PRÉVIA NFL 2021: #27 New York Giants
Com uma defesa cheia de boas peças e diversas armas ofensivas, 2021 é o ano derradeiro para Daniel Jones e Dave Gettleman nos Giants
A temporada de 2021 da NFL para o New York Giants deve definir o futuro da franquia pelo próximos tempos. O ano será o derradeiro para dois nomes constantemente falados pela imprensa nova-iorquina, conhecida por ser a mais crítica dos EUA: o general manager do Big Blue, Dave Gettleman, e o quarterback titular da equipe, Daniel Jones. Ambos estarão extremamente pressionados por resultados que, aos menos, projetem um futuro melhor para o time.
O GM foi o fiador da escolha no Draft e da manutenção de Jones para o seu terceiro ano na liga, no qual o jogador terá que mostrar um salto que garanta ele como under center dos Giants. Caso não mostre alguma evolução na proteção e no cuidado da bola, dificilmente continuará na organização para além de 2022, quando acaba seu contrato de calouro.
Caso isso se concretize, Dave Gettleman não deverá ser mais o líder do front office, já que foi fortemente criticado por escolher o camisa 8 em uma sexta escolha geral do recrutamento de 2019, negligenciando outras necessidades do time no topo do Draft por mais um ano. O próprio havia garantido, pouco tempo depois, que todos iriam ver os motivos que o levaram a selecionar DJ. Porém, desde 2018, quando foi contratado para a função, suas decisões são questionadas, como a escolha de um running back (Saquon Barkley) na segunda pick geral, com bons nomes de QBs, pass rusher e um OL geracional em Quenton Nelson como maiores needs. A troca de Odell Beckham Jr. para os Browns. A contratação de Pat Shurmur como head coach por dois anos. Escolher Andrew Thomas como left tackle na quarta escolha geral do ano passado ao invés de outros três nomes que mostraram estarem mais prontos para a NFL durante a temporada de 2020; entre outras coisas. Daniel Jones seria o ponto final dele em Nova York.
Para garantir o seu trabalho, o general manager resolveu trazer o máximo de jogadores possíveis para municiar “Danny Dimes” e aumentar ainda mais suas chances de subir mais degraus na sua carreira. O New York Giants trouxe o melhor nome de wide receiver disponível na free agency ao contratar Kenny Golladay por quatro anos. Além do WR, o time também trouxe o tight end Kyle Rudolph, e os wideouts John Ross e o calouro produto de Florida Kadarius Toney, escolha de primeira rodada deste ano no Draft, para agregar a um corpo de recebedores que já contava com Darius Slayton e Sterling Shepard, fora ter um grande nome ofensivo como Saquon Barkley, que é um RB que também recebe bem a bola.
A linha ofensiva é uma das questões a serem ainda mais melhoradas. A aposta do treinador principal do New York Giants, Joe Judge, e do seu coordenador ofensivo, Jason Garrett, foi a manutenção da OL com um Thomas em seu segundo ano como LT, Shane Lemieux movido para left guard no lugar de Will Hernandez, que foi colocado como right guard com a saída de Kevin Zeitler, Nick Gates como center e segundanista Matt Peart na extremidade direita. A franquia ainda conta com o tackle Nate Solter retornando do seu opt out de 2020 por conta da pandemia. Contudo, a profundidade dos reservas é algo que não mostra nenhum potencial em caso de lesão.
Se tem algo bom que pode ser dito sobre o elenco dos Giants é a defesa montada pelo coordenador defensivo e assistente de head coach, Patrick Graham, que conseguiu melhorar o que já era bom no ano passado. O time agregou ao elenco o cornerback Adoree’ Jackson, que melhora ainda mais um secundária recheada de bons nomes como James Bradberry, Logan Ryan, Jabrill Peppers e Xavier McKinney para formar, ao menos no papel, uma das melhores unidades de defensive backs da liga. Para o pass rush, Azeez Ojulari chega como um grande steal via Draft para agregar na maior necessidade defensiva do depth chart.
Em resumo, a NFC East segue como a pior divisão da NFL para 2021. Por estar nivelada por baixo, a linha é muito tênue entre uma classificação para os playoffs – que não acontece desde 2016 – e brigar por uma posição top 10 no Draft de 2022 para buscar um possível novo QB com uma das suas duas escolhas de primeira rodada do ano que vem. Tudo de fato irá depender do quanto Daniel Jones será decisivo no seu terceiro ano na NFL, ainda mais com tantas armas para produzir.
(Foto: Reprodução Twitter/New York Giants)
Principais chegadas: Kenny Golladay e Adoree’ Jackson foram de longe o maiores nomes que chegam no New York Giants este ano. No entanto, outros atletas chamam a atenção para agregar ao elenco, como o veterano TE Kyle Rudolph, ex-Vikings, para ser um complemento para Evan Engram, o running back ex-Raiders. Devontae Booker, que chega para ser reserva de Barkley, que ainda se recupera de lesão, e o recordista do 40 yard dash do Combine, John Ross, que tenta se firmar na liga.
Na defesa, o defensive end Ifeadi Odenigbo fará parte da rotação do pass rush. O também veterano Ryan Anderson chega para o corpo de linebackers.
Principais saídas: A maior perda vem no defensive tackle Dalvin Tomlinson, que não ganhou um novo contrato após o término do seu acordo de calouro, justamente por conta do cap pela renovação de Leonard Williams. Tomlinson era um dos líderes da DL e tinha grande atuação no forte do front seven dos Giants de 2020, um dos melhores da liga no run blocking.
Golden Tate foi um veterano recebedor que ganhou um contrato caro de Gettleman, mas nunca rendeu como esperado e também vai embora. Além deles, o RB Devonta Freeman, o LB David Mayo e o guard Kevin Zeitler não tiveram novos contratos e arrumaram novos times na liga.
Ponto forte: Como dito acima, uma das poucas certezas desse time do New York Giants é a seu defesa. O que mais mostra força é realmente a secundária, já que possui uma mescla muito boa de veteranos, jovens e promessas que podem trazer um grande valor para esse time. Se o box do front seven conseguir apressar o passe dos adversários, os DBs da franquia devem fazer uma grande diferença. Se o bom trabalho de Patrick Graham continuar, em breve ele poderá ser um head coach na NFL. Ainda mais que este ano a franquia enfrentará bons ataques e Patrick Mahomes, para quem sabe definir o seu teto de produção contra um grande QB.
Ponto fraco: O que mais pode definir que tipo de time os Giants podem e querem ser nesta temporada é Daniel Jones. O quarterback jogará sob pressão por todo o ano e isso pode afetá-lo tanto positiva quanto negativamente. Porém, o jogador tem que cuidar melhor da bola. Ainda mais com tantas peças fortes entre os playmakers da franquia e uma linha ofensiva capaz de dar tempo para DJ fazer as progressões da rotas. Isso também irá passar pelo trabalho de Jason Garrett como coordenador ofensivo, já que o seu playbook de 2020 não oferecia uma boa gama de jogadas para o ataque. Se Jones não jogar bem, todas as adições ofensivas não têm como produzir.
Calouro para ficar de olho: Azeez Ojulari foi um presente que caiu no colo do New York Giants. O time tinha uma necessidade grande de um jovem pass rusher para impactar na defesa na maior necessidade desse lado da bola. E o produto de Georgia, cotado para sair na primeira rodada, caiu para a segunda e era algo bom demais para se deixar passar, assim como outros bons nomes defensivos que a equipe selecionou no segundo dia anteriormente, como Landon Collins, Dalvin Tomlinson e Xavier McKinney.
O líder de sacks da conferência SEC pelos Bulldogs na temporada passada já mostrou potencial em seu primeiro jogo da pré-temporada da NFL na derrota para os Jets. Em uma jogada contra um dos maiores (em tamanho e peso) e mais fortes left tackles da liga, Mekhi Becton, Ojulari mostrou explosão, velocidade e um bom trabalho de mãos para dar uma volta no OL e fazer o tackle no running back na linha de scrimmage. Caso continue a evoluir, o jovem pode impactar nessa defesa como Jason Pierre-Paul fez nos seus primeiros anos na liga com os Giants ao conquistar o Super Bowl XLVI.
(Foto: Reprodução Site/New York Giants)
Campanha 2020: 6-10
Projeção para 2021: 7-10
Técnico: Joe Judge (desde 2020) – histórico na NFL: 6-10
Briga por: Título da divisão ou uma escolha no top 10 do Draft. Essa linha dependerá de como a NFC East será nivelada, por conta do nível dos rivais de divisão, e o quanto Daniel Jones se provará o QB do futuro do New York Giants.
TABELA 2021
Semana 1: Broncos (casa)
Semana 2: Washington (fora)
Semana 3: Falcons (casa)
Semana 4: Saints (fora)
Semana 5: Cowboys (fora)
Semana 6: Rams (casa)
Semana 7: Panthers (casa)
Semana 8: Chiefs (fora)
Semana 9: Raiders (casa)
Semana 10: Bye Week
Semana 11: Buccaneers (fora)
Semana 12: Eagles (casa)
Semana 13: Dolphins (fora)
Semana 14: Chargers (fora)
Semana 15: Cowboys (casa)
Semana 16: Eagles (fora)
Semana 17: Bears (fora)
Semana 18: Washington (casa)
POWER RANKING THE PLAYOFFS 2021
New York Giants: posição 27
Melhor nota: 7 / Pior nota: 6
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Alex Torrealba, Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, José Ferraz e Luis Felipe Saccini. Os seis deram notas de 5 a 10 para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32.