A temporada 2020 do Cincinnati Bengals foi decepcionante para o torcedor da franquia, que começou o ano empolgado com a seleção do novo franchise quarterback Joe Burrow. Com a grave lesão no joelho esquerdo do então calouro na partida contra o Washington Football Team no final de novembro, restou aos fãs da equipe torcerem por um final de temporada decente.

De fato, a vitória sobre o Pittsburgh Steelers em dezembro – interrompendo uma sequência de 11 jogos sem triunfos sobre o rival – deu ânimo aos Bengals, que agora destinavam toda atenção ao Draft de 2021. A quinta escolha geral permitiu que o time pudesse decidir entre sua grande necessidade e um dos maiores talentos da classe. O left tackle Penei Sewell ou o wide receiver Ja’Marr Chase: qual seria a pick?

Agradando aos torcedores gregos, os Bengals selecionaram Chase e viram Sewell ir para o Detroit Lions. Por sua vez, os torcedores troianos temem que a escolha continue deixando Burrow extremamente exposto no pocket. A divisão entre os fãs continuará até o começo da temporada, quando poderemos ver o duo de LSU em campo, desta vez usando preto e laranja.

Para não dizer que os Bengals não pensam no seu garoto de ouro, a equipe trouxe do Minnesota Vikings o experiente offensive tackle Riley Reiff. E se por algum acaso não selecionaram um jogador de linha ofensiva na primeira rodada, já na segunda a franquia draftou Jackson Carman de Clemson, universidade na qual atuava como left tackle.

Os primeiros dias de training camp dos Bengals mostraram uma insegurança incomum de Burrow e alguns passes que não costumavam sair de suas mãos. Jornalistas que acompanham o dia a dia do time apontam até um visível retrocesso do jogador, em comparação com os treinos da pré-temporada de 2020.

Porém, em entrevista à NFL Network na última semana, Burrow tratou de rebater qualquer dúvida sobre seu aspecto físico ou técnico dizendo que sua segunda semana de training camp foi excelente. E o que foi visto, de fato, foi uma conexão incrível entre Burrow, Chase, Tee Higgins, Tyler Boyd e companhia.

A chegada de Reiff para right tackle, o grato achado que foi Trey Hopkins como center na última temporada e uma virtual temporada saudável de Jonah Williams podem dar a Burrow o tão sonhado pocket limpo para acionar seu incrível e promissor corpo de recebedores. Certamente a “Who Dey Nation” está ansiosa para ver tantos talentos ofensivos juntos.

(Foto: Reprodução Twitter/Cincinnati Bengals)

Principais chegadas: Além dos já citados Reiff e Chase, os Bengals abriram o bolso e foram atrás de peças para a defesa. Um dos destaques da última temporada, o defensive end Trey Hendrickson assinou um contrato de quatro anos no valor US$ 60 milhões para trazer maior solidez à linha defensiva da equipe, que perdeu peças importantes no último ano. Além do defensive end ex-New Orleans Saints, os Bengals também assinaram com os cornerbacks Chidobe Awuzie e com Mike Hilton, que deve ser usado como nickelback nas formações da equipe.

Principais saídas: A offseason dos Bengals foi dura para os torcedores mais nostálgicos da equipe com a saída de ídolos de longa data como o defensive tackle Geno Atkins e o running back Giovani Bernard. Outro grande nome da equipe nas últimas temporadas, o edge Carl Lawson deixou a franquia e foi para o New York Jets.

Ponto forte: Sem dúvidas, o ataque aéreo dos Bengals tem tudo para ser um dos melhores da NFL. Burrow terá a sua disposição Chase, que já foi seu companheiro de time em LSU e o ajudou a levar à universidade ao título nacional no início de 2020. O quarterback também terá o segundanista Higgins, que mostrou em sua temporada de calouro uma química ímpar com o signal caller e manteve boas atuações durante a ausência de Joey B.

Boyd, por sua vez, é visto por muitos como um wide receiver pouco notado pela mídia. Em duas das últimas três temporadas o recebedor alcançou a marca de mil jardas, que muito possivelmente teria sido atingida na temporada passada se Burrow não tivesse ficado de fora da equipe durante o final de novembro e todo mês de dezembro.

(Foto: Reprodução Twitter/Cincinnati Bengals)

Ponto fraco: Ainda que os Bengals tenham contratado Reiff e selecionado Carman na segunda rodada, nada indica que a linha ofensiva da equipe mude da água para o vinho. Existem muitas red flags sobre a capacidade de Burrow se movimentar dentro do pocket após a cirurgia no joelho, o grande número de partidas perdidas por Williams por diferentes lesões nos últimos anos, além de toda a capacidade da unidade em perder jogadores durante o ano e conseguir manter um bom nível de atuação.

É necessário também ver o impacto do trabalho de Frank Pollack, novo treinador de OL da equipe em sua segunda passagem por Cincinnati. O coach foi responsável por montar e treinar a grande linha do Dallas Cowboys da década passada. Será que ele pode repetir o bom trabalho nos Bengals?

Calouro para ficar de olho: Não que alguém não vá ficar de olho em Ja’Marr Chase nesta temporada, mas a empolgação pela reunião do duo Burrow/Chase deixa todos os fãs dos Bengals empolgados! Em 2019, enquanto sophomore em LSU, o WR chegou às impressionantes marcas de 84 recepções, 1.780 jardas e 20 touchdowns durante a temporada em que os Tigers levaram o título nacional do College Football.

Com toda a atenção dos scouts da NFL após 2019, Chase decidiu não jogar a temporada de 2020 por LSU e optou por aguardar o Draft da NFL de 2021. No training camp, o wide receiver não tem decepcionado e tem mostrado boa separação dos defensores, além de lindas recepções nas extremidades do campo.

Campanha em 2020: 4-11-1

Projeção para 2021: 8-9

Técnico: Zac Taylor (desde 2019) – histórico na NFL: 6-25-1

Briga por: Com o sarrafo alto na AFC North, é extremamente improvável que os Bengals flertem com o título da divisão. Levando em consideração a última temporada, na qual o pior recorde do Wild Card da AFC foi o Indianapolis Colts com 11-5, a expectativa é que a franquia de Cincinnati brigue somente para ficar entre o top 10 no Draft de 2022.

TABELA 2021

Semana 1: Vikings (casa)
Semana 2: Bears (fora)
Semana 3: Steelers (fora)
Semana 4: Jaguars (casa)
Semana 5: Packers (casa)
Semana 6: Lions (fora)
Semana 7: Ravens (fora)
Semana 8: Jets (fora)
Semana 9: Browns (casa)
Semana 10: Bye Week
Semana 11: Raiders (fora)
Semana 12: Steelers (casa)
Semana 13: Chargers (casa)
Semana 14: 49ers (casa)
Semana 15: Broncos (fora)
Semana 16: Ravens (casa)
Semana 17: Chiefs (casa)
Semana 18: Browns (fora)

POWER RANKING THE PLAYOFFS 2021

Cincinnati Bengals: posição 25
Melhor nota: 7 / Pior nota: 5,5

>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Alex Torrealba, Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, José Ferraz e Luis Felipe Saccini. Os seis deram notas de 5 a 10 para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32.