Seleção da temporada 2020 da NFL
Após o encerramento da temporada regular, equipe The Playoffs seleciona os melhores em cada posição
Hora de nos despedirmos, certo? Após a eleição de 17 seleções, a equipe The Playoffs resolveu apontar os melhores da temporada, selecionando jogadores que se destacaram e foram decisivos para seus times. Ainda que os playoffs venham a acontecer, os prêmios da liga consideram somente a temporada regular, e nós manteremos este critério.
A nossa seleção seguirá o critério de todas as outras, ou seja, será composta por: 1 QB, 2 RBs, 2 WRs, 1 TE e uma linha ofensiva + na defesa, selecionamos dois edges (que serão visto como os OLBs em sistemas 3-4 e DEs em sistemas 4-3), 1 DT/DT, 1 LB, 1 CB e 1 safety. Entre os especialistas, vamos apontar o melhor kicker da semana. Além disto, temos o técnico da semana. Como estamos tratando dos melhores e, em algumas posições seria muito difícil apontar somente um, vamos também fazer uma menção honrosa em cada categoria.
(Foto: Reprodução Twitter/Minnesota Vikings)
Quarterback: Aaron Rodgers, Green Bay Packers
Ao longo de todo ano, vários nomes foram apontados como melhor jogador da temporada. Na primeiras semanas, Russell Wilson e Josh Allen, logo após, Patrick Mahomes, mas nenhum destes foi tão constante e letal quanto Aaron Rodgers. O QB dos Packers é o grande motivo da equipe ter uma folga na primeira rodada, e a principal esperança do Vince Lombardi voltar para TitleTown.
O camisa 12 desenvolveu uma conexão única com Davante Adams e, mesmo em sua ausência, encontrou outros jogadores para avançar no campo e conquistar a marca de 13 vitórias. Após um draft que apontava o fim de Rodgers em Green Bay, não há dúvidas que o torcedor gostaria de vê-lo por muitos anos comandando a franquia.
Lembram quando (há 6 meses) tinha gente falando que ele era o problema de Green Bay? Pois é…
Números: 372/526, 4.299 jardas, 48 TDs, 5 INTs; 38 corridas, 149 jardas, 3 TDs
(Foto: Reprodução Twitter/Site Green Bay Packers)
*Menção Honrosa: Patrick Mahomes, Kansas City Chiefs
Running Backs: Derrick Henry, Tennessee Titans; Dalvin Cook, Minnesota Vikings
Obviamente, o recordista Derrick Henry está na seleção. O RB dos Titans é o grande responsável pelo sucesso da franquia, que conquistou o título da AFC South após 12 anos e agora mira chegar ainda mais longe na pós-temporada. Com uma defesa abaixo da média, ele será vital para qualquer avanço em janeiro.
Cook, por sua vez, entra mesmo sem chegar aos playoffs, pois foi o grande destaque de um time que viveu altos e baixos na temporada. Além de mover as correntes com frequência, o astro de Minnesota protegeu muito bem a bola, realizou bloqueios e recepções, sendo uma arma valiosa para o time durante o ano todo. Falta só lançar passes – o que não seria má ideia. Não há ninguém melhor que ele no elenco hoje, e você acredita que ainda tem gente que diz para não pagar running backs?
Números Henry: 378 corridas, 2.027 jardas, 17 TDs, 19 rec, 114 jardas; Cook: 312 corridas, 1.557 jardas, 16 TDs, 44 rec, 361 jardas, TD.
(Foto: Reprodução Twitter/Tennessee Titans)
*Menção Honrosa: Alvin Kamara, New Orleans Saints
Wide Receivers: Stefon Diggs, Buffalo Bills; Davante Adams, Green Bay Packers
Depois de dar uma escolha de primeira rodada por Diggs, os Bills esperavam que ele fosse um WR1 pra equipe. Ele foi muito mais! O produto de Maryland provou que está entre os melhores da posição e terminou a temporada como um dos responsáveis pela quebra no jejum de 25 anos sem títulos da divisão. Com recepções incríveis e ótima capacidade de separação, Diggs deixou a fama de problema de vestiário para iniciar a melhor fase na carreira.
Adams poderia ser o jogador ofensivo do ano, e não haveria injustiça alguma. O recebedor dos Packers não encontrou sequer um CB que fosse capaz de marcá-lo durante todo um jogo, anotando mais TDs que alguns corpos de WRs inteiros na NFL. Se mantiver o desempenho, será muito difícil não vermos os Packers anotando muitos pontos nos playoffs e com grandes chances de título.
Números Diggs: 127 rec, 1.535 jardas, 8 TDs; Adams: 115 rec, 1.374 jardas, 18 TDs
(Foto: Reprodução Twitter/Green Bay Packers)
*Menção Honrosa: Tyreek Hill, Kansas City Chiefs
Tight End: Travis Kelce, Kansas City Chiefs
O alvo favorito de Mahomes foi, de longe, o melhor TE da temporada – há muitos anos, pra mim, já é o melhor (desculpa, torcida dos 49ers, mas ficar saudável é importante). Kelce se destaca não somente pelas recepções, mas pela versatilidade que consegue exercer em campo, bloqueando com muita força e tendo mãos seguras para receber. Quando a situação é complicada, sempre é a primeira leitura de Mahomes, e tem papel fundamental no ataque mais perigoso da NFL.
Números: 105 rec, 1.416 jardas, 11 TDs
(Foto: Reprodução Twitter/Kansas City Chiefs)
*Menção Honrosa: Darren Waller, Las Vegas Raiders
Offensive Line: Cleveland Browns
A mudança de paradigma em Cleveland teve muitos fatores, e um dos principais foi o fortalecimento da linha ofensiva. Com boas contratações e investimento no Draft, a OL passou de uma das piores para a seleção do ano, possibilitando maior tempo para Baker Mayfield e abrindo gaps para Chubb e Hunt. Como não é possível sair do lixo para o luxo tão rapidamente, o time viu seu OG Joel Bitonio contrair coronavírus, o que lhe fará perder o primeiro jogo de playoffs dos Browns em quase 20 anos. Depois de passar por uma temporada 1-15 e outra 0-16, parece até injusto, mas Cleveland tem muito mais a celebrar do que reclamar desta campanha. Próximo passo: parar TJ Watt (spoiler: não vão conseguir).
Números: 495 corridas, 2.374 jardas, 21 TDs; 26 sacks cedidos
Menção Honrosa: Tennessee Titans
Edges: TJ Watt, Pittsburgh Steelers; Myles Garrett, Cleveland Browns
Vendo jogadores com estes, é difícil entender como há pessoas que preferem ataque na NFL. Watt teve um ano absolutamente incrível, fazendo todas as funções que você pode pedir a um defensor e, agora, tem a missão de liderar a defesa para que os Steelers tenham sucesso na pós-temporada.
Garrett parece ter conseguido se desenvolver como pessoa e jogador, sendo indicado ao prêmio Walter Payton pelas atividades fora do campo e registrado números incríveis dentro dele. Até se machucar, era o principal candidato a defensor do ano, prêmio este que deve ser entregue justamente ao outro edge desta seleção.
Números Watt: 15 sacks, 2 FFs, INT, 7 PDs, 47 tackles; Garrett: 12 sacks, 4 FFs, 2 PDs, 45 tackles
(Foto: Reprodução Twitter/Cleveland Browns)
*Menção Honrosa: Trey Hendrickson, New Orleans Saints
Defensive Lineman: Aaron Donald, Los Angeles Rams
Dificilmente apareceria outro nome nesta posição, pois Donald é único. O DT dos Rams teve mais uma temporada incrível e foi o principal jogador de uma defesa que conseguiu jogar em alto nível diante de todos os adversários. Ainda que sofra bloqueios duplos – e por vezes triplos – o impacto de Donald pode ser sentido em seus números e na potencialização dos números de seus companheiros, afinal, se 3 tentam bloqueá-lo, sobra espaço e poucos bloqueadores pros demais. Ele já é um dos melhores defensores da história da liga e agora mira o terceiro encontro com Russell Wilson na temporada.
Números: 13,5 sacks, 4 FFs, PD, 44 tackles
(Foto: Twitter / Los Angeles Rams)
*Menção Honrosa: Leonard Williams, New York Giants
Linebacker: Devin White, Tampa Bay Buccaneers
Em seu segundo ano na NFL, White mostrou grande evolução e capacidade de ajustar a boa defesa dos Buccaneers. Durante toda a temporada, foi responsável por patrulhar de sideline a sideline e se mostrou muito versátil, exercendo coberturas e aplicando sacks/TFLs. Muito se falou do grande ataque montado para os Bucs, mas é por conta da defesa e do trabalho de White que a equipe teve tanto sucesso na temporada.
Números: 9 sacks, 4 PDs, FF, 133 tackles
*Menção Honrosa: Darius Leonard, Indianapolis Colts
Cornerback: Xavien Howard, Miami Dolphins
As coisas mudam, certo? Na última temporada, muitos ridicularizaram Howard por permanecer numa franquia que parecia implodir em meio aos jogos. Apenas um ano depois, ele figura como o melhor CB da NFL e poderia até mesmo ganhar o prêmio de defensor do ano. Não foi neste ano que os Dolphins chegaram aos playoffs, mas as atuações de Howard garantem muita esperança na defesa da equipe para as próximas temporadas. Somente neste ano, interceptou Wilson, Mahomes e Allen, mostrando que é capaz de defender variados WRs e roubar a bola dos QBs mais badalados da liga.
Números: 10 INTs, 20 PDs, 46 tackles
(Foto: Reprodução Site Oficial/Miami Dolphins)
*Menção Honrosa: J.C. Jackson, New England Patriots
Safety: Budda Baker, Arizona Cardinals
Ainda fugindo do tackle de Metcalf, mais um defensor que não chegou aos playoffs. Budda Baker tem a versatilidade que a posição de safety requer na NFL atualmente, conseguindo exercer funções de coberturas sobre recebedores de diferentes tipos, bem como jogar próximo à linha de scrimmage para conter gaps e pressionar o QB adversário. Hoje, Baker talvez seja o defensive back mais completo da NFL, e merece muito uma vaga na seleção do ano.
PS: Jamal Adams é muito bom, mas enquanto tiver graves problemas em cobrir no fundo do campo, será difícil ser o melhor.
Números: 2 INTs, FF, 2 sacks, 112 tackles
*Menção Honrosa: Justin Simmons, Denver Broncos
Kicker: Jason Sanders, Miami Dolphins
Muitos bons kickers poderiam figurar na seleção, mas optamos por Sanders pelo trabalho absolutamente incrível no aproveitamento de chutes e o impacto disto nas partidas de Miami. Ao todo, superou 90% de acertos e foi decisivo em inúmeros jogos para dar chance aos Dolphins de lutarem por playoffs até a última semana. Com uma ótima defesa e um bom ST, a franquia está pronta para focar 100% no ataque e desafiar os Bills.
Números: 36/39 FGs, incluindo a marca de 8/9 em chutes para mais de 50 jardas, além de acertar todos os XPs.
*Menção Honrosa: Younghoe Koo, Atlanta Falcons
Treinador: Kevin Stefanski, Cleveland Browns
Antes da temporada 2017, o ex-HC dos Browns Hue Jackson prometeu tomar um banho no gelado Lake Erie se tivesse um recorde pior que 2016 (1-15). Após uma campanha 0-16, a maior alegria dos torcedores dos Browns foi ver o HC congelando ao cumprir a promessa.
Hoje, apenas três temporadas depois, Stefanski transformou o time em um 11-5 com méritos, conquistando uma vaga nos playoffs e surgindo como uma das boas forças da conferência. O trabalho incrível do HC em seu primeiro ano gera expectativas para a sequência dos Browns, após muito tempo sem qualquer sucesso. Com um ataque dinâmico e explosivo (mesmo perdendo o WR1), a equipe de Cleveland tem a cara de seu head coach, e agora sonhar em derrubar o rival Pittsburgh Steelers para seguir fazendo história.
(Foto: Reprodução Twitter/Cleveland Browns)
*Menção Honrosa: Ron Rivera, Washington Footbal Team
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