Myles Garrett considerou se aposentar após briga com Mason Rudolph
Defensive end do Cleveland Browns pensou em parar de jogar depois de ser suspenso por tempo indeterminado pela NFL
Myles Garrett considerou se aposentar do futebol americano. Nesta quarta-feira (9) o defensive end do Cleveland Browns disse durante entrevista que considerou desistir da NFL durante sua suspensão por tempo indeterminado na temporada passada por bater no quarterback do Pittsburgh Steelers Mason Rudolph com um capacete durante uma briga entre os rivais de divisão em novembro.
“Eu considerei [a aposentadoria]”, afirmou Garrett para a jornalista Mary Kay Cabot, do Cleveland.com. “Fosse por conta da decisão deles (NFL) ou a minha, a minha decisão ia depender se isso (a suspensão) iria continuar.”
O pass-rusher de 24 anos, que foi reintegrado ao time em fevereiro, afirmou diversas vezes que Rudolph usou uma injúria racial em meio à confusão: “Ele me chamou da palavra com N. Ele me chamou de ‘N… estúpido'”. Afirmação a qual o QB dos Steelers nega e chama de “mentira descarada”.
Myles Garrett também disse para Cabot que está aberto a uma conversa com Mason Rudolph para resolver as diferenças entre os dois.
“Se acontecesse, eu estaria bem com isso. Não apenas bem, mas eu não me importaria e ficaria feliz em fazer acontecer, se houvesse uma maneira. Não tenho certeza de como eu faria isso, como eu abordaria isso. Eu nem tenho certeza se ele iria querer fazer isso, mas eu não teria nenhum problema em sentar com ele e simplesmente não falar sobre o incidente, apenas falar de homem para homem, como avançamos, sendo apenas homens e jogadores de futebol americano melhores e não deixando algo assim acontecer de novo. Se pudéssemos fazer isso, não tenho certeza como, mas estou disposto a estender a bandeira branca e fazer isso acontecer”.
O Pro Bowler decidiu retomar sua carreira na NFL e assinou uma extensão contratual de cinco anos e US$ 125 milhões com o Cleveland Browns em julho. Ele afirmou na entrevista que a aposentadoria do futebol americano provavelmente o teria levado a tentar praticar um esporte profissional diferente.
“Eu teria ficado bem. Amo futebol americano. Amo competir. Amo meus companheiros de equipe e definitivamente quero ganhar, mas no final das contas, ainda sou um cara. Ainda sou um jovem que tem muita vida para viver e minha vida é muito mais do que futebol americano. Eu simplesmente teria mudado para outra coisa de que gosto e encontrado outra maneira de salvar minha natureza competitiva, fosse um teste para um time de basquete ou ir jogar beisebol como [Michael] Jordan. Eu teria encontrado outra coisa que adoro fazer, quer eu fosse um técnico de escrita ou qualquer outra coisa. Eu teria saído com minha cabeça erguida e não teria olhado para trás”.
Myles Garrett tem sido um dos melhores jogadores da posição na liga desde que os Browns o selecionaram como a primeira escolha geral no Draft de 2017 da NFL. O produto de Texas A&M registrou 30,5 sacks em 37 partidas, além de 104 tackles totais e seis fumbles forçados.
O camisa 95 terá um papel crucial na tentativa dos Browns de encerrar a seca de 17 anos sem ir aos playoffs da NFL. O jejum de pós-temporada mais longo da liga.
(Foto: Frank Jansky/Icon Sportswire via Getty Images)