O Washington Redskins continua unido em busca de algo complicado: justificar a contratação do linebacker Reuber Foster, que assinou com a franquia logo após ser dispensado pelo San Francisco 49ers como consequência de sua prisão no último sábado (24), na Flórida, sob a alegação de violência doméstica. Nesta quinta-feira (29), a responsabilidade ficou com o vice-presidente sênior do time, Doug Williams, segundo quem os Redskins estão unidos em relação à contratação.

“Temos pessoas que estão em locais muito, muito, muito, muito mais alto e fizeram coisas muito piores, se você olha de uma forma realista. Ele eles ainda estão por aí. Isso é uma coisa pequena (quando comparada com) muita coisa por aí. Mas, ao mesmo tempo, isso é um grande problema nos Estados Unidos atualmente, seja no futebol americnao ou fora, seja na vida cotidiana ou não, seja na política ou não, isso está por aí”, garantiu Williams em participação no programa The Team 980.

Washington selecionou Foster pelo processo de waivers na terça-feira, três dias após a prisão e dois dias após a dispensa dos 49ers. Atualmente, o defensor está em uma lista restrita da NFL por conta de sua situação judicial e não pode jogar ou sequer treinar. Na quarta-feira, ele foi ao centro de treinamento da franquia, passou pelos tradicionais exames médicos e reuniu-se com os dirigentes.

Williams referendou, em sua participação semanal no The Team 980, as afirmações feitas na véspera pelo técnico Jay Gruden, segundo quem era claro que os Redskins seriam criticados pela contratação. “Ele é um jovem jogador. Cometeu um erro ou dois. No fim do dia, decidimos arriscar e conviver com isso (…) na maioria, trata-se de um jovem atleta, um jovem que se envolveu em problemas e queremos descobrir o que ocorreu. Vamos deixar o processo correr e ir até o final”, garantiu o técnico.

De acordo com o vice-presidente, tal posicionamento está correto, mas ele aproveitou para tentar justificar o polêmico acordo com o defensor. “Basicamente, estamos fazendo uma aposta de alto risco. O alto risco era o beat-up (críticas) que receberíamos do ponto de vista de relações públicas. Entendemos isso do ponto de vista de relações públicas, e aceitamos”, defendeu ele antes de minimizar a necessidade de qualquer diálogo com os ex-companheiros de Foster (em Alabama) que estão com Washington.

“Não é como se fossemos conversar com os cinco. Falamos com dois que o conhecem bem. Não que isso isso seja decisivo em fazermos a contratação ou não; só estamos procurando insights sobre um jovem”, resumiu o dirigente. Williams terminou a fala negando qualquer decisão precipitada. “Houve muito pensamento nisto. Não foi algo que veio em um momento. Nos reunimos, conversamos sobre a situação, sabíamos que era uma situação de risco-benefício”, concluiu o vice-presidente.

Crédito das imagens: Divulgação/Site San Francisco 49ers