J.T. Brown recebe ameaças de morte após protesto em jogo do Lightning
Atacante do Tampa Bay Lightning foi vítima de racismo nas redes sociais após defender protesto feito por ele
O que mais se comentava na noite de sábado (07) na NHL parecia ser os muitos gols marcados pelo Toronto Maple Leafs ou mesmo mais uma atuação brilhante de Alex Ovechkin pelo Washington Capitals. Mas algo que chamou a atenção dos fãs foi o protesto feito pelo jogador J.T. Brown, do Tampa Bay Lightning, durante a execução do hino americano antes do início do jogo. Algo inédito na liga.
Com o punho cerrado e levantado, Brown revelou por meio de suas redes sociais que esta foi uma medida de alerta aos cidadãos americanos, de que o mesmo já teria sofrido casos de racismo não só envolvendo outras pessoas (dentro e fora do gelo), como a própria polícia americana.
O ato do atacante causou revolta entre torcedores que não concordaram com sua conduta e opinião. E Brown voltou a ser vítima de racismo e revelou ter recebido ameaças de morte, dessa vez pela internet. Numa mensagem postada no Twitter, o jogador falou sobre o assunto.
“Recebi comentários racistas e ameaças de morte porque eles não concordam com a forma com a qual eu resolvi trazer esse assunto à tona. Nós precisamos ser capazes de ouvir aqueles que têm um ponto de vista diferente e conversar um com o outro se ele quer aprender, crescer e mudar algo”, disse Brown.
“Our lives begin to end the day we become silent about things that matter.”
-Martin Luther King Jr. pic.twitter.com/Ql2vEFwl5E
— JT Brown (@JTBrown23) October 8, 2017
Na mensagem, J.T. Brown também disse que não pretendia desrespeitar a bandeira americana e que essa foi apenas a forma que ele encontrou para falar sobre a “brutalidade policial, injustiça racial e a desigualdade” no país. “Amo meu país, mas isso não significa que não sei que ele (os Estados Unidos) não é perfeito”.
Brown é o primeiro caso de um jogador da NHL que expressou sua indignação por meio de um protesto durante o hino nacional, caso que já ocorre com certa frequência em outras ligas, como a NFL.
(Foto: Elsa/Getty Images)