Ranking de General Managers da NFL 2020
Elencamos do pior ao melhor na posição mais importante das franquias na hora de tomar decisões
Qualquer franquia de sucesso na NFL tem, na posição de General Manager, uma pessoa realmente estratégica, capaz de tomar decisões difíceis e que vão impactar não só sua franquia, mas a história do jogo. Assim, optamos por fazer um ranking e explicar um pouco sobre os GMs que, às vezes, passam um pouco despercebidos tanto no sucesso quanto no fracasso.
Contudo, não é fácil analisar e comparar os diretores da NFL. Isto porque alguns estão no cargo há muitos anos, e outros fizeram apenas uma offseason e Draft com o poder de decisão.
Então, para tentarmos ser justos, estebelecemos um critério: vamos colocar na balança as decisões mais impactantes, como construção do elenco, draft, trocas de jogadores e contratação (se houver) de head coach, tendo como marco inicial o primeiro dia da offseason 2019. Ou seja, todas as decisões que vieram logo após o título do Philadelphia Eagles sobre o New England Patriots no Super Bowl LII, que encerrou a temporada 2018.
Ah, um ponto importante é que excluímos os GMs que estão no cargo por apenas uma offseason, já que a amostragem é pequena demais para conseguirmos analisar suas ideias e até mesmo as consequências de suas decisões. Isto exclui Joe Douglas (Jets), Bill O’Brien (Texans), Andrew Berry (Browns) e Ron Rivera (Washington), mas também vamos analisar estes.
(Foto: Reprodução Twitter/Kansas City Chiefs)
1) Brett Veach (Kansas City Chiefs)
É fácil dar o título de melhor GM ao atual campeão? Sim, mas o peso do Super Bowl conquistado na última temporada não foi o que mais contou para Veach ser o líder do ranking. Na verdade, ele talvez sequer figurasse entre os cinco melhores se não fossem os últimos acontecimentos. As renovações de Patrick Mahomes e Chris Jones foram cartadas de mestre, mostrando comprometimento em tentar ao máximo repetir a glória dos últimos dois anos. Dos 24 jogadores que iniciaram o último Super Bowl pelos Chiefs, 22 estão de volta, além de um Draft muito bem feito em 2020 para aumentar as chances do bi.
2) John Lynch (San Francisco 49ers)
A construção do time dos 49ers passa diretamente pela ótima atuação de Lynch no mercado. Além de Dee Ford, o GM conseguiu construir uma linha defensiva única com o draft de Nick Bosa. Vale apontar ainda a troca por Kwon Alexander e Emmanuel Sanders, mesmo que este tenha saído, porque tornaram o time bem mais competitivo e deram chances reais de título. A manutenção dos treinadores é outro ponto a se comemorar. No Draft 2020, adições pontuais em posições de necessidade, o que faz de Lynch um vice de respeito nesta lista.
3) Mickey Loomis (New Orleans Saints)
Os Saints fizeram dois Drafts interessantes recentemente, reforçando sua linha ofensiva que necessitava de jogadores mais jovens. Além disto, não perdeu nenhum jogador de impacto, pelo contrário, adicionou Jared Cook, TE que contribuiu bastante na segunda metade da temporada passada. Na Free Agency, a busca por Sanders fez o time ter uma opção a Michael Thomas, o que era bem necessário no ataque. Mais uma vez, Loomis dá um time com jeito de campeão, mas será que os Saints conseguem chegar lá?
4) Kevin Colbert (Pittsburgh Steelers)
O primeiro nome que pode gerar polêmica no ranking é do GM dos Steelers. Colbert, pra mim, tem muitos méritos em decisões impactantes, e por isso merece o reconhecimento. Diante de um jogador que perdeu a noção da realidade, o GM conseguiu duas escolhas de Draft e se livrou de Antonio Brown. Logo após, subiu no Draft 2019 para selecionar Devin Bush, que mudou a forma da defesa se portar em campo. Para completar, cedeu sua first pick em 2020 e trouxe Minkah Fitzpatrick, o que colocou a defesa da franquia entre as 5 melhores da liga. Com um pouco de sorte, seu ataque se manterá saudável em busca do terceiro título na era Colbert. Mas já aviso: para permanecer entre os melhores no próximo ano, o GM precisa encontrar o substituto de Big Ben.
5) Eric DeCosta (Baltimore Ravens)
O rival da AFC North vem logo atrás, com um trabalho para dar muito orgulho. DeCosta não participou da seleção de Lamar, mas assumiu logo em seguida e vem exercendo a função com qualidade. Em 2019, adicionou Earl Thomas e Mark Ingram, presenças veteranas que foram muito importantes no domínio que o time teve dentro de sua conferência. No Draft, buscou Marqise Brown, que demonstrou alguns bons momentos na rookie season. Não satisfeito, trouxe Marcus Peters e, recentemente, adicionou Patrick Queen e JK Dobbins. Mais uma vez, não vai ser fácil vencer os Ravens, e isto passa diretamente por DeCosta.
6) Howie Roseman (Philadelphia Eagles)
O arrojado GM dos Eagles já tem lugar na história do time, por ter formado a equipe que venceu o SB. Contudo, para este ranking, a vitória mais emblemática da Philadelphia não será contabilizada. Por que, então, manter Roseman tão alto? Movimentos inteligentes no mercado são uma marca deste GM. Além de encontrar o promissor Myles Sanders no Draft, Roseman conseguiu manter Jason Peters no elenco, adicionar seu sucessor no Draft 2019 e, neste ano, endereçou as posições de WR e CB, que a franquia desesperadamente precisava. Este ano, inclusive, devemos ver no campo um dos movimentos de Roseman que passaram despercebidos: Malik Jackson volta de lesão e deve fazer uma dupla incrível com Fletcher Cox.
7) Chris Ballard (Indianapolis Colts)
Logo no início do trabalho de Ballard, Andrew Luck não suportou as dores e se aposentou. Perder o quarterback (e melhor jogador do time) e seguir competitivo é sinal de muita competência. A jovem defesa ganhou a adição de DeForest Buckner, um luxo que Ballard quis pagar tendo em vista o cap disponível. No Draft, a adição de um ótimo recebedor pode impactar a forma como o time distribuirá o jogo aéreo, sem falar na contratação de Philip Rivers, que merece um pouco mais de respeito do que as pessoas dão a ele. Com jogadores importantes para renovar nos próximos anos, Ballard vai precisar de criatividade para se manter entre os melhores.
8) John Scheider (Seattle Seahawks)
Se fôssemos considerar somente as escolhas de Draft, Scheider não estaria aqui. Em que pese tenha sido uma parte importante na criação da Legion of Boom, o GM não conseguiu selecionar jogadores para dar sequência nas vitórias. Mesmo assim, vale mencionar a adição de Metcalf, no Draft 19, e de Clowney, através da free agency. O maior acerto, contudo, foi a renovação de Russell Wilson, jogador que dá toda e qualquer chance de sucesso para os Hawks. Por ter isto, a troca de Jamal Adams não é negativa, mesmo que sejam 2 escolhas de primeira rodada em um safety.
9) Jon Robinson (Tennessee Titans)
O Draft de 2019 dos Titans foi um dos melhores na minha opinião. Quase finalizando o top 20, o time “roubou” o talento de Jeffery Simmons, um verdadeiro monstro que vai ajudar muito na DL. Ainda, encontrou seu recebedor número 1 em AJ Brown no dia seguinte. A contratação de Arthur Smith para a vaga de Matt LaFleur na coordenação ofensiva foi um upgrade, e o time foi capaz de desenvolver Derrick Henry e resgatar o futebol de Ryan Tannehill. Por fim, renovou com ambos, o que garante alguns anos de estabilidade. O único ponto que vejo como negativo foi a troca de Jurrell Casey para os Broncos, porque acho que poderia ter conseguido algo melhor que apenas uma escolha de sétima rodada.
10) John Elway (Denver Broncos)
É até incrível ver um time com três anos de campanha negativa seguida estar com seu GM no top 10. Mas, olhando o que Elway fez nos últimos dois anos, é justo. Em 2019, ele conseguiu duas escolhas de metade do draft por Sanders, que tinha meio ano de contrato. Além disto, trouxe Vic Fangio para a vaga de Vance Joseph, um claríssimo upgrade na CT – Munchak como treinador da OL também vale destaque. No Draft, acertou em cheio na seleção de Dalton Risner, com Noah Fant e Drew Lock parecendo bons valores a se desenvolver. Este ano, utilizou escolha baixas de Draft para trazer Casey e AJ Bouye, bem como encontrou seus recebedores para muitos anos. Críticas? A falha em renovar com Justin Simmons e na busca por um verdadeiro LT titular, o que não tira o mérito do histórico QB.
11) Les Snead (Los Angeles Rams)
Mais um tima da NFC West bem colocado neste ranking. Snead já está no cargo há bastante tempo, mas vamos às movimentações nos últimos anos: trocou Peters para Baltimore, buscando Jalen Ramsey dos Jaguars. No Draft, somando os dois últimos, há valores muito interessante em Taylor Rapp, Cam Akers e Van Jefferson. O corte de Todd Gurley foi bastante estratégico, apesar de provavelmente ter sido difícil de ser feito. A franquia não selecionar na primeira rodada não tem tirado sua competitividade, então dá pra dizer que a estratégia de Snead tem dado certo.
12) Brandon Beane (Buffalo Bills)
Uma das franquias que parece ter o futuro mais brilhante é justamente a comandada por Beane, que vem acertando muito desde que chegou. A construção da atual linha ofensiva tem muito do GM, que apostou em Cody Ford em 2019 após o acerto de draft Ed Oliver. O grande desafio de Beane será conseguir as renovações com White, Milano, Edmunds, todas peças defensivas importantes ainda em contrato de calouro. Este ano, a adição de Diggs dá uma nova arma a Allen, enquanto Epenesa pode ser um steal grande na segunda rodada.
13) Mike Mayock (Las Vegas Raiders)
Há algo de bom nos Raiders? Sim, e atende pelo nome de Mike Mayock. O ex-comentarista chegou justamente no início de 2019 e coleciona uma série de acertos. Adquirir AB foi um acerto à época, assim como ter cortado ele após sua postura horrível, situação que um GM rookie conduziu muito bem. Na Free agencys, o time adicionou Trent Brown, Richie Incognito, Darren Waller, Lamarcus Joyner, Corey Littleton. No Draft 19, o GM foi tão bem que muitos analistas tratam como a melhor classe da década. No deste ano, algumas seleções interessantes que podem contribuir desde o primeiro dia. Se os Raiders chegam em Vegas com qualidade em alguns setores, isto tem a assinatura de Mayock.
14) Steve Kiem (Arizona Cardinals)
Este é um caso daqueles que, se considerássemos maior lapso de tempo, o GM estaria mais abaixo. Mas em 2019 Kiem corrigiu o erro de HC e QB cometidos no ano anterior, trazendo Kingsbury e Murray para as respectivas lacunas. São várias as aquisições que merecem apenas elogios, com destaque para a troca por DeAndre Hopkins, um dos melhores WRs da liga. Nos Drafts, além do QB, encontrou Isaiah Simmons, um polivalente defensor. Vale destacar que o time adicionou Jordan Phillips na Free Agency, o que deve auxiliar bastante sua DL. A crítica que existe aqui é bastante clara: não deveria Kiem ter dado mais atenção à linha ofensiva? Isto pode custar uma vaga entre os sete melhores da NFC.
15) Bill Belichick (New England Patriots)
O torcedor dos Patriots não está acostumado a ver seu time tão abaixo em qualquer tipo de ranking, mas a realidade é justamente esta. Atualmente, parece que o head coach Belichick acaba salvando escolhas terríveis que o General Manager Belichick faz. Nos últimos Drafts, apenas Chase Winovich parece capaz de impactar o jogo, enquanto os períodos de free agency são marcados mais por perdas significativas nos dois lados da bola do que essencialmente em aquisições. A chegada de Cam Newton consola, mas não parece resolver os vários problemas ofensivos que há na equipe. Ele fica na primeira metade porque, no tempo considerado pro ranking, ele ainda foi capaz de conquistar mais um anel.
16) Tom Telesco (Los Angeles Chargers)
Honestamente, é difícil entender o que acontece com os Chargers. O time, no papel, é muito bom, mas nunca consegue atingir resultados. Telesco vem fazendo um trabalho interessante, adicionando sempre bons valores defensivos e confiando, até então, no franchise QB que tinha. Agora, três questões ficam sem resposta: quem será o quarterback para este ano? Herbert vai conseguir se desenvolver? Quem será capaz de exercer a função de LT? Ainda que o time tenha melhorado bastante o lado direito da OL, o lado esquerdo para com muitos problemas, e isso nunca é positivo quando Von Miller joga na sua divisão. Com mais perguntas que respostas, Telesco fecha a primeira metade.
17) Jerry Jones (Dallas Cowboys)
Um dos personagens mais marcantes da NFL é o dono/general manager dos Cowboys, Jerry Jones. Eu me nego a colocar ele mais alto pelo tempo inacreditável que ele demorou para se convencer a mandar Jason Garrett embora. Ainda que o Draft deste ano tenha sido muito bom, Jones não consegue formar um time realmente capaz de vencer. Um dos grandes problemas da offseason ficou pendente: Dak Prescott não renovou, e o time pode se ver sem ele a partir do próximo ano. A opção de tratar (e pagar) Amari Cooper como um verdadeiro WR 1 também não pesa a favor, afinal, o jogador parece brilhar apenas contra as equipes mais fracas – assim como seu QB.
18) Rick Spielman (Minnesota Vikings)
Se eu pudesse considerar o primeiro contrato de Kirk Cousins, colocaria este GM entre os últimos. Como houve até uma renovação, vamos deixá-lo na posição 18. Spielman é um dos que exerce o cargo há mais tempo, o que não significa exatamente competência. Seu maior acerto recente é a renovação com Mike Zimmer, head coach capaz de seguir o ótimo trabalho defensivo da franquia. Obter uma primeira rodada por Diggs foi ótimo, assim como o Draft 2020, mas o time ainda parece carecer de talento puro para desbancar os concorrentes de conferência. A janela dos Vikes parece ter fechado, e isto passa diretamente por seu GM.
19) Jason Licht (Tampa Bay Buccaneers)
Como que o GM que tirou Brady dos Patriots está apenas na posição de número 19? Bem, porque ele fez isto com uns 8 anos de atraso. Apesar de multicampeão, o eterno 12 de New England não vem de uma boa temporada, não sendo garantia de sucesso. Licht tem muito mérito em atrair, bem como Gronk, mas demorou demais para se desfazer do disfuncional Jameis Winston, o que lhe custou alguns anos de sucesso. Na defesa, conseguiu montar um front interessante, mas ainda precisa de talento na secundária. Se fôssemos colocar no ranking pela expectativa, os Browns eram primeiros colocados todo ano, certo?
20) Brian Gutekunst (Green Bay Packers)
Aqui, outra torcida que não está acostumada a estar longe do topo. Contudo, o trabalho de Gute traz mais dúvidas do que certezas, tendo como premissas algumas verdades questionáveis. Em 2019, seu grande acerto: Za’Darius Smith. A busca do edge mudou a forma da defesa pressionar, e foi de longe a melhor aquisição da NFL na free agency daquele ano. Depois disto, entretanto, há seleção de Rashan Gary, sem falar na incapacidade de resolver o problema do jogo terrestre e do Draft péssimo em 2020. Arriscar em Jordan Love antes de dar uma equipe competitiva a Aaron Rodgers é algo que eu acredito que será motivo de muito arrependimento. No futuro breve, há renovação de Bakhtiari, Clark e Aaron Jones. Gute vai conseguir manter seus talentos?
21) Thomas Dimitroff (Atlanta Falcons)
Ser o melhor GM da história dos Falcons mostra que Dimitroff tem méritos. Mas, nos últimos anos, o GM parece perdido em praticamente todos os movimentos. Aquisições questionáveis em posições altas nos Drafts colocam seu futuro em jogo inclusive. Além disto, na FA, nomes que parecem estar longe de seu auge chegaram, como Todd Gurley e Dante Fowler, o que não dá qualquer confiança na equipe. Às vésperas do início da temporada, a equipe não parece melhor do que aquela que terminou a última, e isto pesa negativamente para Dimitroff.
22) Chris Grier (Miami Dolphins)
Aqui vale uma ressalva importante: apesar de ter o título de GM desde 2016, Grier só passou a decidir mesmo os rumos da franquia a partir de 2019, quando a ferida Adam Gase foi curada. Assim, seu primeiro ato foi contratar Brian Flores, head coach que parece fugir à regra de insucessos daqueles que saem das asas de Belichick. No Draft, contudo, pouco ou quase nenhum acerto – Wilkins parece o único que será válido. A troca de Minkah parece ter sido melhor para os Steelers e, somente neste ano, o Draft parece ter sido um pouco melhor. Este GM pode subir muito no ranking em breve, mas, hoje, depende de um grande sucesso de Tua para isto.
23) Ryan Pace (Chicago Bears)
A aquisição de Nick Foles é muito questionável, principalmente nos valores contratuais herdados de Jacksonville. A equipe teve um 2018 muito sólido, mas se perdeu desde então. O óbvio problema na posição de QB parece ainda ser um problema, enquanto a defesa viu jogadores interessantes saindo, como Amukamara e Amos. A linha ofensiva perdeu força e, das últimas seleções, somente David Montgomery parece ter um futuro. Ah, enquanto você lia este texto, eles devem ter assinado com mais um tight end.
24) David Caldwell (Jacksonville Jaguars)
Desde que assumiu em 2013, nenhuma equipe na NFL teve um recorde pior que os Jaguars, o que fala muito do trabalho de Caldwell. Considerando apenas os últimos dois anos, ele perdeu seu melhor jogador de linha e de secundária, sem falar na insatisfação de Yannick Ngakoue em ficar no clube. No ataque, Minshew vai ter a chance de ser um grande acerto, afinal é ótimo achar seu QB na sexta rodada, mas, fora isto, não há muitos acertos ofensivos também. Caldwell é um dos grandes candidatos a seguro-desemprego em 2021. Vale ressaltar o bom draft em 2019, ainda que seja muito pouco num trabalho tão negativo.
25) Mike Brown (Cincinnati Bengals)
O dono/GM dos Bengals tem na herança familiar o mais alto pedigree e isto, em termos de sucesso, não significa absolutamente nada. A franquia de Ohio vem sofrendo há anos e tem várias escolhas erradas recentemente. Neste ano, parece ter encontrado o QB para o futuro, mas precisa dar armas para que isto seja uma realidade. A linha ofensiva precisa de atenção, mesmo com a seleção de Jonah em 2019. Na defesa, muitas contratações de risco, o que pode comprometer o trabalho de toda a equipe este ano.
26) Dave Gettleman (New York Giants)
Depois de dois anos, finalmente consegui ver coerência e inteligência no Draft dos Giants, o que não é suficiente para elevar seu GM. Gettleman ainda precisa construir uma equipe, algo que parece muito longe da competitividade no momento. A restruturação da OL parece um acerto, ainda que a defesa sofra demais com as escolhas de seu diretor. A grande aposta é trazer Leonard Williams de volta à posição de DT, e ver se consegue extrair o melhor dele. Ainda que em 2020 tenha dado sinais de melhora, a adição de Blake Martinez ainda é muito pouco para confiarmos no GM.
27) Marty Hurney (Carolina Panthers)
Outro em vias de ser demitido é o GM dos Panthers, que não tem muitos motivos para comemorar. Ainda que o Draft de 2020 tenha parecido interessante, alguns movimentos são muito arriscados e podem custar o emprego de Hurney. Teddy Bridgewater nunca se mostrou um QB realmente confiável, mas ganhou um grande contrato. A troca para trazer Russell Okung pareceu uma derrota, enfraquecendo o miolo da linha. Mais uma vez, a franquia vai precisar extrair tudo de McCaffrey, e desta vez sem Kuechly para assegurar na defesa.
28) Bob Quinn (Detroit Lions)
O grande perdedor do ranking é o general manager dos Lions que, no período, não conseguiu uma adição significativa para a franquia. Com muitos jogadores ex-Patriots, os Lions parecem perdidos com seu head coach, e Quinn não consegue oferecer uma resposta válida. Nesta offseason, trocou Slay para os Eagles, que parecem ter vencido a troca. De positivo, a chegada de Okudah, que parece realmente pronto para sofrer como tantos outros talentos que jogam “sozinhos” em Detroit. Se a dupla Quinn/Patricia estiver no comando após 2020, o time surpreendeu e foi aos playoffs ou simplesmente desistiu de tentar vencer.
MENÇÕES HONROSAS:
Joe Douglas: O diretor dos Jets vem fazendo um trabalho muito interessante, que só vai melhorar efetivamente no campo quando ele demitir o head coach Adam Gase. No Draft 2020, só acertos e uma base interessante para os próximos anos. Conseguir 2 escolhas de primeira rodada, uma de terceira, um jogador e economizar milhões no safety Jamal Adams foi uma vitória.
Ron Rivera: Só de ajudar a franquia de Washington a mudar de nome, eu já gosto de Rivera. Contudo,o trabalho que ele terá na capital parece muito intenso, tendo de modificar não só o nome, mas um cultura terrível instalada dentro da franquia. Quanto ao time, parece ter se formado uma linha defensiva muito boa, mas ainda pairam muitas dúvidas sobre o ataque.
Andrew Berry: O novo GM dos Browns chega com a mesma missão dos últimos 40: tornar a franquia respeitável. A expectativa sempre é muito grande, mas o time gosta de decepcionar. Só de vestir a camisa de Cleveland, Odell não pega a bola nem com as duas mãos, de tão prejudicial. O draft, contudo, foi certeiro ao dar mais proteção a Mayfield/Chubb, e agora se esperar que bons frutos venham disto (de novo).
Bill O’Brien: Por último, o último. Este é aquele caso que você só escreve porque o editor-chefe manda, já que nada bom pode ser dito sobre este cidadão. A troca de Hopkins foi a mais vergonhosa que já vi. Ao longo dos últimos anos, os maiores talentos estão indo embora, restando apenas as âncoras Watson e Watt. O’Brien parece destrutivo demais para que qualquer estrela consiga brilhar, e deve conseguir prejudicar ainda mais os Texans logo, logo.