jogo do clube claramente prioriza o controle do puck aliado aos disparos de jogadores como o sueco Henrik Zetterberg.
Até aí nada de anormal para um time, a não ser pelo detalhe de que nas últimas nove temporadas, os Red Wings se tornaram um dos times com menor pontuação em estatísticas de lutas no gelo. O clube ocupa a 30ª posição no Hockey Fights – que contabiliza estatísticas dos times e jogadores – com apenas três lutas registradas nesta temporada. Em contrapartida, o primeiro colocado é o Buffalo Sabres com 21 pontos.
A última posição parece não afetar o general manager da equipe, Ken Mark Holland, que brinca com a fama do clube. “Eu não sou contra lutas. Priorizamos isso em nossa quarta linha, eu só quero que os caras que lutam na minha equipe possam jogar. Se você pode lutar e não pode jogar, não teremos espaço para você”, disse Mark ao NBC Hockey.
O GM ressaltou ainda os motivos pelos quais ele não se incomoda com o baixo número de conflitos. “O jogo é rápido e ninguém quer tomar pênaltis. É uma liga difícil de marcar gols, então você espera conseguir alcançar alguns desses objetivos com a quarta linha. Você espera que eles possam ‘comer’ alguns minutos do tempo e descansar seus principais atacantes”, justifica.
E a tendência vem sendo essa na NHL, o que torna a permissão formal de lutas um assunto polêmico que envolve a tradição que busca desequilibrar e intimidar o adversário como parte da estratégia do jogo.
Saiba mais: As brigas na NHL e a cultura da porrada no hóquei
Para se ter uma ideia, a taxa de lutas da liga foi cortada ao meio nos últimos 10 anos. Em 2005-2006 foram 466 lutas em 1230 jogos, ou seja, uma média de 0,38 por jogo, contra 789 da temporada 2003-2004. Essa estatística só seguiu outro ritmo durante a temporada 2008-2009 onde foram registradas 734 lutas, uma média de 0,6 por jogo.
Desde então, os números de lutas em partidas da NHL andam em recessão. “Para aqueles jogadores que, como eu os chamo, são dimensionais e tudo que sabem fazer é realmente brigar. Esses tipos estão se tornando coisa do passado”, destacou Holland na entrevista.
Quanto a Pavel Datsyuk, um dos principais jogadores dos Red Wings, ele é vencedor três vezes do troféu Lady Byng, dedicado ao atleta com o comportamento mais ‘cavalheiro’ no gelo.