PRÉVIA NFL 2020: #30 New York Jets
Time de Nova York segue com muito mais problema do que soluções
New York, New York. Mais um ano, mais uma franquia de Nova York sofre para se manter relevante em sua liga esportiva. Dessa vez estamos falando do New York Jets, que não vai para os playoffs da NFL desde a temporada 2010, somando apenas uma temporada com mais vitórias do que derrotas desde então.
No entanto, os general managers responsáveis por esses fracassos saíram de cena, e a responsabilidade agora é do (quase) recém-chegado, Joe Douglas, que completa agora sua primeira offseason no comando da equipe.
E que offseason, meus amigos. Depois de turbulentas negociações com o safety Jamal Adams, o novo GM dos Jets resolveu trocá-lo para o Seattle Seahawks por duas escolhas de primeira rodada do Draft (2021 e 2022), uma escolha de terceira rodada (2021) e o safety Bradley McDougald. Adams – indiscutivelmente o melhor jogador da equipe nos últimos três anos – estava insatisfeito em Nova York, tendo chegado inclusive a pedir para jogadores de equipes rivais pedirem sua contratação. Ainda assim, a aposta de Douglas é alta, já que a perda dentro de campo pode ser devastadora.
Com relação ao Draft, o time fez escolhas sólidas, como o offensive tackle Mekhi Becton, de Louisville, e o wide receiver Denzel Mims, de Baylor. Porém, como não poderia deixar de ser com os Jets, o time também fez escolhas estranhas, como o quarterback James Morgan, de FIU. Escolhas intrigantes permearam o resto do recrutamento, como o safety Ashtyn Davis – que ganha ainda mais relevância após a troca de Jamal Adams – e o running back Lamical Perine, que corre com o freio de mão puxado, mas já colocou na mochila diversos defensores, inclusive Adams:
Na free agency, o time teve um approach cauteloso, sem investir em grandes nomes, mas buscando jogadores que pudessem contribuir no curto prazo, como o center Connor McGovern e o wide receiver Breshad Perriman – que vem para substituir a saída de Robby Anderson.
No geral, a sensação é de uma temporada de “recomeço” para a equipe verde de Nova York. Com um núcleo jovem encabeçado pelo quarterback Sam Darnold, a equipe entende estar construindo um elenco para o futuro, ainda que se tenha que sacrificar um pouco o presente.
Para que esse plano funcione, Darnold tem de mostrar evolução em sua terceira temporada na NFL. Após dois anos medíocres – para não dizer ruins – o ainda jovem quarterback contará com menos paciência da torcida caso volte a mostrar a inconsistência dos últimos anos. Cabe também ao head coach – e de facto Offensive Coordinator – Adam Gase montar um ataque que possa elevar o talento da equipe, algo que não acontece desde 2013, quando o técnico trabalhou com Peyton Manning para montar o melhor ataque (estatisticamente) da história da NFL.
Na defesa, Gregg Williams retorna como coordenador defensivo e terá um trabalho ainda mais árduo do que em 2019, quando mesmo sem grandes nomes – fora Jamal Adams e C.J. Mosley, que jogou apenas meio jogo saudável no ano passado – levou a unidade defensiva a números respeitáveis. Agora sem Adams e Mosley, que optou por não jogar a temporada devido à questão da COVID-19, Williams terá de fazer mágica para que a defesa volte a ser o ponto forte da equipe. Isso dependerá também de boas atuações dos recém chegados Pierre Desir (CB, free agent), Jabari Zuniga (OLB, Draft), além da evolução do segundanista Quinnen Williams, que teve um primeiro ano muito aquém do esperado para um jogador escolhido na terceira posição do Draft de 2019.
Foto: Reprodução Twitter/New York Jets
Principais chegadas: Connor McGovern, C, Denver Broncos. A posição de center dos Jets é um desastre desde a aposentadoria do futuro Hall da Fama Nick Mangold. Entre Wesley Johnson, Spencer Long e Jonathan Harrison, os quarterbacks de Nova York sofreram com snaps ruins, proteções desajeitadas e um nível muito abaixo da média na posição. Agora, a chegada de McGovern promete elevar um pouco a atuação da linha, dando um pouco mais de paz para Darnold conseguir fazer as leituras e encontrar seus recebedores.
Além de McGovern, o time trouxe outros nomes para a OL, como Mekhi Becton (LT), George Fant (RT) e Greg Van Roten (G), formando quase que uma nova linha ofensiva para a equipe.
Principais saídas: Jamal Adams e C.J. Mosley. Os dois melhores jogadores da equipe não estarão em campo pelos Jets em 2020.
Ponto forte: os Jets devem continuar fortes contra o jogo terrestre em 2020 (foram o segundo melhor da liga em 2019) com a volta de Kyle Phillips, Foloruso Fatukasi, Quinnen Williams e o veteraníssimo Steve McLendon.
Ponto fraco: todo o resto. Os Jets têm uma das piores secundárias da NFL, uma linha ofensiva em reconstrução, recebedores medíocres ou inexperientes, um corpo de linebackers suspeito e um quarterback com mais baixos do que altos. Tudo leva a crer que a equipe ficará na parte de baixo da tabela em 2020, de novo.
Calouro para ficar de olho: Denzel Mims. O recebedor de Baylor tem tudo para ser a primeira opção de Darnold durante a temporada, seja por suas habilidades atléticas, seja pela falta de outros jogadores que possam ocupar esse espaço na equipe.
Campanha em 2019: 7-9
Projeção para 2020: 5-11
Técnico: Adam Gase
Briga por: Primeira escolha no Draft
TABELA 2020
Semana 1: Bills (fora)
Semana 2: 49ers (casa)
Semana 3: Colts (fora)
Semana 4: Broncos (casa)
Semana 5: Cardinals (casa)
Semana 6: Los Angeles Chargers (fora)
Semana 7: Buffalo Bills (casa)
Semana 8: Kansas City Chiefs (fora)
Semana 9: New England Patriots (casa)
Semana 10: Miami Dolphins (fora)
Semana 11: bye week
Semana 12: Miami Dolphins (casa)
Semana 13: Las Vegas Raiders (casa)
Semana 14: Seattle Seahawks (fora)
Semana 15: Los Angeles Rams (fora)
Semana 16: Cleveland Browns (casa)
Semana 17: New England Patriots (fora)
POWER RANKING THE PLAYOFFS 2020
New York Jets: posição 30
Melhor nota: 6 / Pior nota: 5
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, José Ferraz e Luis Felipe Saccini. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.