PRÉVIA NFL 2020 #8: Indianapolis Colts
Colts investem em reforços para 2020 e buscam aparecer novamente entre os candidatos ao título
A temporada de 2019 do Indianapolis Colts acabou antes mesmo de começar. No dia 24 de agosto, Andrew Luck surpreendeu a NFL ao anunciar a aposentadoria aos 29 anos, recém-saído de uma das melhores apresentações da carreira. O planejamento, que parecia extremamente promissor, desabou com a ausência do principal astro. Mas, com uma base sólida já estabelecida, a franquia soube se recompor, fez investimentos pontuais durante a offseason e figura mais uma vez como um possível dark horse na briga pela AFC.
Os Colts de 2020 serão significativamente diferentes comparados aos de 2018 e 2019. Agora com Philip Rivers no comando do ataque, Indianapolis seguirá apostando no jogo terrestre, mas poderá contar com a participação do quarterback caso necessário – o que não aconteceu na última temporada. O outro lado ganhou reforços importantes, liderados por DeForest Buckner. O defensive tackle ex-San Francisco 49ers será uma das peças centrais da nova defesa.
Ao contrário das últimas duas offseasons, marcadas por movimentações pouco agressivas, o general manager Chris Ballard apostou alto. Enxergando uma janela para disputar o título, os Colts arriscaram um all-in. Com a adição pontual de veteranos, Indianapolis construiu um elenco mais equilibrado e mais promissor comparado ao de dois anos atrás. Por outro lado, a pressão e a expectativa por resultados também serão maiores.
O Draft também demonstrou a maior agressividade de Ballard. Após trocar a 13ª escolha geral por Buckner, o GM investiu as duas seleções de segunda rodada em skill positions. Michael Pittman Jr. e Jonathan Taylor chegam para contribuir significativamente já na temporada de estreia.
Sob o competente comando de Frank Reich, os Colts estão em uma ótima posição para a nova temporada. Com talento no ataque, uma das melhores linhas ofensivas da NFL e uma defesa reforçada, a franquia de Indianapolis será um dos times a se prestar atenção em 2020.
(Foto: Reprodução Twitter/Indianapolis Colts)
Principais chegadas: Como mencionado anteriormente, Philip Rivers e DeForest Buckner foram as principais adições desta offseason. O quarterback não renovou com o Los Angeles Chargers, que inicia um processo de reconstrução. Rivers teve um péssimo desempenho em 2019, com 18 interceptações e erros que custaram caro ao time. No entanto, embora o veterano tenha uma parcela considerável de responsabilidade pelo ano ruim, muitos dos problemas também vieram da falta de proteção da OL. Além disso, Rivers precisava arriscar muito mais para buscar resultados em meio às muitas lesões dos Chargers. O cenário em Indianapolis será diferente, com um estilo voltado para o jogo terrestre e proteção infinitamente superior.
Buckner reforça dois setores carentes dos Colts – o pass rush e o interior da linha defensiva. Um dos principais nomes da fortíssima defesa dos 49ers, o defensive tackle será uma das referências do front-seven em Indy juntamente com Justin Houston e Darius Leonard. A defesa também ganhou o reforço do cornerback veterano Xavier Rhodes. O defensive back chega para ser uma referência para a secundária dos Colts, embora não esteja mais no auge da carreira.
No ataque, Rivers ganhou um novo e interessante alvo com a chegada de Michael Pittman Jr. no Draft. Além do wide receiver, Indianapolis também adicionou Jonathan Taylor para reforçar e posteriormente comandar o jogo terrestre. Trey Burton é uma aposta interessante, especialmente após se reunir a Frank Reich. O tight end é mais um dos reclamation projects de Chris Ballard, que, em geral, obtêm sucesso.
Nos special teams, Rodrigo Blankenship chega para disputar a vaga de kicker com Chase McLaughlin. Vale também citar Jacob Eason. O quarterback será como um diamante extremamente bruto e que precisará ser muito bem lapidado. No entanto, o teto do jogador escolhido na quarta rodada é alto. E Eason se encontra em um cenário ideal, podendo aprender como Rivers e Reich sem qualquer pressa para ser titular nos próximos anos.
(Foto: Reprodução Twitter/Indianapolis Colts)
Principais saídas: As adições durante a offseason significam que os Colts também precisaram abrir mão de alguns jogadores. A saída mais sentida talvez seja a de Adam Vinatieri. Lidando com lesões ao longo dos últimos anos, o maior pontuador da história da NFL e futuro Hall of Famer não teve um bom desempenho em 2019 e parece caminhar rumo à aposentadoria.
Na defesa, Jabaal Sheard, Margus Hunt, Clayton Geathers e Pierre Desir foram as baixas mais significativas. Embora estivessem longe de serem estrelas do time, os quatro figuravam constantemente entre os titulares nas últimas temporadas. Já no ataque, a saída mais chamativa foi a de Eric Ebron. Após ter a melhor temporada da carreira em 2018, o tight end sofreu com lesões em 2019 e pouco entrou em campo. Chester Rogers, que ocasionalmente aparecia como alvo dos quarterbacks, também deixou o time.
Ponto forte: A linha ofensiva. Os primeiros anos de Chris Ballard foram marcados por uma significativa reestruturação do setor, antes o principal ponto fraco do time. Philip Rivers será protegido por uma das melhores (se não a melhor) OLs da NFL. Após convencer Anthony Castonzo a retornar por mais duas temporadas, os Colts mantiveram o grupo intacto e preparado para dominar as trincheiras por mais um ano.
Liderados por Quenton Nelson, discutivelmente o melhor guard da liga, o grupo será fundamental para abrir espaço ao jogo terrestre e ganhar tempo para Rivers castigar de dentro do pocket.
(Foto: Reprodução Twitter/Indianapolis Colts)
Ponto fraco: A secundária. Os Colts reforçaram o pass rush e a defesa contra o jogo terrestre com a chegada de Buckner. A adição de um edge rusher também seria bem-vinda, mas o time ainda tem um grupo jovem na posição e com enorme potencial para crescer ao longo da temporada. Dessa forma, a secundária aparece como principal problema. O time sofreu contra o jogo aéreo em 2019. Rock Ya-Sin teve um primeiro ano marcado por altos e baixos (com os baixos superando os altos). Malik Hooker, o principal nome do grupo, sequer ganhou a opção de quinto ano para 2021 e ainda terá a concorrência do novato Julian Blackmon. Kenny Moore, embora longe de ser brilhante, segue como o mais consistente. Xavier Rhodes chega como uma presença veterana, mas distante do melhor momento da carreira. Khari Willis foi uma grata surpresa e permitiu que o time abrisse mão de Clayton Geathers, mas precisará evoluir no segundo ano. O grupo tem potencial para melhorar, mas aparece como o principal ponto fraco do time.
Calouro para ficar de olho: Jonathan Taylor. A escolha pareceu questionável em um primeiro momento, mas Taylor chega para ser o futuro running back número 1 do time. O novato deverá dividir corridas com Marlon Mack inicialmente, mas a transição para o posto de carregador principal deve acontecer já nesta temporada.
Em um esquema que ainda é primariamente voltado para o jogo terrestre mesmo após a chegada de Rivers, Taylor terá um papel de destaque já no ano de estreia. Após produzir números dignos de Heisman Trophy em três temporadas com Wisconsin, o RB é uma adição extremamente promissora. Não seria exagero colocá-lo entre os candidatos ao prêmio de Offensive Rookie of the Year.
Menção honrosa para Michael Pittman Jr. Primeiro jogador escolhido pelos Colts no Draft, o wide receiver será o complemento para T.Y. Hilton e certamente aparecerá como um dos alvos favoritos de Rivers, especialmente para disputar a bola contra os defensores em recepções longas.
Campanha em 2019: 7-9
Projeção para 2020: 10-6
Técnico: Frank Reich (desde 2018) – histórico na NFL: 17-15 (1-1 em playoffs)
Briga por: Uma vaga na final de conferência. O Super Bowl é um sonho distante, mas possível.
TABELA 2020
Semana 1: Jaguars (fora)
Semana 2: Vikings (casa)
Semana 3: Jets (casa)
Semana 4: Bears (fora)
Semana 5: Browns (fora)
Semana 6: Bengals (casa)
Semana 7: Bye Week
Semana 8: Lions (fora)
Semana 9: Ravens (casa)
Semana 10: Titans (fora)
Semana 11: Packers (casa)
Semana 12: Titans (casa)
Semana 13: Texans (fora)
Semana 14: Raiders (fora)
Semana 15: Texans (casa)
Semana 16: Steelers (fora)
Semana 17: Jaguars (casa)
POWER RANKING THE PLAYOFFS 2020
Indianapolis Colts: posição 8
Melhor nota: 8,5 / Pior nota: 8
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, José Ferraz e Luis Felipe Saccini. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.