PRÉVIA NFL 2020: #15 Arizona Cardinals
Com um ataque que empolga muito no papel, chegou a hora da virada na vida dos Cards?
Um ano atrás, o cenário era completamente diferente para o Arizona Cardinals. A grande pergunta era: seria Kyler Murray a esperança de dias melhores para a franquia? O time havia acabado de abandonar a aposta em Josh Rosen e estava com várias interrogações na cabeça pela frente. Podemos dizer que em 2020, o cenário é bem mais animador.
Apesar de a campanha ter sido apenas 5-10-1, o time deixou boa impressão em alguns momentos. Inclusive, Murray acabou sendo eleito o calouro ofensivo do ano. O trabalho de Kliff Kingsbury foi elogiado e pode evoluir neste ano. Larry Fitzgerald provou que certamente ainda tem lenha para queimar. Contudo, uma outra pessoa também merece destaque: Steve Keim parece se recuperar dos erros cometidos no passado.
Keim controlou os ânimos com tantas trocas na temporada anterior. Com a rota corrigida, era a hora, sobretudo, de aparar as arestas. Então, num movimento certeiro, ele trouxe alguém para ajudar ainda mais na adaptação de Murray: DeAndre Hopkins foi trocado com o Houston Texans. Tudo bem, isso já aconteceu há cinco meses, mas era algo que precisava ser elogiado aqui. O preço foi irrisório por tudo aquilo que o recebedor produz. E com um plus: o péssimo contrato de David Johnson também se foi.
Além disso, o GM conseguiu preencher importantes buracos na equipe, tanto pela free agency, quanto pelo draft. Aliás, é das escolhas universitárias que vem um jogador que empolga muita gente: Isaiah Simmons. O versátil calouro pode agregar desde o primeiro minuto bastante coisa ao elenco. Todos esses “acertos” trazem um importante clima de confiança em quem trabalha nos Cardinals.
Porém, é importante notar que o time está numa das mais difíceis divisões da liga. Não é nada fácil se sobressair na NFC Oeste, com rivais do calibre de 49ers, Seahawks e Rams. É preciso fazer do State Farm Stadium uma fortaleza. Em 2019, principalmente, os jogos em casa foram um verdadeiro desastre. Arizona conseguiu apenas duas vitórias sob seus domínios. É hora de reverter isso.
A expectativa mudou: sai de cena a dúvida e entra a esperança. Murray e Kingsbury têm novas e ótimas ferramentas para continuarem a evolução da franquia. O momento é de fazer com que a euforia pela evolução não se torne algo que atrapalhe. Ela deve ser o gás que pode trazer os Cardinals para serem uma das grandes surpresas do ano.
Foto: Reprodução Twitter/Arizona Cardinals
Principais chegadas: ele já foi citado no começo do texto, mas é impossível não falar em DeAndre Hopkins. O recebedor é um dos melhores da liga. É uma adição de nível incalculável para qualquer franquia. Salvo qualquer problema de lesão, Hopkins entregará números altos em diversas e importantes estatísticas.
O time ainda agregou bons nomes no free agency com De’Vondre Campbell e Jordan Phillips. Estes não resolvem o crônico problema de cobertura a tight ends adversários, mas melhoram o cenário. Devon Kennard também chegou, mas para caçar os quarterbacks rivais. Chandler Jones agradece.
Do draft, Isaiah Simmons faz os olhos brilharem de cara, mas Josh Jones é um tackle de muito valor para a terceira rodada e pode se tornar um steal. Rashard Lawrence se mostrou um pouco inconstante em LSU, mas quando apareceu, deu mostras de que tem bastante talento a ser lapidado. O trabalho de Vance Joseph será adaptar os novatos ao sistema da NFL.
Principais saídas: as perdas não foram tão grandes para os Cards. Talvez, a ausência mais sentida será a do center A.Q. Shipley, que era o antigo dono da posição, fazendo com que o time precise pensar, obrigatoriamente, num novo titular. Rodney Gunter também se foi após cinco anos defendendo as cores da equipe. David Johnson, já longe de lembrar a máquina de 2016, foi envolvido na troca por Hopkins e será mais notada sua ausência pelo passado em Arizona do que por usas últimas temporadas. Damiere Byrd, Charles Clay e Zach Kerr também deram adeus.
Foto: Reprodução Twitter/ Clemson
Ponto forte: com absoluta certeza e nenhuma dúvida, o ataque. A expressão “ataque explosivo” talvez nunca pôde ser tão bem encaixada nesse time. Murray, que já veio de ótima temporada, pode evoluir ainda mais. A combinação com Hopkins traz um mar de infinitas possibilidades.
Quem também ganha espaço é Larry Fitzgerald. Com os olhos um pouco mais voltados para o novo parceiro, o veterano pode ganhar um novo espaço. Christian Kirk é outro recebedor que tende a evoluir. E não esqueçamos de Kenyan Drake, principalmente por tudo que ele fez na última temporada.
A linha ofensiva recebeu atenção e pode continuar sua escalada de evolução. Josh Jones parece ser um verdadeiro presente para este ataque, pois sair na terceira rodada com o talento que tem é incrível. D.J. Humphries, Justin Pugh e J.R. Sweezy são atleta sólidos que podem dar a sustentação necessária para que o ataque de estrelas possa brilhar. Altas expectativas.
Foto Jordon Kelly/Icon Sportswire via Getty Images
Ponto fraco: a divisão. Não, os Cardinals não são um time perfeito, candidatos a título e mais. A linha ofensiva é sólida, mas talvez não perfeita. A defesa ainda tem alguns pontos de atenção. Contudo, o grande problema para a franquia podem ser os jogos dentro da NFC Oeste, contra adversários fortíssimos. Sair para enfrentar Russell Wilson, ter que batalhar contra o incrível time dos 49ers e ainda duelar contra o imprevisível Sean McVay pode atrapalhar e muito a evolução deste time. São jogos duros tanto na estrada quanto em casa. Isso pode pesar e complicar as previsões para a possível grande surpresa da temporada. Vale a menção também a Kliff Kingsbury. Chegou com desconfiança, mas cresceu em dezembro passado. Precisa mostrar a mesma consistência como técnico durante toda temporada.
Calouro para ficar de olho: Isaiah Simmons. O polivalente produto de Clemson é incrível, principalmente pela facilidade de adaptação. Se está listado como linebacker, não se surpreenda se o calouro aparecer como defensive end. Ou ainda safety. Ou por que não como cornerback? Toda essa versatilidade vem do quanto Simmons é inteligente no jogo. As leituras rápidas que é capaz de fazer agregam demais. Sua capacidade de mudar de direção o faz um jogador pronto para entrar no hall dos melhores da liga.
Campanha de 2019: 5-10-1
Projeção para 2020: 9-7 (acima de tudo, fé)
Técnico: Kliff Kingsbury (desde 2019) / recorde 5-10-1
Briga por: ir aos playoffs é possível. A saber como o time se comportará na divisão.
TABELA 2020
Semana 1: San Francisco 49ers (fora)
Semana 2: Washington Football Team (casa)
Semana 3: Detroit Lions (casa)
Semana 4: Carolina Panthers (fora)
Semana 5: New York Jets (fora)
Semana 6: Dallas Cowboys (fora)
Semana 7: Seattle Seahawks (casa)
Semana 8: Bye Week
Semana 9: Miami Dolphins (casa)
Semana 10: Buffalo Bills (casa)
Semana 11: Seattle Seahawks (fora)
Semana 12: New England Patriots (fora)
Semana 13: Los Angeles Rams (casa)
Semana 14: New York Giants (fora)
Semana 15: Philadelphia Eagles (casa)
Semana 16: San Francisco 49ers (casa)
Semana 17: Los Angeles Rams (fora)
POWER RANKING THE PLAYOFFS 2020
Arizona Cardinals: posição 15
Melhor nota: 8,5/ Pior nota: 7
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, José Ferraz e Luis Felipe Saccini. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.