Três dias após Roger Goodell, comissário da NFL, realizar uma das declarações mais fortes e impactantes em suporte à comunidade negra da liga, o presidente americano, Donald Trump, publicou um tweet comentando sua preocupação com as palavras de Goodell. Ele questionou se “agora é ok que os jogadores se ajoelhem durante o hino nacional” para o dirigente da liga de futebol americano.

O tweet de Trump classifica a declaração do comissário como uma “afirmação interessante de paz e reconciliação”, antes de implicar que tais palavras podem estar desrespeitando os Estados Unidos e sua bandeira.

O comissário ainda não declarou exatamente com suas palavras se a liga passará a permitir protestos durante a execução do hino nacional nos jogos, porém ele admitiu que a NFL “estava errada por não ouvir” os jogadores que anteriormente escolheram protestar.

A segunda declaração da liga, que veio nesta sexta-feira (05), foi muito bem recebida pelos atletas e pela comunidade negra, que cobravam uma posição importante da NFL, após uma primeira mensagem vazia e inadequada, não condenando a injustiça racial após o caso que vitimou o homem negro George Floyd, em maio.

Could it be even remotely possible that in Roger Goodell’s rather interesting statement of peace and reconciliation, he was intimating that it would now be O.K. for the players to KNEEL, or not to stand, for the National Anthem, thereby disrespecting our Country & our Flag?

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) June 8, 2020

Trump, conhecido por ser extremamente vocal em seu twitter, também comentou toda a confusão acontecida com Drew Brees, quarterback do New Orleans Saints, na semana passada.

Após Brees se desculpar repetidamente por suas palavras insensíveis, inclusive indo contra as visões de Trump, o presidente afirmou que o quarterback “nunca deveria ter voltado atrás em suas palavras”. Pouco depois, o jogador rebateu o presidente.

Figura política mais importante de seu país e provavelmente, do mundo, Trump sempre foi contra os protestos realizados pelos atletas durante o hino nacional, desde quando o movimento começou a ser realizado na temporada de 2016, sob comando de Colin Kaepernick.

(Foto: Gage Skidmore)