PRÉVIA NFL 2020: #10 Pittsburgh Steelers
Após um ano brilhante da defesa e muitas lesões no ataque, conseguirá o maior vencedor do SB ser mais equilibrado em 2020?
A temporada 2020 do Pittsburgh Steelers é alvo de grande divergência entre os torcedores das franquias na NFL. Enquanto alguns acreditam que a equipe é forte o suficiente para brigar por playoffs e almejar algo mais, outros têm certeza que não há mais gasolina no tanque de Big Ben, o que limita as chances e os sonhos da franquia da Pensilvânia.
No último ano, os comandados de Mike Tomlin lutaram até a última semana, mas uma completa ineficiência ofensiva eliminou qualquer chance de ultrapassar os Titans na corrida pela vaga de Wild Card. Para mudar o final da temporada regular, poucas mudanças ocorreram, mas a esperança se renovou.
Após sofrer uma lesão no cotovelo que o obrigou a fazer cirurgia e perder toda temporada de 2019, o quarterback Ben Roethlisberger parece focado em mostrar que ainda pode jogar em alto nível. Além do QB, o ataque ainda comemora o retorno saudável de JuJu Smith-Schuster e James Conner, ambas armas ofensivas muito qualificadas e decisivas para aumentar as chances de sucesso.
Na defesa, o time manteve os principais jogadores, e confia na evolução do sistema. A dupla TJ Watt e Bud Dupree é a principal esperança para apressar o jogo aéreo adversário. Pelo meio, Cam Heyward e Devin Bush conseguem variar combates ao quarterback e ao jogo corrido, gerando um front extremamente qualificado. A secundária conta com Minkah Fitzpatrick, que custou a escolha de primeira rodada deste ano, mas valeu a pena.
A offseason teve poucas adições, já que os Steelers não tinham muitas escolhas de Draft e investiram muito pouco na free agency. Destaca-se a chegada do experiente Stefan Wisniewski (OG), Chase Claypool (WR) e a manutenção de Dupree através da franchise tag.
Será isto suficiente para enfrentar Lamar Jackson na divisão? Honestamente, acredito que sim. Embora eu entenda a situação mais favorável em Baltimore, é preciso lembrar que o MVP de 2019 sofreu bastante contra os Steelers sem quarterback. Caso Big Ben volte e consiga realizar um trabalho de game manager, esta equipe é mais do que capaz de desafiar sim os atuais reis do norte.
(Foto: Reprodução Twitter / Pittsburgh Steelers)
Principais chegadas: Como mencionado, os Steelers focaram em adicionar um novo guard, na figura do veterano Wisniewski. O jogador chega e deve assumir uma posição de titular, fortalecendo uma das melhores unidades da equipe há anos. Com isto, a vida de Big Ben e Conner deve ser um pouco mais fácil, e o ataque pode dar um suporte um pouco maior à defesa, o que faltou em 2019.
Claypool chega de Notre Dame para variar um pouco o tipo físico dos recebedores. Ainda que chegue como WR, o ex-Fighting Irish pode exercer a função de tight end e alinhar em vários pontos das formações do ataque.
Por falar em tight end, recém chegado dos Colts temos Eric Ebron, um alvo muito prolífico principalmente na red zone. Após um início de altos e baixos na carreira, Ebron pode ter em Pittsburgh a situação mais estável para se consolidar como uma das melhores arma na faixa final do campo.
O backfield teve os reforços de Anthony McFarland Jr. e Derek Watt, que chegam para compor o roster principal e auxiliar o jogo corrido da franquia.
Principais saídas: A aposentadoria do OG Ramon Foster abriu uma carência na linha ofensiva da equipe – que culminou na contratação justamente de Wisniewski. A unidade que consagrou Le’Veon Bell algumas temporadas atrás perde um jogador sólido, mas já conseguiu reposição. Na defesa, a linha também perdeu um jogador. Javon Hargrave partiu para o rival regional Philadelphia Eagles, e pode ter sua falta sentida no miolo defensivo.
A manutenção do elenco é um dos grandes trunfos da equipe.
Ponto forte: Defesa. A unidade conseguiu arrancar algumas boas vitórias em 2019, principalmente após a chegada de Minkah, que caiu como uma luva. Além disto, a presença de TJ Watt e Bud Dupree na função de edge garantem muitos e muitos sacks na temporada. Hoje, está entre as 5 melhores defesas da NFL, e se destaca não somente por impedir o avanço dos ataques adversários, mas por roubar a bola e conseguir pontuar também. Na divisão do atual MVP, é importante saber se defender.
Ponto fraco: Apesar de acreditar bastante numa volta por cima, o ataque acaba sendo a grande interrogação da equipe. Após um ano em que foi afetado demais por lesões, a capacidade de permanecer saudável será o primeiro grande desafio. A questão será em torno de Big Ben. Será que o QB bicampeão do Super Bowl vai jogar em alto nível novamente?
Calouro para ficar de olho: Aqui, a escolha é bastante óbvia em Chase Claypool. O jogador de Notre Dame não teve uma carreira universitária tão produtiva, mas jogava em uma equipe comprometida com o jogo terrestre e sem um verdadeiro passador. Se há alguma franquia capaz de escolher wide receivers e extrair o melhor deles, é o Pittsburgh Steelers.
O jogador é muito atlético e pode ofertar grande variabilidade de formações sem alterar as peças, o que confunde a defesa adversária. Como a aposta é justamente numa boa temporada ofensiva, acredito que Claypool vai conseguir contribuir em bom nível.
Campanha em 2019: 8-8
Projeção em 2020: 10-6
Técnico: Mike Tomlin (desde 2007) – recorde: 133-73-1 (8-7 na pós-temporada)
Briga por: Título da AFC North
TABELA 2020
Semana 1: New York Giants (fora)
Semana 2: Denver Broncos (casa)
Semana 3: Houston Texans (casa)
Semana 4: Tennessee Titans (fora)
Semana 5: Philadelphia Eagles (casa)
Semana 6: Cleveland Browns (casa)
Semana 7: Baltimore Ravens (fora)
Semana 8: bye week
Semana 9: Dallas Cowboys (fora)
Semana 10: Cincinnati Bengals (casa)
Semana 11: Jacksonville Jaguars (fora)
Semana 12: Baltimore Ravens (casa)
Semana 13: Washington Football (casa)
Semana 14: Buffalo Bills (fora)
Semana 15: Cincinnati Bengals (fora)
Semana 16: Indianapolis Colts (casa)
Semana 17: Cleveland Browns (fora)
POWER RANKING THE PLAYOFFS 2020
Pittsburgh Steelers: posição 10
Melhor nota: 9 / Pior nota: 7,5
>> A posição de cada time no Power Ranking do The Playoffs foi definida por um comitê do site que conta com Fabio Garcia, Fernando Ferreira, Gabriel Mandel, José Ferraz e Luis Felipe Saccini. Os cinco deram notas para as equipes levando em conta a força dos elencos em geral e a perspectiva delas neste momento. A partir da média, listamos as franquias neste ranking de 1 a 32. Semanalmente, a lista será atualizada de acordo com o desempenho dos times em campo durante a temporada regular.