PRÉVIA NFL 2020: #28 Cincinnati Bengals
Com novo franchise quarterback, franquia de Ohio buscar esquecer passado recente em busca de vaga nos playoffs
O Cincinnati Bengals lançou ano passado a hashtag “New Dey”, em alusão ao lema da torcida “Who Dey”. A expectativa da franquia era de fato novos dias com a chegada do head coach Zac Taylor, que até então havia sido apenas treinador de quarterbacks do louvável time do Los Angeles Rams de 2019.
Entretanto, 2019 reservou aos Bengals uma dura campanha com inúmeras derrotas por uma posse de bola ou menos. Em dezembro, a franquia completou a temporada ganhando do Cleveland Browns, sendo esta apenas sua segunda vitória na temporada.
Com recorde 2-14 (o pior da liga no ano passado), a manutenção do franchise quarterback Andy Dalton ficou insustentável. Aliada a uma das maiores temporadas de um play caller no college, foi fácil para a franquia de Cincinnati selecionar com a primeira escolha geral do Draft da NFL de 2020 Joe Burrow.
Após a chegada de um quarterback com futuro promissor, agora sim o torcedor dos Bengals tem a expectativa de um “new day”. A franquia investiu pesado na intertemporada em contratações, gastando o que podia do salary cap, para cercar Burrow de talentos tanto na defesa quanto no ataque.
No segundo ano do técnico Taylor, seriam os Bengals capazes de alcançar a pós-temporada em uma AFC North extremamente difícil? Burrow precisará superar a juventude dos quarterbacks Baker Mayfield, do Cleveland Browns, Lamar Jackson, do Baltimore Ravens, e Ben Roethlisberger, do Pittsburgh Steelers, se quiser jogar em janeiro.
(Foto: Reprodução Twitter/NFL)
Principais chegadas: Finalmente podemos dizer que os Bengals se mexeram efetivamente durante a offseason. Antes do Draft a equipe foi ao mercado de free agents e contratou oito jogadores de diferentes posições para os dois lados da bola.
Apesar de reforçar o ataque com o guard do Dallas Cowboys Xavier Su’A-Filo e o wide receiver do Los Angeles Rams Mike Thomas, o foco das contratações foi a defesa. Nomes conhecidos da liga como os defensive backs Mackensie Alexander e Vonn Bell, do Minnesota Vikings e New Orleans Saints, respectivamente, chegaram para preencher um região do campo que sofreu muito em 2020, apesar do grupo talentoso de jovens no fundo do campo.
Ainda sim, o linebacker Josh Bynes, recém-chegado do Baltimore Ravens, deve ser o jogador mais importante contratado nesta free agency. Mesmo nas defesas mais marcantes da história recente dos Bengals, como a comandada por Mike Zimmer na primeira metade da década, a equipe de Cincinnati sofreu para parar os passes no meio de campo. O LB chega ao time como esperança para estancar este sangramento imediatamente.
É válido pontuar também a chegada de D.J. Reader, do Houston Texans, mas falaremos mais dela nos pontos fortes da equipe.
Principais saídas: Pela segunda intertemporada consecutiva houve um encerramento de ciclos nos Bengals. Se ano passado as saídas foram do linebacker Vontaze Burfict e do tight end Tyler Kroft, neste ano o golpe foi muito mais profundo.
A chegada de Burrow sacramentava a saída de Dalton. Não há espaço no vestiário para dois franchises quarterbacks, ainda que o talento do calouro e expectativa sobre seu trabalho seja maior. O “Red Rifle”, então, foi negociado com o Dallas Cowboys uma semana após a seleção do rookie. Na cidade texana, o experiente play caller vai para fazer uma grande sombra em Dak Prescott, que vive uma novela de renovação contratual.
Continuando no ataque, os Bengals decidiram não apostar mais um ano no tight end Tyler Eifert. Com uma passagem repleta de lesões, o jogador esteve em apenas 59 dos 115 jogos da equipe desde 2013 – menos da metade. Agora em Jacksonville, Eifert busca novos ares com a camisa dos Jaguars.
Menção honrosa à eterna promessa Darqueze Dennard – primeira escolha no Draft de 2015, o jogador nunca entregou o que se esperava de um 1st round. O defensive back assinou um contrato de um ano com o Atlanta Falcons e chega para ser titular na equipe.
(Foto: Reprodução Twitter/Cincinnati Bengals)
Pontos fortes: Se a linha defensiva dos Bengals já era um dos pontos mais elogiados da equipe com Carlos Dunlap, Geno Atkins e o jovem Sam Hubbard, agora ganha mais corpo com as chegadas de Reader, dos Texans, e Mike Daniels, do Detroit Lions. Dos cinco atletas citados, três em algum momento já foram ao Pro Bowl.
Dunlap ficou meio sack atrás da segunda melhor marca de sua carreira (9) em 2020, enquanto Hubbard subiu de produção e chegou a 8,5 sacks. Atkins, pela oitava vez em dez anos de NFL, chegou ao Pro Bowl, apesar da campanha 2-14 da equipe. Indiscutivelmente é a melhor unidade dos Bengals e que só tende a melhorar com os reforços desta intertemporada.
Pontos fracos: Dizer que a linha ofensiva dos Bengals é o pior setor da equipe é chover no molhado, certo? Correto. Para esta temporada, a franquia vai finalmente contar com a estreia do 1st rounder de 2019 Jonah Williams como left tackle no lugar de Cordy Glenn. Além do segundanista, a outra única certeza nesta linha ofensiva é Trey Hopkins, que se encontrou como center na última temporada.
De resto, os Bengals enfrentam um grande mistério. A equipe tenta encontrar espaço para o a escolha de 1ª rodada de 2018 da franquia, Billy Price, que nunca supriu as expectativas como center na NFL. O jogador deve ser colocado como guard do lado direito da linha, quem sabe disputando posição com Su’a-Filo. Right tackle? Esta deve ser uma dúvida que incomoda Burrow, já que as chances são grandes da proteção do gap C da linha seja feita por Bobby Hart.
(Foto: Reprodução Twitter/NFL Draft)
Calouro para ficar de olho: É chover no molhado dizer que é preciso ficar de olho em Burrow? Também. E é isso que iremos dizer para você, leitor do The Playoffs, fazer. O rookie teve a maior temporada para um quarterback na historia do college football e apresenta habilidades extremamente necessárias para se dar bem na NFL, como presença de pocket e habilidade de lançar no fundo do campo em movimento.
Obviamente é extremamente improvável que Burrow leve os Bengals de duas vitórias e 14 derrotas para 14-2 na primeira temporada no futebol americano profissional. Entretanto, o seu desempenho e seu aspecto de líder têm impressionado companheiros de equipe e treinadores. Não estamos falando de um bust, mas sim de um play caller que deve lutar por títulos na NFL, esteja onde estiver.
Campanha em 2019: 2-14
Projeção para 2019: 6-10
Técnico: Zac Taylor
Briga por: Pick alta no Draft de 2021
TABELA 2020
Semana 1: Chargers (casa)
Semana 2: Browns (fora)
Semana 3: Eagles (fora)
Semana 4: Jaguars (casa)
Semana 5: Ravens (fora)
Semana 6: Colts (fora)
Semana 7: Browns (casa)
Semana 8: Titans (casa)
Semana 9: bye week
Semana 10: Steelers (fora)
Semana 11: Washington (fora)
Semana 12: Giants (casa)
Semana 13: Dolphins (fora)
Semana 14: Cowboys (casa)
Semana 15: Steelers (casa)
Semana 16: Texans (fora)
Semana 17: Ravens (casa)
POWER RANKING THE PLAYOFFS 2020
Cincinnati Bengals: posição 28
Melhor nota: 6,5 / Pior nota: 5,5
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, José Ferraz e Luis Felipe Saccini. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.