Nesta quarta-feira (11), a NFL e a NFLPA (Associação de Jogadores da National Football League) chegaram a um consenso sobre as atitudes e protestos dos jogadores no hino nacional norte-americano americano.

Mesmo com a opinião de Roger Goodell, que comentou acreditar que todos devessem se levantar na hora do hino, ambas as associações (NFL e NFLPA) confirmaram que não haverá nenhuma mudança nas regras relacionadas à participação dos jogadores durante a execução do hino. Ou seja, eles não serão obrigados a ficar de pé durante a cerimônia, conforme vinha se especulando.

Goodell e o diretor executivo da NFLPA, DeMaurice Smith, participarão de reuniões na liga na próxima semana. A NFL disse em um comunicado: “Não houve nenhuma mudança na atual política em relação ao hino. Os próximos compromissos serão para entender como avançar sobre os importantes problemas sociais que os jogadores destacaram. Todo mundo que faz parte da nossa comunidade da NFL tem um tremendo respeito pelo nosso país, nossa bandeira, nosso hino e nossas forças armadas, e estamos nos juntando para lidar com essas questões de forma civil e construtiva”.

No último domingo, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, deixou o jogo entre o Indianapolis Colts e o San Francisco 49ers antes do início da partida, justamente por se irritar pela quantidade de jogadores ajoelhados durante o hino. Logo após este fato, o presidente Donald Trump também deu algumas declarações dando a entender que a NFL deveria coibir essas atitudes de forma mais severa.

Há algumas semanas, Trump foi além, pedindo demissão de atletas que fizessem esse protesto e os chamando de “filhos da p…”.  O caso, na época, provocou protestos em todos os jogos e times e até mesmo reação de Goodell, contrário à opinião do presidente.

A possibilidade de um”censura” aos jogadores ganhou força com a fala seguinte de Goodell e outras opiniões fortes, como de Jerry Jones, dono do Dallas Cowboys, que chegou a dizer que quem não ficasse de pé para o hino não jogaria mais na equipe.

Entretanto, os próprios jogadores continuam sendo contrários a todas essas declarações e ameaças, até mesmo de outros esportes americanos. O ex-astro da NBA Kobe Bryant declarou na última semana que se ainda jogasse, ele iria sim se ajoelhar durante o hino nacional.

(Foto: Jonathan Daniel/Getty Images)