PRÉVIA NFL 2021: #17 Minnesota Vikings
Kirk Cousins tentará fazer valer seu contrato em mais uma temporada e a defesa não estragar tudo para levar a franquia de Minneapolis aos playoffs deste ano
O Minnesota Vikings busca esquecer a temporada de 2020 da NFL, na qual o time parecia que seria muito mais competitivo do que foi. Ao invés disso, mesmo com grandes momentos do seus playmakers, a sua linha ofensiva foi inconsistente e atrapalhou o trabalho do quarterback Kirk Cousins. Fora isso, a defesa sofreu durante todo o ano.
Para não repetir o mesmo processo em 2021, o front office da franquia trabalhou para reforçar todos os pontos do time que eram necessários durante a offseason. Após ver muitos veteranos irem embora, a equipe trabalhou para trazer reforços pontuais via free agency e bons nomes no Draft, principalmente na linha ofensiva, que tem sofrido nas últimas temporadas.
Depois de sair um dos vencedores do recrutamento do ano passado tanto em escolhas (15) quanto com a seleção de Justin Jefferson, os Vikings tiveram 11 totais em 2021 e duas boas picks na primeira e terceira rodadas, com o offensive tackle Christian Darrisaw – que deve repor a saída de Riley Reiff -, após fazer um trade down da 14ª para a 23ª pick, e o guard Wyatt Davis, para tentar elevar o nível da da OL para o running back Dalvin Cook e o quarterback Kirk Cousins, que tem que fazer valer o valor total garantido em seu contrato se contar com mais proteção.
A escolha de do QB Kellen Mond no começo do terceiro round foi um pouco peculiar, mas a franquia de Minnesota certamente precisaria de algum seguro para o futuro caso Cousins não vingue. Mond tem ferramentas físicas e um jogo que pode ser desenvolvido, mesmo não sendo considerado um jogador de elite na posição no college. Chazz Surratt é outro nome de aposta para trazer competitividade ao grupo de linebackers e lutar para jogar ao lado de Eric Kendricks.
Falando de defesa, o Minnesota Vikings também conta para esta temporada da NFL com o retorno de Danielle Hunter e Michael Pierce, já que ambos perderam toda a temporada de 2020. Pierce é um dos melhores defensive tackles contra corridas da liga e Hunter é um dos mais talentosos e atléticos pass rushers no jogo. Minnesota também buscou na free agency os DTs Dalvin Tomlinson, que veio do New York Giants e contribuiu muito na contenção do jogo terrestre, Sheldon Richardson e trouxe um velho conhecido da torcida em Everson Griffen, que volta a Minneapolis. Além disso, a organização adquiriu o cornerback Patrick Peterson, o que ajuda um jovem grupo de cornerbacks.
No entanto, por perder tantos nomes que os vikings precisaram ir ao mercado. O time cortaram os laços com os veteranos Kyle Rudolph, Dan Bailey, fora o já citado Reiff. Só que a perda mais sentida deve ser no safety Anthony Harris, que assinou com os Eagles.
Ao falar de tabela, o que sempre é difícil são suas batalhas dentro da divisão contra o Green Bay Packers, com Aaron Rodgers castigando o rival. As partidas contra Los Angeles Rams, San Francisco 49ers, Baltimore Ravens e Seattle Seahawks, mesmo em casa, serão disputas duríssimas. Os jogos “mais fáceis” são contra os Bears e os Lions, que têm que se provar na NFC Norte, e contra os Bengals, que ainda precisam encaixar seu elenco.
O head coach Mike Zimmer é o alvo de muitas piadas sobre como seus times jogam. No entanto, os Vikings têm um recorde 64-47 sob seu comando na temporada regular, embora suas campanhas nos playoffs ainda sejam abaixo do esperado. Klint Kubiak assume as rédeas de seu pai, Gary, como coordenador ofensivo pela primeira vez em 2021. Enquanto isso, os Vikings também empregaram Andre Patterson e Adam Zimmer como co-coordenadores defensivos, sendo a única franquia que tem co-coordenadores na defesa.
Se o ataque continuar a sua eficiência, mesmo com um novo OC, a equipe deve ver resultados muito melhores em 2021. A defesa, que era ruim em 2020, tem capacidade de dar um salto para este ano também com as peças disponíveis, ainda mais contra o jogo corrido, que foi o calcanhar de Aquiles da unidade.
Mesmo com uma tabela que mostra muita força dos adversários, ainda acredito que o Minnesota Vikings podem ter mais vitórias que derrotas nesta temporada e possa brigar por uma vaga no wild card, já que a divisão tem um franco favorito sob a batuta de Rodgers.
(Foto: Reprodução Twitter/Minnesota Vikings)
Principais chegadas: A defesa foi onde os Vikings tiveram mais reforços, mesmo com nomes já muito experientes na NFL. Patrick Peterson, Everson Griffen, Sheldon Richardson, Dalvin Tomlinson, além de Mackensie Alexander chegam para cuidar de muitos dos problemas do time no lado defensivo da bola.
Mas o ataque contou com, mesmo que jovens, OLs que podem ser a solução dos principais problemas ofensivos de Minnesota. Christian Darrisaw – se ficar livre das lesões – e Wyatt Davis – voltando à forma de 2019 em Ohio State – podem fazer total diferença para o desempenho de Kirk Cousins e aumentar as chances de Dalvin Cook jogar ainda melhor junto com o LG segundanista Ezra Cleveland e center Garrett Bradbury. O wide receiver Dede Westbrook também chega para ajudar o corpo de recebedores.
Principais saídas: A franquia viu sair veteranos que por muito tempo fizeram a diferença na franquia, como o tight end Kyle Rudolph, o offensive tackle Riley Reiff e o kicker Dan Bailey. Além disso, tiveram as saídas de defensive backs com o cornerback Mike Hughes e os safeties Anthony Harris e George Iloka, sendo que Harris deverá ser a perda mais sentida entre os nomes citados.
Ponto forte: Para 2021 eu destaco os playmakers do Minnesota Vikings. Cook, Jefferson, Thielen e Irv Smith Jr, que deve ter um salto de produção grande com a saída de Rudolph, devem ser ainda mais destaques dentro desse time. Cousins tem que manter a consistência e o Kubiak filho mostrar a boa mente do pai na coordenação desse ataque.
Ponto fraco: Ainda que o time tenha Thielen, Jefferson e Irv Smith Jr. no corpo de recebedores, me preocupa um pouco a profundidade dos reservas. Mas, ainda sim, o corpo de linebackers é algo que falhou demais no ano passado, mesmo com Eric Kendricks. Esse é um ponto a ver como melhora com a ajuda da DL, com tantos nomes que podem agregar e conter o jogo terrestre e Danielle Hunter de volta, após um ano lesionado, ajuda demais na projeção do pass rush da franquia. Se todos os nomes da unidade citados até então puderem produzir e tirar a pressão da secundária, poderá ser o diferencial da franquia para chegar aos playoffs. Acho que esse é o principal ponto de melhora para Mike Zimmer, que disse que a defesa de 2020 foi a pior que ele já treinou.
Calouro para ficar de olho: Os Vikings foram o time que mais fizeram escolhas de Draft (11) pela segunda temporada consecutiva, e o trabalho adicionando talento a partir delas foi fantástico, especialmente reforçando a linha ofensiva.
Ainda que buscando se recuperar para estar em campo no começo da temporada de 2021 da NFL, Christian Darrisaw, que sobrou no fim da primeira rodada, será titular instantaneamente e é o calouro mais interessante escolhido no Draft deste ano pela organização. O produto de Virginia Tech foi um dos poucos destaques recentes do programa, assim como foi o CB Caleb Farley.
Darrisaw chega para assumir a condição de left tackle já como calouro, já que seu tamanho e sua força fazem dele um upgrade instantâneo a Riley Reiff.
(Foto: Reprodução Twitter/Around The NFL)
Campanha 2020: 7-9
Projeção para 2021: 9-8
Técnico: Mike Zimmer (desde 2014) – histórico na NFL: 66-50-1 (2-3 em playoffs)
Briga por: Vaga nos playoffs via wild card
TABELA 2021
Semana 1: Bengals (fora)
Semana 2: Cardinals (fora)
Semana 3: Seahawks (casa)
Semana 4: Browns (casa)
Semana 5: Lions (casa)
Semana 6: Panthers (fora)
Semana 7: Bye Week
Semana 8: Cowboys (casa)
Semana 9: Ravens (fora)
Semana 10: Chargers (fora)
Semana 11: Packers (casa)
Semana 12: 49ers (fora)
Semana 13: Lions (fora)
Semana 14: Steelers (casa)
Semana 15: Bears (fora)
Semana 16: Rams (casa)
Semana 17: Packers (fora)
Semana 18: Bears (casa)
POWER RANKING THE PLAYOFFS 2021
Minnesota Vikings: posição 17
Melhor nota: 8 / Pior nota: 7
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Alex Torrealba, Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, José Ferraz e Luis Felipe Saccini. Os seis deram notas de 5 a 10 para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32.