Super Bowl LV: 5 motivos para acreditar no título do Tampa Bay Buccaneers
Os Bucs jogarão o Super Bowl em casa e podem surpreender os favoritos Chiefs
Desde 2007 fora dos playoffs e quase 20 anos depois da disputa do primeiro Super Bowl da história da equipe, o Tampa Bay Buccaneers enfrentará no próximo domingo, 07, o Kansas City Chiefs no Raymond James Stadium, casa dos Bucs.
A equipe começou a temporada apanhando do New Orleans Saints, rival de divisão, mas isso foi logo posto de lado. Com um ataque comandado pelo já pré-histórico Tom Brady, a equipe da Flórida conquistou vitórias convincentes e sofreu com derrotas amargas, como aquela contra o Chicago Bears, que o Brady ficou perdido e não sabia qual descida era (e provavelmente não lembrava nem do próprio nome).
Vindo de temporadas lastimáveis e quarterbacks péssimos, os torcedores do Tampa Bay ficaram animadíssimos com a contratação de Brady e Rob Gronkowski, um dos melhores tight ends que já entrou em campo na NFL.
Desde a última aparição na pós-temporada, lá em 2007, os torcedores já sofreram nas mãos de Josh Freeman, um dos piores QBs que já jogaram esse joguinho, Josh McCown, Jameis Winston… Agora com Brady, a confiança no título é real!
Agora, sem mais delongas, o The Playoffs apresenta cinco motivos para torcer para os Bucs no Super Bowl LV!
Foto: Divulgação/Tampa Bay Buccaneers
ATAQUE GANHA JOGO, JÁ DEFESA…
Que o ataque dos Chiefs é explosivo, disso ninguém duvida. A equipe terminou como a que mais conquistou jardas aéreas e, bom, tem um rapaz chamado Mahomes que gosta de jogar a pelota pro alto. Mas, assim como o futebol tem aquela máxima de “quem não faz, toma”, o futebol americano tem a sua, que diz: “ataque ganha jogo, defesa ganha campeonato”. E a defesa dos Bucs é ótima! (digo isso sem clubismo). Foi apenas a 21ª contra o ataque aéreo, mas contra o ataque terrestre, meu amigo… foi a melhor! Foi a que menos cedeu jardas terrestres totais (1.289), teve a menor média de jardas por carregada (3,6) e a que menos cedeu TDs corridos (10).
Sim, nós sabemos que a principal arma dos Chiefs é o braço do Mahomes, mas vale lembrar o quão apertado foi o placar na primeira partida entre os times durante a temporada regular (também no Raymond James Stadium, em Tampa, estádio que receberá a partida): 27 a 24 para os Chiefs.
A REDENÇÃO DE UM TRABALHO
Em 2019, quando já estava aposentado e de férias, curtindo com a família em Acapulco, Bruce Arians recebeu uma mensagem no ZAP que viria a mudar sua vida por completo. A mensagem, obtida pelo The Playoffs de maneira exclusiva, dizia: “ô mano, quer voltar a trampar aqui nos bucs?”. Rápido tal qual um lince quando vê sua presa, Arians prontamente respondeu: “ss”.
Brincadeiras à parte, Arians passou dois anos aposentado após sair do Arizona Cardinals no final da temporada de 2017 e, antes de assumir os Bucs, o técnico disse que seria um “prazer trabalhar com o (Jameis) Winston”. Como Winston não mistura prazer e trabalho, ele fez o favor de lançar 33 TDs e 30 interceptações na temporada 2019-20 (diversas dessas interceptações, inclusive, custaram derrotas).
O bom trabalho do Arians já havia começado na temporada passada e, na atual temporada, mesmo com um percalço imenso chamado COVID-19, ele foi se consolidando. Como técnico principal, Arians não tem nenhum título de Super Bowl (ele possui dois pelo Pittsburgh Steelers como assistente) e a vitória no domingo que vem pode significar não só um título em equipe, mas sim uma conquista pessoal.
Foto: Reprodução Twitter/Tampa Bay Buccaneers
A EXPERIÊNCIA
Quando você vê um ataque com nomes como Tom Brady, Antonio Brown, Rob Gronkowski, LeSean McCoy, e uma defesa com Jason Pierre-Paul e Ndamukong Suh, o que vem na sua cabeça? Parece aquelas escalações de showbol, só com jogador aposentado, não é mesmo? Mas esse foi um dos elementos que fizeram tão bem para os Bucs: a mistura da juventude com a experiência.
Por exemplo, como linebackers, os Buccaneers contam com JPP, que está na sua 11ª temporada, e Devin White, na segunda, mas já ostentando o patch de capitão na camisa. No ataque, a experiência do Brady (43 anos) se soma à juventude de Scott Miller, vinte anos mais jovem. Falando em experiência, Brady já enfrentou o pai do companheiro de equipe Antoine Winfield Jr. Pois é, amigos, a experiência…
UMA VITÓRIA SIGNIFICA 100% DE APROVEITAMENTO
Essa é apenas a segunda vez na história que os Bucs conseguem chegar ao Super Bowl. A primeira vez foi na temporada 2002-03, quando a equipe enfrentou o Oakland Raiders, jogo que foi disputado no já desativado Qualcomm Stadium, em San Diego. A equipe da Califórnia chegou no jogo como favorita para a conquista do título, mas a defesa dos Bucs era um completo absurdo e dominou o jogo do início ao fim.
Rich Gannon, QB dos Raiders, lançou para cinco interceptações, três delas retornadas para TDs. Os Bucs anotaram 34 pontos seguidos, conseguiram sacar Gannon cinco vezes no jogo e, nos últimos três minutos de partida, Derrick Brooks, linebacker, e Dwight Smith, safety, conseguiu um pick six cada um, fechando o placar em 48 x 21, em uma das vitórias mais dominantes da história das finais da NFL.
Ganhar o segundo Super Bowl em dois disputados certamente motiva também este elenco dos Bucs.
TOM BRADY
Sim, deixei o motivo principal e mais óbvio por último! É IMPOSSÍVEL não citar o que o Brady fez pelos Bucs nesta temporada regular e nos três jogos da pós-temporada. Além de todos os motivos que já citei aqui, se não fosse pelo Thomas Edward Patrick Brady, eu não estaria escrevendo este texto.
Se só por isso eu não te convenci com esse último tópico, te darei algumas estatísticas um pouco incomuns, mas ainda assim são estatísticas: APENAS nos playoffs, ele venceu 19 equipes diferentes na carreira; desde 2000, ano em que Brady foi draftado, o New York Jets ganhou 153 dos 360 jogos que disputou (42,5%). Brady chegou ao Super Bowl 10 vezes em 20 temporadas (50%). OU SEJA, é mais provável que ele dispute o anel que os Jets ganhem uma partida; o primeiro Super Bowl que Brady disputou foi em 2002, CINCO ANOS ANTES DO LANÇAMENTO DO IPHONE.
Mas agora falando sério, Brady tem um dos melhores corpos de recebedores e tight ends dos últimos anos, melhor certamente que a maioria dos alvos que teve nos títulos em New England: Mike Evans, Chris Godwin, Antonio Brown, Rob Gronkowski, Cameron Brate e OJ Howard (este último fora da temporada regular por conta de uma contusão no tendão de Aquiles). Ouso até dizer que não haverá um corpo melhor de recebedores que esse dos Bucs nos próximos anos!