PRÉVIA NFL 2021: #23 New York Jets
A expectativa é de uma temporada de muita promessa, mas pouco resultado
Os Jets entram em 2021 tentando apagar o passado recente e construir um novo futuro para a franquia. O primeiro passo nessa direção foi a demissão do técnico Adam Gase e a contratação do agora ex-coordenador defensivo do San Francisco 49ers Robert Saleh, que dá um novo gás à equipe de Nova York.
Saleh traz na bagagem a experiência de comandar uma das melhores defesas da NFL, mas também um novo estilo de liderança se comparado ao seu antecessor. Com muita energia e mais “sanidade”, o novo técnico dos Jets herda um time muito jovem que irá precisar mais do que nunca de um corpo de técnicos excelente para alcançar seu potencial.
Isso porque o time também renovou a posição de quarterback, trocando o titular incumbente Sam Darnold para o Carolina Panthers e selecionando – na 2ª escolha geral do draft de 2021 – o quarterback de BYU Zach Wilson para assumir seu lugar. Sem um veterano de peso no elenco, Wilson deve ser titular já nesta temporada e tem a missão de evitar que a equipe seja novamente um vexame na NFL.
Além de Wilson, a equipe selecionou o guard de USC Alijah Vera-Tucker (após troca com os Vikings para subir da 23ª para a 14ª escolha da primeira rodada), o wide receiver de Ole Miss Elijah Moore e o running back de North Carolina Michael Carter, gastando suas quatro primeiras escolhas no draft no lado ofensivo da bola, o que se justifica no fato que este figurou como o pior da NFL em 2020.
Para ajudar a compor esse elenco jovem, a equipe trouxe também o competente wide receiver Corey Davis, dos Titans, além do tackle Morgan Moses, que foi dispensado pela equipe de Washington e assinou com os Jets já no apagar das luzes da intertemporada. Keelan Cole, dos Jaguars, completa o time de “reforços” do ataque comandado pelo também jovem Mike LaFleur, irmão do técnico do Green Bay Packers.
Já no lado defensivo, a equipe foi buscar o promissor Carl Lawson, dos Bengals, para finalmente fortalecer a posição de edge rusher, mas o jogador rompeu o tendão de Aquiles nos treinos e está fora da temporada. Lawson se juntaria a Quinnen Williams, John Franklyn-Myers, Folorunso Fatukasi e os recém chegados Sheldon Rankins e Vinny Curry para formar uma das melhores linhas defensivas da NFL. C.J. Mosley – retornando após um opt out em 2020 – é o principal nome do corpo de linebackers que ainda conta com Jarrad Davis – chegado de Detroit – e os calouros Hamsah Nasirildeen e Jamien Sherwood, selecionados no draft deste ano e convertidos de DBs para LBs.
Por último, a jovem secundária deve ser um grande enigma nesta temporada. Bryce Hall, Bless Austin, Javelin Guidry, Michael Carter, Isaiah Dunn e outros muitos nomes brigam pela titularidade.
A expectativa é de uma temporada de muita promessa, mas pouco resultado. Com um dos times mais jovens da NFL, a ideia é desenvolver os calouros e criar um time competitivo a partir de 2022, quando esses jogadores estiverem um poucos mais estabelecidos em suas carreiras.
(Foto: Gregory Shamus/Getty Images)
Principais chegadas: Carl Lawson era o principal reforço defensivo da equipe para esta temporada. Com boas atuações já no training camp, Lawson dava esperança ao torcedor de finalmente assistir uma presença na beirada das defesas que pudesse aterrorizar os quarterbacks adversários, coisa que o time não possui desde a saída de John Abraham, em 2006. No entanto, uma lesão no tendão de Aquiles acabou com o sonho do torcedor de Nova York, ao menos em 2021.
Para o ataque, Corey Davis é o principal nome do corpo de recebedores e deve comandar o maior número de passes em sua direção pelo jovem Wilson, que agradece a presença do veterano para servir como “válvula de escape”, especialmente em terceiras descidas.
Principais saídas: Em um time que venceu apenas dois jogos em 2020 é difícil falarmos de alguma saída de impacto. Fica aqui a menção ao quarterback Sam Darnold, que foi o pior jogador da posição em 2020, mas mostrou lapsos de competência nos dois anos anteriores. Caso Zach Wilson não consiga se adaptar ao jogo profissional em seu ano de calouro, os Jets podem sentir a ausência de Darnold, que já havia – supostamente – passado por esse período de adaptação e pode ser que comece a se desenvolver agora em Carolina.
Ponto forte: Linha defensiva. As defesas de Robert Saleh são conhecidas por pressionarem somente com quatro jogadores, o que demanda uma presença muito forte da linha defensiva. Caso Quinnen Williams dê o salto que se espera e se torne um dos três melhores jogadores da posição na liga, a linha defensiva de New York pode figurar como uma das melhores de toda a NFL.
Ponto fraco: Secundária e juventude. De um lado, o fundo da defesa dos Jets é um ponto fraco extremamente relevante. Sem jogadores de peso na posição – exceto talvez o safety Marcus Maye e o recém-chegado Lamarcus Joyner –, o time deve sofrer muito para defender contra o passe em 2021. Especial destaque (negativo) para a dupla de cornerbacks, que pelo menos por enquanto fica com o segundoanista Bryce Hall e o questionável Blessuan Austin, que deve perder sua vaga ainda este ano.
Por outro lado, a juventude ofensiva da equipe também deve ser um ponto fraco em 2021. Zach Wilson, Michael Carter, Elijah Moore e Alijah Vera-Tucker (além de Mekhi Becton e Denzel Mims) são todos titulares com pouca experiência na NFL. A expectativa é de lapsos de competência misturados com muitas dores de crescimento.
Calouro para ficar de olho: Elijah Moore. Elogiado por absolutamente todas as pessoas próximas – e não próximas – aos Jets, Moore vem alcançando as expectativas e se destacando como um dos melhores jogadores do time durante o training camp. Uma lesão no quadril nas últimas semanas deu uma segurada na empolgação com o calouro de Ole Miss, mas se as notícias vindas de Florham Park se confirmarem, Moore pode aparecer até na briga pela premiação de Calouro Ofensivo do Ano.
Campanha 2020: 2-14
Projeção para 2021: 5-12
Técnico: Robert Saleh
Briga por: Nada
TABELA 2021
Semana 1: Panthers (fora)
Semana 2: Patriots (casa)
Semana 3: Broncos (fora)
Semana 4: Titans (casa)
Semana 5: Falcons (fora*)
Semana 6: Bye
Semana 7: Patriots (fora)
Semana 8: Bengals (casa)
Semana 9: Colts (fora)
Semana 10: Bills (casa)
Semana 11: Dolphins (casa)
Semana 12: Texans (fora)
Semana 13: Eagles (casa)
Semana 14: Saints (casa)
Semana 15: Dolphins (fora)
Semana 16: Jaguars (casa)
Semana 17: Buccaneers (casa)
Semana 18: Bills (fora)
*A partida da semana contra o Atlanta Falcons será disputada em Londres.
POWER RANKING THE PLAYOFFS 2021
New York Jets: posição 23
Melhor nota: 7 / Pior nota: 6
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Alex Torrealba, Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, José Ferraz e Luis Felipe Saccini. Os seis deram notas de 5 a 10 para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32.