PRÉVIA NFL 2022: #30 Houston Texans
Mais um ano de uma longa reconstrução que ainda parece ter muito pela frente
Estamos em obras. Esse é o lema do Houston Texans, que ainda busca se reconstruir depois da devastação que foi o fim da passagem de Bill O’Brien e o fim da novela Deshaun Watson, que acabou por render as escolhas que os Texans queriam. Agora eles podem seguir em frente sem sobressaltos e com menos polêmicas extra-campo.
Isso não extingue o time de precisar de um moroso processo que ainda deve demorar alguns anos para sua plena recuperação, que começa com um técnico veterano na figura de Lovie Lee Smith, ou simplesmente Lovie Smith.
O técnico está longe dos brilhos do fim dos anos 2000, quando até levou o Chicago Bears ao Super Bowl e a uma final de conferência em 2010, porém ainda é o tipo de treinador que não deve gerar grandes tensões no vestiário e trazer alguma calmaria à defesa da equipe, que ainda precisa de estabilização depois de perder vários nomes nos últimos anos. Smith inclusive era o coordenador defensivo de Houston até a temporada passada e substitui David Culley, que foi o head coach por apenas um ano.
O quarterback segue sendo o jovem Davis Mills, que foi uma escolha de terceira rodada no Draft de 2021 e busca afirmação, para mostrar que pode ser o comandante das tropas no futuro da franquia. Suas pouco mais de 2.500 jardas de passe e um currículo de 16 TDs e dez interceptações não enchem os olhos, porém ele deve ter sua primeira temporada completa com a equipe e seu primeiro training camp com mais repetições com os titulares, o que deve melhorar seus números e assim dar um melhor diagnóstico sobre o que time possui nas mãos para o futuro.
Os Texans vêm de uma campanha de 4-13 e ficaram apenas atrás do Jacksonville Jaguars na Divisão Sul da Conferência Americana e do Detroit Lions, que foi o último na Conferência Nacional. A equipe teve muitas lesões e passou longe de ter qualquer estabilidade ao longo de 2021. Em 2022, não se deve esperar voos mais altos, o objetivo é “tankar” mesmo e vencer não está nos planos.
No fim, se Mills for mal e a equipe tiver uma das grandes escolhas do Draft de 2023, deve estar firme na briga pelos top prospects da posição da próximas classe de quarterbacks, em Bryce Young e CJ Stroud, e assim dar uma guinada nos rumos da franquia.
(Foto: Reprodução Twitter/Around The NFL)
Principais chegadas: Os Texans foram discretos no mercado e como se era de esperar, não eram o destino de grandes jogadores. As adições foram apenas de veteranos em baixa em suas posições. O cornerback Desmond King vem para tentar reviver sua carreira depois de anos ruins com Chargers e Titans e tenta liderar uma defesa que busca se rejuvenescer. Justin Britt é o novo center experiente de uma linha ofensiva que há anos convive entre as piores da liga e só caiu de nível desde que Laremy Tunsil se tornou figura constante no departamento médico do time. Vale citar também o running Marlon Mack.
Principais saídas: Neste tópico basicamente podemos abordar apenas um nome: Deshaun Watson, o quarterback que norteou a franquia nos últimos anos em seus bons e maus momentos, finalmente deixou o time e em que pese sua perda, a compensação foi alta com três escolhas de primeira rodada de Draft, além de duas quarta rodadas e uma terceira, o que dará bases para a equipe escolher seu futuro. De toda forma, por tudo que causava tanto dentro quanto fora da franquia, a saída de Watson foi o melhor desfecho para todos os envolvidos.
Pontos fortes: Paciência. Eu sei que isso pode parecer um pouco estranho para quem nos lê, mas a equipe não tem pressa para quase nada. Com um GM de uma escola notavelmente conhecida por pensar fora da caixa, um técnico experiente e um QB jovem, os Texans basicamente estão numa ilha de brinquedos quebrados a buscar alguma coisa com a qual possam se agarrar além de escolhas de Draft. Depois de torrar mundos e fundos na era Bill O’Brien, a franquia parece estudar cautelosamente cada passo. Como o que Houston menos quer é vencer e isso não parece ser um problema para os donos dos três empregos acima, o time navega em águas tranquilas e quer mesmo é descobrir novos talentos para o futuro.
Pontos fracos: A secundária foi um ponto de preocupação ao longo da offseason dos Texans, tanto que os poucos investimentos em novos jogadores foram justamente no setor na free agency e duas das três primeiras escolhas do Draft de 2022 foram neste setor. O problema para a equipe é que por mais promissor que pareça Derek Stingley Jr. e Jalen Pitre valha uma aposta na segunda rodada, a posição de defensive-back é uma das de mais difícil transição do college para o profissional. O time que enfrentará uma divisão não tão forte assim espera que os reforços correspondam e melhorem esse setor que foi uma catástrofe em 2021.
Calouro para ficar de olho: As atenções estarão em Derek Stingley Jr. e sua escolha número 3 no último Draft levam a crer nisso, mas o calouro que pode brilhar é muito menos pomposo. Estou falando de Christian Harris. O ex-linebacker de Alabama vem para ser uma presença física no meio do campo e também sabe pressionar o quarterback teve 5,5 sacks na sua última temporada com a Crimson Tide. O jogador pode ser uma boa surpresa nos Texans em 2022 e auxiliar na marcação no meio do campo e no jogo terrestre.
Campanha em 2021: 4-13
Projeção para 2022: 2-15
Técnico: Lovie Smith (primeiro ano como head coach)
Briga por: A primeira escolha do próximo Draft
TABELA 2022
Semana 1: Colts (casa)
Semana 2: Broncos (fora)
Semana 3: Bears (fora)
Semana 4: Chargers (casa)
Semana 5: Jaguars (fora)
Semana 6: bye week
Semana 7: Raiders (fora)
Semana 8: Titans (casa)
Semana 9: Eagles (casa)
Semana 10: Giants (fora)
Semana 11: Commanders (casa)
Semana 12: Dolphins (fora)
Semana 13: Browns (casa)
Semana 14: Cowboys (fora)
Semana 15: Chiefs (casa)
Semana 16: Titans (fora)
Semana 17: Jaguars (casa)
Semana 18: Colts (fora)
POWER RANKING THE PLAYOFFS 2022
Houston Texans: posição 30
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Alex Torrealba, Fabio Garcia, Fernando Ferreira, André Amaral, José Ferraz, Lucas Oliveira e Luis Felipe Saccini. Os seis deram notas de 5 a 10 para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32.