Proprietário do New York Jets é acusado por comentários sexistas e racistas
Woody Johnson também é investigado por usar sua posição como embaixador dos EUA no Reino Unido para interesses pessoais em benefício ao presidente Donald Trump
O dono do New York Jets, Woody Johnson, vem sendo investigado pela corregedoria da Secretaria de Estado americano após alegações de que ele fez comentários racistas e sexistas, além de usar sua posição como embaixador dos EUA no Reino Unido para interesses pessoais em benefício ao presidente Donald Trump, de acordo com uma reportagem da CNN nesta quarta-feira (22).
A emissora relata que a investigação do inspetor-geral parecia se concentrar principalmente nas alegações de que Trump pediu a Johnson para ajudar a realocar o British Open do PGA Tour, torneio de golfe, para uma das propriedades do presidente, e que não está claro quanto foco foi dado aos supostos comentários de Johnson.
O proprietário dos Jets teria feito comentários racistas sobre homens negros e questionou o objetivo do Mês da História Negra. Ele argumentou que os pais negros não permanecem com suas famílias, chamando isso de “verdadeiro desafio”.
A CNN também informou que Johnson comentaria as aparências das mulheres na embaixada e nos eventos públicos e disse que preferia trabalhar com mulheres “porque eram mais baratas e trabalhavam mais”.
O primeiro veículo que noticiou o caso foi o New York Times na última terça-feira (21), quando Johnson disse a colegas em fevereiro de 2018 que Trump pediu que ele tentasse garantir um Open Championship no resort Turnberry Trump, na Escócia. O jornal informou que o executivo levantou a questão com o secretário de Estado da Escócia, mas nenhum Open foi programado no resort do presidente.
Uma fonte familiarizada com o inquérito disse à CNN que os investigadores se concentraram nos esforços de Johnson para usar sua posição para influenciar os negócios de Trump. Ele foi confirmado como embaixador em agosto de 2017, com previsão de término ainda neste ano.
Sobre o caso, o dono da franquia nova-iorquina não as negou e disse que era uma “honra de uma vida” servir como embaixador.
Um porta-voz do Departamento de Estado disse à CNN que: “apoia o embaixador Johnson e esperam que ele continue a garantir que nosso relacionamento especial com o Reino Unido seja forte”. A Casa Branca não comentou as alegações quando questionada pela rede. A NFL está ciente da reportagem e enviou perguntas ao Departamento de Estado, disse um porta-voz da liga.
Johnson, que comprou a equipe em 2000 por US$ 635 milhões, não teve um papel ativo com os Jets desde que assumiu o cargo de embaixador. Seu irmão mais novo, Christopher Johnson, que é proprietário minoritário, assumiu o cargo de presidente e CEO dos Jets e tem lidado com as operações diárias da equipe.
Foto: Reprodução / Site Oficial New York Jets