NFL revela nova regulamentação para a cerimônia do hino nacional americano
Jogadores e técnicos deverão permanecer em pé para execução do hino, mas presença na cerimônia deixa de ser obrigatória
A NFL anunciou nesta quarta-feira (23) uma nova política referente à cerimônia de execução do hino nacional norte-americano antes das partidas. Em entrevista coletiva concedida durante o Spring Meeting realizado em Atlanta, o comissário Roger Goodell revelou as mudanças. Todos os jogadores e integrantes do staff de cada time serão obrigados a permanecer em pé durante a execução, mas a presença na cerimônia deixa de ser obrigatória.
A nova regulamentação também foi publicada em comunicado no site oficial da liga. Goodell exaltou o envolvimento da NFL e de seus jogadores com assuntos comunitários, e afirmou que a mudança segue dentro dessa linha. O comissário também elogiou a ação dos jogadores, afirmando que os protestos intensificaram os debates a respeito da justiça social e que a NFL busca estabelecer parcerias com os atletas para um avanço maior. O dirigente encerra o comunicado dizendo que as “atitudes, entretanto, foram interpretadas de maneira negativa, o que levou a liga a adotar uma nova medida”.
Ressaltando o comprometimento da liga com questões sociais, o comunicado divulgou as novas linhas que devem ser seguidas. Todos os presentes em campo durante a execução do hino, sejam eles jogadores ou membros do staff, deverão permanecer em pé ao longo de toda a cerimônia. Por outro lado, a liga tornará a presença durante a cerimônia, antes obrigatória, em facultativa, possibilitando a permanência no vestiário até o fim do hino. Os times serão multados, em termos ainda não revelados, caso algum dos presentes em campo não permaneça em pé ou “não demonstre respeito à bandeira e ao hino”. Como já havia sido especulado anteriormente, a decisão final ficará a cargo de cada franquia, desde que as novas normas estabelecidas sejam respeitadas.
A decisão, entretanto, gerou uma nova polêmica. Em comunicado, a Associação de Jogadores da NFL (NFLPA) afirmou não ter sido consultada ou informada previamente a respeito da mudança.
A NFL esteve envolvida em uma longa polêmica com relação à execução do hino. O quarterback Colin Kaepernick iniciou os protestos em 2016, se ajoelhando durante a cerimônia, e contou com adesão significativa ao redor da liga até em 2017. Mesmo com a ausência do ex-San Francisco 49ers na temporada passada, as manifestações continuaram ocorrendo. A atitude, no entanto, causou controvérsia, ganhando notoriedade ainda maior após o presidente norte-americano, Donald Trump, criticar duramente a liga e os jogadores.
(Foto: Reprodução / Oakland Raiders Facebook)