Ben Bishop encerra carreira por lesão degenerativa no joelho
Em 11 temporadas na NHL, o goleiro venceu 222 jogos por cinco diferentes times
Ben Bishop está pendurando seus patins depois 11 temporadas na NHL. O goleiro vinha batalhando com uma lesão degenerativa no joelho. A informação foi dada pelo general manager do Dallas Stars, Jim Nill, neste sábado (11) a Matthew DeFranks, do The Dallas Morning News.
O goleiro de 35 anos estava na lista de contundidos desde o dia 11 de outubro de 2020. Ele fez uma cirurgia na época para reparar uma ruptura do menisco do joelho direito, não jogou a última temporada, e ficou 14 meses em reabilitação.
Bishop voltou ao gelo pelo Texas Stars, da American Hockey League (AHL), na última semana, na derrota para o Chicago Wolves por 8 a 4. Esse foi seu primeiro jogo desde 31 de agosto de 2020, quando ele atuou por 13:43 na derrota por 6 a 3 contra o Colorado Avalanche nos playoffs da Stanley Cup.
“Não é nenhum segredo, ele tem uma lesão degenerativa no joelho e foi para lá (AHL), ele queria ser uma grande parte disso”, disse Nill ao Dallas Morning News. “Ele queria fazer tudo o que estava ao seu alcance para voltar. No final, passando pelo processo, indo lá e jogando, ele descobriu que era o fim da carreira.”
“Foi ele quem disse: ‘Não, é isso'”, acrescentou Nill. “No final das contas, ele é o único que teve que tomar essa decisão.”
Bishop foi finalista três vezes do Vezina, prêmio dado ao melhor goleiro da temporada regular, em 2014, 2016 e 2019. Ele ajudou o Tampa Bay Lightning a chegar à final da Stanley Cup em 2016, quando perderam para o Chicago Blackhawks em seis jogos. Ele é o segundo jogador dos Bolts em vitórias (131) e em shuouts (17), atrás apenas de Andrei Vasilevski, com 204 vitórias e 28 shutouts.
Selecionado na terceira rodada do Draft de 2005 pelo St Louis Blues, Bishop encerra a carreira com um recorde de 222-128-36, com uma média de 2,32 gols sofridos, 92,1% de aproveitamento de defesas e 33 shutouts em 413 jogos, 397 como titular. Além de Blues, Lightning e Stars, o goleiro teve passagens também por Ottawa Senators e Los Angeles Kings.
Bishop foi trocado pelos Kings para os Stars em 9 de maio de 2017. Três dias depois, o goleiro assinou uma contrato de seis anos, US$ 29,5 milhões, com uma média anual de US$ 4,92 milhões, que está válido até o fim da próxima temporada. Com a equipe texana, Bishop teve 74-48-11 de recorde, 2,33 gols sofridos de média, aproveitamento de 92,3% em defesas e 14 shutouts em 143 jogos, 139 como titular.
Ele chegou a estar entre os selecionáveis no draft de expansão do Seattle Kraken em julho, após acertar uma cláusula com os Stars, mas acabou não sendo escolhido pela nova franquia da liga. O atual head coach de Dallas, Rick Bowness, que foi assistente em Tampa Bay em 2016, quando chegaram à final, falou ao jornal sobre a aposentadoria de Bishop.
“Dói”, disse Bowness. “Eu me sinto péssimo por ele, porque ele é uma ótima pessoa e, como sempre disse, quando ele está jogando, ele é um dos três melhores goleiros da liga. Ele nos levou às finais em Tampa [Bay]. Quando você chega tão longe assim, você cria um vínculo especial. Sempre me senti muito próximo de ‘Bish’. Estou arrasado por ele e sua família, sei que ele quer jogar. É uma coisa muito, muito lamentável que aconteceu.”
Os Stars, que não se classificaram para os playoffs na temporada passada, têm tido bastante rotatividade com três goleiros alternando na posição de titular esta temporada. Anton Khudobin está 3-3-1 com 3,73 gols sofridos de média e 87,3% de defesas em sete jogos, seis como titular; Jake Oettinger está 5-1-0 com 1,52 de pucks no gol de média e 95,1% de defesas com sete jogos e seis como titular, assim como Khudobin; e Braden Holtby, que assinou por um ano nesta offseason, e está com 5-1-1 com uma média de 2,42 gols sofridos e 92,3% de aproveitamento de pucks na luva, com o maior número de partidas entre os três, 13, sendo 12 como goleiro número 1.
Foto: NHL.com/Divulgação